quinta-feira, abril 25, 2013

Medo de acabar, medo de estragar

            Quando um mero bem material tem mais valor que nós mesmos e/ou quando nós mesmos valemos pelo correspondente valor que esse dito bem material tem para nós!

            Num tempo em que cada vez mais, entre outras, também as carências materiais se fazem sentir!

            Hoje(04-04-2013)(*)  estreei umas botas de trabalho novas. No caso umas botas de trabalho das mais baratas do mercado e iguais a tantas outras que já anteriormente possui e gastei. E no caso de hoje tive logo de andar no meio da água e da lama com as botas novas; o que me fez recordar a minha própria infância, em especial quando se acedia a algo tremendamente difícil ou mesmo correntemente impossível de aceder, como por exemplo ao nível da base sociocultural e familiar pobre e humilde de que descendo, recordo que a primeira banana que alguém me deu _ enquanto banana, que à altura, era um fruto praticamente inacessível para o nível sócio-económico da minha família _ me levou a procurar preservar dita banana o mais possível, por receio que a mesma se acabasse.

            Sendo que mais remotamente ainda, como seja ao nível da infância dos meus pais, em que regra geral as crianças e muitos adultos andavam descalça(o)s, porque não havia posses para comprar sapatos, recordo-me dos meus pais que por si só andaram descalços e/ou que usavam os mesmos sapatos para trabalhar e para sair, falarem que havia quem anda-se com as botas/sapatos penduradas ao pescoço ou num saco por receio da(o)s estragar, só a(o)s calçando em determinados lugares e/ou ocasiões _ pobreza(**)!

            Por mim e até por uma certa abundância em que temos vivido nas últimas décadas, já há muito perdi o receio de acabar ou de estragar aquilo que me deve servir para alguma coisa, como por exemplo servir-me de alimentação no caso da banana e/ou servir-me de protecção no caso do calçado, etc.. Mas, em qualquer caso, até pelas minhas bases bastante pobres e humildes, não deixo de continuar a valorizar aquilo que me é dado possuir, inclusive e/ou acima de tudo valorizo-o pela correspondente utilidade que o mesmo tenha para mim e para a minha vida e/ou para o que ou quem equivalente e envolvente a mim; aquém e além de que enquanto tal me habituei a não assumir o que quer que seja como um dado definitivamente adquirido, em especial ao nível de teres e haveres materiais, salvo ao nível do que e de como eu sou intima, profunda e/ou substancialmente e ainda assim em constante e permanente mudança e/ou evolução neste ou naquele outro sentido _ o que tanto ou mais que esperar, desejar ou necessitar, procuro mesmo objectivamente que seja no mais vital e universalmente positivo sentido possível!

                                                                                              VB

           (*) Escrevi-o no passado dia 4 do corrente Abril(04) de 2013, mas só o publico hoje 25-04-2013, porque por vezes e no caso concreto necessito maturar uma certa ideia, previamente escrita ou não, antes de sentir mínima necessidade e/ou segurança para a publicar. 

           (**) Por mim não temo a pobreza (material), de resto cheguei a ser feliz dentro da mesma; o que temo é a injustiça e/ou que a minha pobreza sirva para sustentar unilaterais riquezas alheias!

Sem titulo

            Antes de aprender a confiar em mim, deixei de confiar no que e em quem mais quer que seja e/ou vice-versa.

            Nasci e cresci pobre, ingénuo e ignorante, de entre o referente, influente e consequente reflexo de meio século ditatorial, versos a vivência numa dita de liberdade democrática. Sendo que apanhei com a revolucionária transição de entre uma coisa e outra aos meus cinco anos de idade.

            Seria (inter)pessoal, social, familiar e existencialmente muito extenso e complexo escrever em sequencial base do imediatamente anterior, de resto esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever nasceu, cresceu e vive em grande e substancial medida dessa e nessa mesma sequencial base _ sendo que escrevo há anos e circunstancial/providencialmente não estou de todo a ver como poder, conseguir ou sequer já querer deixar de o fazer!

            Pelo que tendo por base a frase inicial, escrita a itálico, vou-me limitar a enquadrar toda a sequencial base em acontecimentos mais recentes ou mesmo contemporaneamente vigentes, como seja:

            Salvo qualquer rememorativo erro de transcrição e a respectiva utilização dalguma que outra palavra ou expressão de minha própria autoria e/ou exclusão dalguma expressão utilizada pelo próprio, no entanto e na essência, entre outras coisas, dizia o Dr.º Medina Carreira na noite de Segunda-feira (12-04-2013) no programa Pró e Contras da RTP1, algo como: “O Estado-social foi e é utilizado como argumento político-partidário para ganhar eleições, por gente que se estava e está borrifando para o Estado Social e que o que queria ou quer é ter acesso ao Orçamento de Estado para poder reparti-lo por familiares, amigos, etc.”

            Por mim não gosto de radicalizar as coisas, nem de ver a vida e/ou a sociedade duma perspectiva absolutista, pelo que assumindo desde já as devidas e respectivas excepções, no entanto até eu que para além das minhas humildes e diria mesmo ingénuas e ignorantes bases existências, a que se somou um meu redundante fracasso interpessoal, social e curricular escolar e/ou de vida em geral, diria e digo que entre outras, há muito cheguei também a equitativa conclusão a que chegou o Sr.º Dr.º Medina Carreira _ claro que auto assumindo que o Sr.º Dr.º tem ao menos parcialmente(*) substancial razão naquilo que diz.

            A partir de que para de momento não me alongar muito mais a este respeito, se acaso remetendo complementarmente para tudo o mais que já anteriormente escrevi e por aqui publiquei ou que venha eventualmente a escrever e a por aqui publicar, continuaria dizendo no imediato que há muito desacreditei na democracia que temos, que respectivamente há muito deixei de votar para não me sentir mais ingénuo ou até estúpido e/ou ainda eventualmente comprado ou vendido do sistema ao fazê-lo do que por exemplo deixando de o fazer e que em conclusão um povo que continua ciclicamente a eleger e/ou a sustentar as elites _ digo eu_ pseudo democráticas que o governam com base em argumentos eleitoralistas profunda e substancialmente enganadores, já seja com argumentos eleitoralistas que não se cumpre pós eleitos e/ou que a cumprirem-se nos levam à ruína, só pode mesmo ser um povo tão ingénuo e/ou ignorante quanto ou até mais do que eu mesmo o fui e/ou sou tendo por princípio as minhas bases existenciais e até ao presente momento; claro que no meu caso com ressalva para o facto de eu me auto assumir como e enquanto tal, quando e enquanto muitos outros se limitam a auto assumir-se como donos da verdade e ao próximo, ao outro, ao superior, ao inferior ou ao seu par como o(s) errado(s) e/ou ainda com cada qual a defender-se individual e corporativamente a si mesmos e os restantes ou o colectivo que se lixem. 

            Sequência de que no e para o presente contexto acrescentaria ainda que aquém e além de cerca de oito séculos de história Nacional própria, acima de tudo pobres de nós quando temos como grandes e mais recentes ou contemporâneas referencias, respectivamente: uma ditadura de quase meio século e uma subsequente dita liberdade derivada duma revolução dita de pró democrática, em que nem a catarse da dita ditadura foi devidamente feita, nem até por isso e com tudo o que isso leva faz da nossa democracia algo verdadeiramente livre e/ou acima de tudo justo. 

            Conclusivamente no que e como a mim mesmo toca, salvo em sequência do que e como vou auto resistindo em e a mim mesmo e/ou em e a muito do que e de quem me rodeia, de resto e em regra continuo não tendo grandes motivos quer para confiar em mim, quer para confiar no que e em quem mais quer que envolventemente seja _ do mal o menos que o auto admito _ de entre o que o pior são os muitos que não se auto admitem a si mesmos e/ou que só se admitem como donos da verdade (absoluta) e ao outro ou ao diverso como o errado(**)! E entretanto, salvo as devidas excepções, vivemos genericamente todos em cíclicas e redundantes crises económicas, financeiras e/ou acima de tudo existências próprias, como mais uma presente e indefinida vez, individual e colectivamente, constatável!...

                                                                                  VB

            (*) De resto o Estado-social que há partida se deve sustentar em e por si só, não é um erro em si mesmo, erro é a utilização que se pode fazer do mesmo, tanto mais se utilização em imediato nome do Povo, mas com aprazado prejuízo desse mesmo Povo e em conclusivo favor de interesses mais ou menos obscuros e/ou individualistas e corporativistas! Inclusive não termino de entender os argumentos de muitos Senhores Doutores, desde logo de economistas e/ou até de simples populares a só conseguirem ver gorduras do estado em prestações sociais e/ou afins, quando até em sequências das palavras do Dr.º Medina Carreira, sem prejuízo de má gestão ou má utilização do Estado-social e das respectivas prestações sociais, o facto é que com mais ou menos e toda ou nenhuma justiça, em regra gastam-se uns milhões com base no Estado-social divididos por uma indefinida série de cidadãos, quando não raro o Estado despende tantos ou mais milhões com umas pouquíssimas e restritas elites políticas, sociais e/ou outras _ muitas vezes com princípios, meios e fins muito pouco ou mesmo nada claros _ e entretanto somos, duma ou doutra forma, todos e cada um de nós cúmplices de tudo isto!...   

            (**) Que talvez seja assim mesmo a essencial base da vida, com todos e cada qual a assumirem uma posição de força e/ou de superioridade face ao outro, pelo menos e na melhor das hipóteses até se encontrarem pontos de equilíbrio de entre uns e outros, no limite com a vitoria, a supremacia e/ou mesmo a vida duns sobre outros, de entre o que no circunstancial/providencial caso eu me auto assumo como um mero (auto) subsistente!

            Ah! Claro que com isto que eu escrevo e disponibilizo ao exterior, acabo por não ser eu a contribuir, pelo menos directa e activamente, para a resolução dos problemas nacionais. Mas ao menos não estou endividado até à raiz dos cabelos, tal como estão muitos portugueses e/ou o próprio País _ com ressalva de que em qualquer dos casos há endividamentos racionais e pró positivos ou produtivos e há endividamentos absolutamente ridículos ou meramente ostentativos e prejudiciais _, além de que com o que e como escrevo, vou ainda descomprimindo daquilo que referente, influente e consequentemente me toca, na respectiva sequência vou ainda arranjando disponibilidade interior para continuar em frente com a minha vida ou no caso com a minha auto subsistência e só então talvez contribuindo duma ou doutra directa ou reflexa forma para que eventualmente outrens se (re)encontrem consigo mesmos e se acaso continuem com as suas vidas e/ou as suas auto subsistências próprias!?  

domingo, abril 14, 2013

Fidelidade

            Quando e enquanto interferi referente, influente e/ou insinuantemente com ela, tive necessidade de lhe ser fiel com base nessa interferência.

            Quando me afastava referente, influente e/ou insinuantemente dela, tive necessidade de ser fiel ao seu pró positivo significado para mim e para a minha vida.

            O que em qualquer dos casos não me permitiu relacionar-me com quem mais quer que fosse, até porque tudo isso teve como base de sustentação um significativamente profundo desencontro comigo mesmo!

            Dalgum modo ela como pessoa humana e do género feminino suscitou-me e inspirou-me o efectivo ou potencial melhor pessoal, humano e masculino de mim mesmo!

            Sendo e/ou passando o melhor de mim mesmo, nas circunstancias em causa, pela minha fidelidade para com ela e/ou para com o significado dela em mim e na a minha vida.

            Ainda que e/ou até porque tudo isso coincida com um constante, permanente e/ou conclusivo desencontro prático, interactivo e funcional de entre mim e ela; o facto é que designadamente isto que e como eu escrevo, como seja esta minha pró vital, sanitária ou subsistente (expressiva e/ou existencial) necessidade de escrever, deriva directa ou reflexamente da minha necessidade de lhe ser fiel e/ou de me ser fiel a mim mesmo com base no seu referente e influente significado para mim e para a minha vida.

            A partir de que me perdoe e/ou agradeça ela e mais todas e cada uma das restantes pessoas, desde logo todas e cada uma das pessoas com quem interferi e/ou me relacionei alguma vez e dalguma forma ao longo da minha existência, desde logo que me perdoe e/ou que me agradeça quem leia isto que e como eu sequencialmente escrevo!

                                                                                              VB

            Notas

            No fundo e na verdade, até em toda a anterior sequência, creio mais ou menos convictamente que todas e cada uma das pessoas acabam por se (re)encontrar umas com as outras, no limite e/ou em muitos casos tendo por base, por meio e/ou por conclusão o próprio desencontro de entre as mesmas _ o (grande) problema é e está ou pode ser e estar em quando nos perdemos e/ou não terminamos de nos (re)encontrar connosco mesmos, sendo-nos fieis!

            . Após cerca de três anos, com apenas uma ou duas intermédias e residuais referências dela, a última e ocasional dessas referências sucedeu há pouco menos de um ano atrás. Mas na noite de ontem, porque a procurei, tive referência dela, no caso com ela em afável companhia dum homem, na circunstancia um homem que ao menos à primeira vista parece coincidir com aquilo que eu procurava em e para mim mesmo, enquanto eu inspirado nela e para com ela, como por exemplo seja: atitude, segurança, identidade, determinação, autonomia, independência, no fundo vida própria! E Deus e/ou o Universo é e/ou são testemunha(s) de que do fundo do meu coração e/ou da minha alma desejo e/ou necessito que, por assim dizer, ela tenha encontrado a sua verdadeira “Alma Gémea”, que no fundo e na verdade foi o que ela inspirou em mim, como seja desejo e necessidade de encontrar a minha própria Alma Gémea, na media em que isso coincidiria com ter-me (auto) (re)encontrado comigo mesmo e com a própria vida enquanto tal, isso sim e confessamente enquanto inspirado nela e para ela eu tenha inclusive apaixonadamente desejado e/ou necessitado que esse (re)encontro se desse com ela, no fundo que fosse ela a minha Alma Gémea _ ainda que e/ou até porque isso não se escolha, sendo humana, vital e universalmente o que e como é, sem mais.  

Auto procura

Sabendo onde procurá-la

procurei-a nos locais mais improváveis

porque improvável era o que eu procurava

procurava-me a mim mesmo

a partir do que ela me suscitava

beleza inteligência cultura sensibilidade personalidade universalidade

a ela não sei se e/ou até que ponto a poderei (re)encontrar

a mim é o que e como se pode constatar

VB

domingo, abril 07, 2013

(Des)crédito

           Aquém e além de partidos e/ou de ideologias político(a)s, mas incluindo circunstancialmente o(a)s mesmo(a)s!

           Já escrevi anteriormente um texto a versar o básico facto de eu não acreditar (muito) num Portugal prospero, justo e equilibrado em e por si só; aquém e além de acreditar na continuidade dum Portugal enquanto Estado independente e autónomo, mas na circunstancia a um nível significativa ou substancialmente pobre, injusto e/ou desequilibrado, desde logo social e economicamente.

            Seja que a independência Nacional própria, com as conquistas e correspondentes colonizações doutros territórios e seus respectivos povos tenha sido de correspondente mérito Nacional próprio, o facto é que a sede da nação Lusa, durante séculos dependeu _ no bom ou no mau sentido _ em grande medida da exploração dos territórios conquistados e dos respectivos povos colonizados, intermédia e pontualmente ainda com algumas ajudas ou alianças externas, designadamente da e com a Inglaterra, para com manutenção da independência nacional. De resto dependência e/ou aliança dalguns Estados independentes com o exterior, desde logo com outros respectivos Estados independentes que foi e/ou é relativamente comum a muitos Estados-Nação deste e neste Mundo, desde logo e se acaso com base nas leis internacionais das Nações Unidas _ ainda que muitas vezes estas últimas funcionem muito mais com relação as uns que a outros, consoante os Estados e respectivos interesses envolvidos, aquém e além da universalidade da lei!

            E no Nacional caso Luso em concreto, essa dependência e/ou aliança, mais contemporaneamente talvez não tenha funcionado tanto e/ou de todo para com a independência própria e mas sim mais para com uma significativa prosperidade geral e/ou aparente justiça e equidade económica-social nas últimas três décadas, que na circunstancia dependeu em grande medida da adesão Nacional à Comunidade Europeia e correspondentemente à subsidiária ajuda Comunitária para com a estrutural equidade Nacional com o todo Europeu.

            Mas o facto é que de momento é toda a Europa e eu diria mesmo que todo o dito de bloco ocidental/civilizado que está em grave crise económica, financeira, social e/ou de valores em geral; e enquanto tal com Portugal como um dos Estados Europeus Independentes, desde sempre mais pobres e em muitos aspectos mais injustos e desequilibrados, designadamente aos níveis económico, financeiro e social; a partir de que estamos agora internamente e regra geral a sofrer critica e austeramente mais que qualquer outro Estado Europeu _ com excepção da Grécia e/ou do Chipre. O que se por um lado pode e deve ser oportunamente aproveitado para nos (re)encontrarmos Nacionalmente connosco mesmos e com o todo Europeu, Global e/ou Universal duma forma autonomamente mais positiva, prospera, justa e equilibrada que nunca; mas que por outro lado também pode contribuir para a eternização e/ou agravamento da nossa pobreza e/ou das nossas injustiças e desequilíbrios internos própria(o)s e correspondentemente perante o exterior!

            E é precisamente neste última acepção de entre um mais positivo, prospero, justo e/ou equilibrado (re)encontro connosco mesmos e com o todo Europeu, Global e Universal, versos uma certa eternização desse mesmo positivo, prospero, justo e/ou equilibrado desencontro que nos vem de longe, que respectivamente eu mais temo, tenho duvidas e/ou desacredito que consigamos alcançar a primeira e/ou mais positiva, prospera, justa e equilibrada das dimensões em causa. E que se desde logo em precisa sequência do histórico Nacional interno no seu todo, em que por exemplo na positiva vertente da instauração e manutenção da independência própria somos dos Estados-Nação mais antigos da Europa e até do Mundo, já pela vertente do positivo progresso, da justiça, do equitativo equilíbrio, desde logo social e económico próprio somos dos mais pobres e/ou atrasados da Europa e em grande medida _ salvo os casos mais radicalmente graves _ até do mundo. Seja que de entre uma ditadura que nos deixou social e economicamente na miséria e/ou na ignorância ao nível da história mais recente, também numa mais contemporaneamente dita democracia que, salvo a ajuda Comunitária das últimas décadas, pouco mais ou nada tem conseguido que trazer-nos de crise em crise, económica e social, própria. Pelo que diria e digo eu que o que se faz adivinhar pode não ser em absoluto muito ou mesmo nada (positiva, prospera, justa e equilibradamente) melhor do que o histórico passado ou contemporâneo presente. Tanto mais assim quando e por quanto tendo eu escutado, parcialmente, o debate parlamentar de ontem (06-04-2013), enquanto debate decorrente da apresentação da moção de censura por parte do maior partido da oposição (PS) ao respectivo e actual governo (PSD-CDS/PP), o que genérica e conclusivamente a mim me pareceu é que estava a assistir a um lavar de roupa suja, de entre partidos e personalidades político-partidárias, no caso e para não me alongar muito ao respeito no e para o presente contexto, diria que foi o irónico, redundante e dalgum modo inócuo lavar de roupa suja de entre partidos e personalidades político-partidárias, que nos têm cíclica e redundantemente governado ao longo da história democrática interna, não raro com implícitas ou explicitas e oficiais ou oficiosas conivências, alianças e/ou cooperações, aquém e além de com puxar de tapete, em qualquer dos casos de entre os partidos e/ou as personalidades em causa! Seja que dito debate a mim pareceu-me ainda a discussão entre meninos de escola primária ou até pré primária, em que não raro as partes se acusam de entre si das práticas que cada uma delas tem de per si, como por exemplo seja de tacticismo político-partidário _ em que circunstancialmente digo eu ambas as partes são catedráticas. Tudo com uma oposição parlamentar mais à esquerda (CDU e BE), dado que oposição parlamentar mais à direita não existe, a pressupor uma significativa ou em parte até revolucionária e enquanto tal assustadoramente imprevisível rotura com o sistema vigente!

            Pelo que ao acabar de escutar hoje (07-04-2013), seja há poucos minutos, o Sr.º Primeiro Ministro actual, Dr.º Passos Coelho, enquanto derivado da coligação política-partidária (PSD-CDS/PP) a insistir numa sua política de austeridade e inclusive na agudização da mesma, após chumbo do tribunal constitucional dalgumas propostas de lei orçamental do actual governo. Diria eu ainda e no caso que política de austeridade significativa e substancialmente compreensível no critico quadro económico/financeiro interno e europeu/ocidental actual, tanto mais ainda se após cerca de duas décadas de por assim dizer significativo relaxo económico/financeiro interno, derivado em grande medida da folga derivada dos milhares de milhões de €uros comunitários, que fizeram a economia interna mexer duma ou doutra respectiva forma, ainda que dadas as subsequentes e criticas circunstancias, sem comprovadamente grande mérito interno pró positiva prosperidade, justiça, equilíbrio e equidade económica, financeira e social própria(o)s _ inclusive enquanto sob cíclica e redundante alternância de governos (PSD e PS) à frente dos destinos da Nação. Pelo que se por um lado consigo entender perfeitamente o compensatório discurso pró austero do actual primeiro-ministro (PSD-CDS/PP), por outro respectivo lado não consigo acreditar nesse mesmo discurso nem nas correspondentes práticas subjacentes ao mesmo, inclusive quando o primeiro-ministro em causa, assume os efectivos ou supostos positivos méritos desse mesmo discurso enquanto associado a um pacto com a Troika Europeia e Mundial, à vez que mesmo dito primeiro-ministro se demarca desse mesmo pacto quanto a efectivos ou supostos deméritos do mesmo _ sendo que aqui teríamos de entrar nos factos que nos trouxeram a dito pacto e às respectivas consequências do mesmos, de que no caso nem o PSD nem o PS são ou estão de todo em todo alheios, ainda que a níveis e de perspectivas diversas. Se a tudo isto associarmos um discurso algo absolutista e/ou salazarista do actual primeiro-ministro do tipo: este é o único caminho possível para combater a crise actual, dalgum modo ao nível do que e como dizia o Dr.º Salazar: está tudo bem assim e não podia ser duma maneira! Mas que tanto mais absolutista ou salazarista ainda, quando e por quanto o senhor primeiro-ministro actual apresenta propostas de lei anti constitucionais e quando essas mesmas propostas são chumbadas pelo respectivo tribunal constitucional, nas palavras do senhor primeiro-ministro as culpas parecem ser deste último (tribunal)! Seja que a assim ser, se respectivamente todos e cada um de nós cidadãos passarmos a desrespeitar as leis nacionais, quando na sequência condenados judicialmente por isso, a culpa da nossa desgraça inerente, não é nossa, mas sim dos respectivos tribunais e inerentes leis!!!

            Enfim, pelo menos da minha parte, parece haver muito pouco ou nada em que coerente, sólida, positiva, justa, equilibrada ou absolutamente acreditar em toda esta base, sequência e contexto. E por isso digo ou redigo que acreditando que Portugal não vai acabar enquanto Estado-Nação independente, no entanto custa-me muitíssimo a crer que alguma vez acabe enquanto Estado-Nação significativa ou mesmo substancialmente pobre, injusto e/ou desequilibrado, desde logo económica, financeira e socialmente!

            Ah! E se este meu discurso parece ser ou é mesmo pessimista, por mim diria que é acima de tudo realista, além de que para optimismos que cíclica e redundantemente nos trazem a crises atrás de crises, desde logo a cíclicas e redundantes crises económicas, financeiras e sociais, quiçá o melhor mesmo seja ser pessimista/realista, até porque para auto sobreviver no e ao meu pessimismo/realismo e tanto pior se a um optimismo vazio de substancial sentido e fundamento próprio e/ou evolvente, em qualquer dos casos me auto e extra exige um pró positivo, prospero, justo e/ou equilibrado esforço, de que designadamente esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever é paradigma, em especial após ter-me auto assumido há muito como nada e ninguém. A partir de que cada qual entenda-o como muito bem quiser e/ou poder!...

                                                                                              VB  

            Nota: Se acaso, perdoe-se-me os maiores erros técnicos, linguísticos, substanciais ou concepcionais; mas (mais uma vez) escrevi e estou a publicar o presente numa sequência muito mais espontânea e imediata, do que ponderada e aprazada.                      

quarta-feira, abril 03, 2013

Não queiras saber de mim - Rui Veloso



http://www.youtube.com/watch?v=YPx1cdGLirQ

http://www.youtube.com/watch?v=hFxyTtEK03c

A primeira vez  que escutei a letra "Não queiras saber de mim" na voz, interpretação e composição do fenomenal Rui Veloso, aqui acompanhado pela extraordinária Mariza, identifiquei-me de imediato com a letra em causa, não só como pessoal ou universal retrato de excepcionais dias "maus", mas sim como norma do meu corrente dia a dia.

Seja que no contexto e sequência da minha vida e da vida envolvente a mim, em que, como e quando originalmente conheci e/ou mais consequentemente reparei na Musa Inspiradora, regra geral e mas especialmente perante a própria Musa, o melhor conceito que se me poderia aplicar, porque de facto eu assim me sentia em e por mim próprio, era mesmo o conceito de "Não queiras saber de mim" e/ou o de "Hoje não me recomendo", neste último caso, como um "Hoje" que se tornou a recorrente norma da minha existência diária!...

VB