terça-feira, fevereiro 19, 2013

Oh! Musa

            Quando Te conheci, senão deixava cada vez mais de gostar de mim mesmo, pelo menos deixava cada vez mais de acreditar positivamente em mim próprio. Mas eis que então apareces-Te, circunstancial/providencialmente, Tu inspirando-me a preservação e/ou a cultura daquilo de que eu alguma vez gostara em mim e/ou que de positivo ainda restava em mim. Salvo que como semi objectiva ou subjectivamente constatável, tenha havido efectivos ou potenciais positivos factores que já se haviam perdido ou que se vieram a perder mais ou menos prática e objectivamente em mim! Restando-me como melhor das hipóteses uma relativamente profunda e substancial ambiguidade entre o que positivamente passas-Te a significar e a inspirar em e para mim, versos o que positivamente eu deixava de ser ou de significar em e por mim mesmo. Cujo respectivo resultado foi e/ou é por si só (também) esta minha pró vital, sanitária ou subsistente expressão de entre os ambíguos, paradoxais ou maniqueístas factores em causa, tendo por intermédia e mais ou menos continua base, também uma minha intra e extra reflexão pessoal, humana, vital e/ou universal _ seja que enquanto eu necessita-se e respectivamente procura-se equivaler-me ao Teu significado(*) em e para mim, isso só poderia coincidir com aquilo que positivamente eu já havia perdido e/ou que não queria continuar a perder em e por mim próprio _ cujo correspondente e intermédio resultado está, modesta e/ou imodestamente, à vista!...

                                                                                                      VB

            (*) Inclusive e desde logo enquanto tu mulher(fêmea) e eu homem(macho). 

domingo, fevereiro 03, 2013

Dilema próprio e Desequilíbrio geral

            Uma vez que não se conjugando plena ou satisfatoriamente em mim os factores em causa, diria e digo que no dilema de entre necessitar dinheiro para sobreviver e necessitar de tempo para viver, respectivamente e mesmo que não sendo obrigação ir trabalhar ao Sábado, mas perante a solicitação do patrão da minha actual actividade laboral/profissional para, ontem Sábado (02/02/2013), irem trabalhar o maior número de funcionários possíveis e disponíveis, eis que da minha parte e de entre o dilema em causa, acabei por decidir perder de ganhar mais um dia extra de vencimento, além de perder a possibilidade de ficar um pouco (mais) bem visto perante o patrão, tudo isto em benefício de ganhar tempo, para designada e intermediamente escrever pró vital, sanitária e/ou subsistentemente _ desde logo o presente.

            E que precisa ou pelo menos potencialmente integrável no contexto do anterior e por assim dizer introdutório parágrafo, transcreveria aqui algo que é relativamente comum ouvir-se ou ler-se, que no caso foi o que um empresário enviou, salvo erro, via Facebook, para o programa televisivo Prós e Contras da RTP1 no passado Domingo dia 27 e que foi basicamente o seguinte: “...os trabalhadores portugueses só reclamam direitos, não querem saber de deveres!

            A partir do que devo começar por dizer que tudo o que e como aqui escrevo é de minha unilateral autoria e respectiva responsabilidade própria, desde logo auto assumindo que escrevo da perspectiva de quem sempre foi empregado por conta de outrem, mas que enquanto tal jamais fui sindicalizado ou estive integrado em qualquer associação ou corporação equivalente. Pelo que até quando falo (escrevo) de forma abrangente ou que inclua um mais ou menos vasto colectivo, aquém e além de mim mesmo, faço-o em qualquer caso da minha perspectiva e/ou por minha iniciativa, experiência e respectiva responsabilidade pessoal própria. E assim sendo, foi-me de imediato suscitado responder ao empresário em causa e de facto respondo-lhe agora da seguinte forma: não tenho dúvidas de que haverá e em efectivo reconheço haver do lado dos trabalhadores quem só ou acima de tudo pense em direitos e pouco ou nada em deveres, mas na mesma base e sequência posso assegurar que do lado dos patrões também há quem só ou acima de tudo pense em exigir deveres e pouco ou nada em conceder direitos _ de resto não sei até que ponto e em que casos uma coisa pode levar a outra e vice-versa. Sequência de que desde logo não se deve generalizar nem dum lado e duma perspectiva nem doutro(a). Seja que haverá um pouco de tudo, dum e doutro respectivo lado da barricada. Desde logo correspondentes e indiscriminados lados da barricada, que não raro, aquém e além de integrarem indivíduos vital e universalmente justos, conscientes e inteligentes o que não raro e muitas vezes também integram é indivíduos unilateral ou corporativamente irrazoáveis, falsos e manhosos _ sendo que (por vezes) ser positivo com base em práticas concretas, perante estes últimos (...manhosos...) independentemente do lado da barricada a que os mesmos pertençam ou em que se integrem, é ou pode ser para os mesmos mais sinónimo de papalvice ou de estupidez do que de (pró) subliminaridade ou inteligência, no caso por parte de quem é (pró) vital e universalmente positivo, como em regra eu mesmo procuro ser, inclusive em confessa e humilde base no que e/ou em quem externa e envolventemente me inspira e suscita essa mesma positividade.

            E agora falando pela minha própria experiência de vida e/ou no caso pela minha experiência laboral/profissional como empregado por conta doutrens, até por motivos e razões que todo este meu Blog reflecte duma ou doutra semi objectiva ou subjectiva forma, devo acrescentar que: jamais perguntei à prior a um patrão quanto é que eu ia ganhar; jamais solicitei aumentos de vencimento ou de direitos, aquém e além do que básica e unilateralmente me fossem apresentados pela entidade patronal e que eu aceitava ou não enquanto tais _ sendo que na minha condição de básico subsistente, desde que enquanto actividades legitimas, aceitei quase sempre. E mas nesta mesma sequência devo também dizer que: em vez das oito horas diárias regulamentares, já cheguei a trabalhar doze irregulares horas diárias e até algo mais, literalmente pelo regular vencimento mínimo nacional, sem mais; já cheguei a trabalhar pelo mesmo vencimento mínimo nacional bruto, como por exemplo seja sem qualquer tipo de descontos legais para a segurança social e/ou afins; inclusive só muito raramente tive um trabalho com efectivo benefício de subsídios de férias, de natal, até de refeição e/ou outros; já cheguei mesmo a trabalhar, numa actividade minimamente qualificada e de responsabilidade, para a qual eu não tinha formação nem experiência prévia, ao nível da restauração, por um vencimento significativamente inferior ao ordenado mínimo nacional da altura, sem que por num misto de auto exigência e de insegurança próprias eu tenha reclamado de tal facto, em especial quando apesar de e/ou até por tudo tive de trabalhar e de me desenrascar como um verdadeiro profissional; etc., etc., etc.(*). Ou seja em qualquer dos transactos casos, com meu prejuízo e respectivo benefício das entidades patronais. Sendo que da minha parte, até enquanto eu assumidamente (pró) auto exigente, rigoroso, idealista e  perfeccionista, em respectiva regra e pró natural ou coerentemente comigo mesmo dou o melhor de mim em tudo o que como faço, em especial ao nível prático das legitimas actividades laborais/profissionais a desempenhar, inclusive sob tutela alheia, em que por norma procuro absorver os métodos de trabalho e/ou o substancial espírito da(s) actividade(s) em causa, procurando auto corresponder-lhes o mais e o melhor que me seja literal e permanentemente possível _ o que para alguns é até sinónimo de ingenuidade ou mesmo papalvice e estupidez da minha parte, em especial quando não haja equitativamente superior ou envolvente correspondência a tal facto! Claro que em qualquer caso devo aqui auto assumir que só por certo eu mesmo jamais fiz o suficiente e/ou o devido para ter ou para merecer algo mais ou melhor do que como tenho tido ou merecido ao respeito desde sempre, designadamente e salvo as devidas excepções(**), para merecer melhores patrões e/ou se acaso para ser patrão de mim mesmo. Mas o que desta minha experiência se pode aferir é que também há do lado patronal muito quem se aproveite e bem da não reclamação de direitos pelo lado laboral.

            A concluir este raciocínio, apetece-me repetir-me com relação a algo que creio já ter por aqui publicado em tempos e que grosso modo é: pelo melhor e pelo pior inerente, não sei exacta e objectivamente como é noutros países ou no resto do mundo, mas ao nível nacional português que no fundo é o único que eu conheço in loco e do qual faço parte integrante, apetece-me dizer e digo que, até pelo quase milénio de história nacional, ao menos até onde e como natural ou universalmente possível, sou forçado a creditar no futuro ou na manutenção da soberania e respectiva identidade nacional própria, naturalmente no e pelo seu respectivo melhor e pior. Sendo que se pelo melhor somos ou seremos, por assim dizer e de fora para dentro um dos países mais românticos e/ou até por isso mais apetecíveis do mundo, já pelo pior somos ou seremos, por assim respectivamente dizer de dentro para dentro um dos países mais socialmente desequilibrados e injusto, não necessária ou absolutamente com relação ao mundo literal, mas pelo menos com relação ao restante mundo dito civilizado _ algo (desequilíbrio e injustiça) a que apesar duns anos de (pró) inversa (equilibrada e justa) ilusão, o facto é que nem uns (muitos) milhares de milhões de €uros comunitários, pró coesão com os restantes parceiros comunitários e/ou pró (re)estruturação interna própria, conseguiram pôr efectivo cobro, quiçá e como cada vez mais se vem critica e austeramente a constatar, em certa e significativa media até quiçá bem pelo contrário ou pelo menos para que tudo tenha ficado equitativamente igual a (desequilibrada e injustamente) sempre(***)!

                                                                                  VB 

           (*) Tudo isto e no que a mim em particular toca, com respectivamente minha (pró) activa e/ou existencial passividade própria e mas regra geral também com passiva ou activa conivência do dito legalista e fiscalizador Estado de Direito. Até porque eu não acredito que em actividades de objectiva e aberta exposição publica houvessem e/ou eventualmente ainda hajam patrões que admitissem ou admitam funcionários escancaradamente sem qualquer vinculo legal e/ou com horários, vencimentos e em alguns casos até com funcionais condições de trabalho completamente fora dos regulamentos legais, logo tudo senão com activa, pelo menos com passiva conivência do dito Estado. De resto e como segundo frequentemente consta, não raro é o próprio Estado a violar as leis (laborais e/ou outras) que o mesmo produz para a dita Sociedade Civil; a partir de que salvo as positivas ou negativas excepções limite, de resto é tudo genericamente mais ou menos.
            E assim, como sempre e na melhor das genéricas hipóteses, cá vamos mais ou menos andando!
            Inclusive parece que critica e austeramente cada vez menos, ainda que até por isso só restando a fé e a esperança de que cada vez mais!...           

           (**) Como por exemplo a excepção do patrão do meu actual trabalho, que contra todas as expectativas inerentes à critica e austera condição social e económica envolvente do momento, me paga inclusive um pouco acima do vencimento mínimo nacional, com mais todas as demais regalias sociais e de lei, como de resto inscritas em respectivo e regulamentar contrato de trabalho.  

            (***) Até por isso se justificando os apetecíveis sonho e/ou romantismo, no caso com relação a algo equilibrada e justamente adiado ou desencontrado desde globalmente sempre, a nível interno; talvez apenas com a atenuante de que também a Vida, o Mundo e/ou o Universo não são ou não serão perfeitos em e por si sós, ainda que dentro da Vida, do Mundo e/ou do Universo, uns estejam mais perto e em alguns acasos até estejam mais dentro da equilibrada e justa perfeição(****) vital e universal, do que outros!!! 

           (****) Seja isso de perfeição vital ou universal, o que e como quer que seja!? Que desde logo ao nível interpessoal e social humano por si só ou com relação à restante vida terrestre e universal, me parece a mim ser algo tão tremendamente aliciante, quanto complexo.   

sábado, fevereiro 02, 2013

Resistência & Satisfação

            Em tempos de crise e de austeridade, fala-se muito de optimismo e de pessimismo. Por mim, até dado todo o meu essencialmente esforçado, sofrível, quando não mesmo degradante e decadente percurso de vida, não sou ou pelo menos não me (auto) assumo como pessimista ou como optimista, até porque dadas as circunstancias, de entre uma coisa e outra, sou ou assumo-me acima de tudo como um resistente!

            Dependente ou independentemente de crise e de austeridade económica e social, num mundo e/ou numa sociedade em grande e substancial medida de espertos, de desenrascados, de ambiciosos mais ou menos sem medida, não raro de arrogantes e prepotentes ou de cínicos e hipócritas; religiosamente aprendi a não adicionar poder a poder, prazer a prazer e/ou a da dar a outra face e por ai fora; familiarmente aprendi tanto ou mais que humildade mesmo e/ou acima de tudo obediência; socioculturalmente aprendi muitas e não raro contraditórias coisas, o que de entre diversas variantes, desde logo alguns dos melhores oradores e/ou legisladores, são de todo demasiadas vezes os primeiros a violar a substancia discursiva ou legislativa e/ou ainda a discursarem ou a legislarem segundo unilaterais ou corporativas conveniências de ocasião aquém e além de intemporalidade e/ou de universalidade colectiva; ao que se adicionarmos uma minha personalidade introvertida e dalgum significativo modo desestruturada, com um meu sub ou sobre sequentemente global fracasso interpessoal, social e curricular escolar e/ou de vida em geral, sem esquecer uma minha certa degeneração fisiológica, diria e digo que tudo quanto melhor me resta em toda esta global sequência é mesmo e essencialmente resistir, resistir e resistir!

            E só na media em que e como vou resistindo, aquém e além de optimismo ou de pessimismo, é que respectivamente vou acreditando positiva ou ao menos resistentemente em mim mesmo, perante e/ou em sequência das minhas positivas misérias e distorções próprias e/ou envolventes _ sendo que muito do que e/ou de quem me rodeia, não passa mesmo e na melhor das hipóteses de resistência e de mais resistência!

            Sequência de que apesar de e/ou até por tudo não me queixo, nem me lamento; até porque esta é a minha vida e/ou a vida interpessoal, social, cultural e geral que me tocou viver e enquanto tal é com esta que eu tenho de contar, permita-se-me é no entanto estar satisfeito ou insatisfeito, com o que respectiva e correspondentemente for de e para ser ou estar satisfeito ou insatisfeito, com subsequente (auto) reserva de (pró) positivo e universal direito a (tentar) preservar e cultivar a satisfação e/ou de (procurar) neutralizar e suprimir a insatisfação, própria(s) e envolvente(s) _ o que ao menos pró minha satisfação pessoal, humana, vital e universal própria, como no constatável caso, escrever me é algo circunstancial ou providencialmente inestimável. 

                                                                                  VB

            Obs: Agradeça-se-me ou perdoe-se-me a espontaneidade com que frequentemente escrevo e publico o que e como escrevo, como é o caso do transacto texto.