quinta-feira, abril 25, 2013

Sem titulo

            Antes de aprender a confiar em mim, deixei de confiar no que e em quem mais quer que seja e/ou vice-versa.

            Nasci e cresci pobre, ingénuo e ignorante, de entre o referente, influente e consequente reflexo de meio século ditatorial, versos a vivência numa dita de liberdade democrática. Sendo que apanhei com a revolucionária transição de entre uma coisa e outra aos meus cinco anos de idade.

            Seria (inter)pessoal, social, familiar e existencialmente muito extenso e complexo escrever em sequencial base do imediatamente anterior, de resto esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever nasceu, cresceu e vive em grande e substancial medida dessa e nessa mesma sequencial base _ sendo que escrevo há anos e circunstancial/providencialmente não estou de todo a ver como poder, conseguir ou sequer já querer deixar de o fazer!

            Pelo que tendo por base a frase inicial, escrita a itálico, vou-me limitar a enquadrar toda a sequencial base em acontecimentos mais recentes ou mesmo contemporaneamente vigentes, como seja:

            Salvo qualquer rememorativo erro de transcrição e a respectiva utilização dalguma que outra palavra ou expressão de minha própria autoria e/ou exclusão dalguma expressão utilizada pelo próprio, no entanto e na essência, entre outras coisas, dizia o Dr.º Medina Carreira na noite de Segunda-feira (12-04-2013) no programa Pró e Contras da RTP1, algo como: “O Estado-social foi e é utilizado como argumento político-partidário para ganhar eleições, por gente que se estava e está borrifando para o Estado Social e que o que queria ou quer é ter acesso ao Orçamento de Estado para poder reparti-lo por familiares, amigos, etc.”

            Por mim não gosto de radicalizar as coisas, nem de ver a vida e/ou a sociedade duma perspectiva absolutista, pelo que assumindo desde já as devidas e respectivas excepções, no entanto até eu que para além das minhas humildes e diria mesmo ingénuas e ignorantes bases existências, a que se somou um meu redundante fracasso interpessoal, social e curricular escolar e/ou de vida em geral, diria e digo que entre outras, há muito cheguei também a equitativa conclusão a que chegou o Sr.º Dr.º Medina Carreira _ claro que auto assumindo que o Sr.º Dr.º tem ao menos parcialmente(*) substancial razão naquilo que diz.

            A partir de que para de momento não me alongar muito mais a este respeito, se acaso remetendo complementarmente para tudo o mais que já anteriormente escrevi e por aqui publiquei ou que venha eventualmente a escrever e a por aqui publicar, continuaria dizendo no imediato que há muito desacreditei na democracia que temos, que respectivamente há muito deixei de votar para não me sentir mais ingénuo ou até estúpido e/ou ainda eventualmente comprado ou vendido do sistema ao fazê-lo do que por exemplo deixando de o fazer e que em conclusão um povo que continua ciclicamente a eleger e/ou a sustentar as elites _ digo eu_ pseudo democráticas que o governam com base em argumentos eleitoralistas profunda e substancialmente enganadores, já seja com argumentos eleitoralistas que não se cumpre pós eleitos e/ou que a cumprirem-se nos levam à ruína, só pode mesmo ser um povo tão ingénuo e/ou ignorante quanto ou até mais do que eu mesmo o fui e/ou sou tendo por princípio as minhas bases existenciais e até ao presente momento; claro que no meu caso com ressalva para o facto de eu me auto assumir como e enquanto tal, quando e enquanto muitos outros se limitam a auto assumir-se como donos da verdade e ao próximo, ao outro, ao superior, ao inferior ou ao seu par como o(s) errado(s) e/ou ainda com cada qual a defender-se individual e corporativamente a si mesmos e os restantes ou o colectivo que se lixem. 

            Sequência de que no e para o presente contexto acrescentaria ainda que aquém e além de cerca de oito séculos de história Nacional própria, acima de tudo pobres de nós quando temos como grandes e mais recentes ou contemporâneas referencias, respectivamente: uma ditadura de quase meio século e uma subsequente dita liberdade derivada duma revolução dita de pró democrática, em que nem a catarse da dita ditadura foi devidamente feita, nem até por isso e com tudo o que isso leva faz da nossa democracia algo verdadeiramente livre e/ou acima de tudo justo. 

            Conclusivamente no que e como a mim mesmo toca, salvo em sequência do que e como vou auto resistindo em e a mim mesmo e/ou em e a muito do que e de quem me rodeia, de resto e em regra continuo não tendo grandes motivos quer para confiar em mim, quer para confiar no que e em quem mais quer que envolventemente seja _ do mal o menos que o auto admito _ de entre o que o pior são os muitos que não se auto admitem a si mesmos e/ou que só se admitem como donos da verdade (absoluta) e ao outro ou ao diverso como o errado(**)! E entretanto, salvo as devidas excepções, vivemos genericamente todos em cíclicas e redundantes crises económicas, financeiras e/ou acima de tudo existências próprias, como mais uma presente e indefinida vez, individual e colectivamente, constatável!...

                                                                                  VB

            (*) De resto o Estado-social que há partida se deve sustentar em e por si só, não é um erro em si mesmo, erro é a utilização que se pode fazer do mesmo, tanto mais se utilização em imediato nome do Povo, mas com aprazado prejuízo desse mesmo Povo e em conclusivo favor de interesses mais ou menos obscuros e/ou individualistas e corporativistas! Inclusive não termino de entender os argumentos de muitos Senhores Doutores, desde logo de economistas e/ou até de simples populares a só conseguirem ver gorduras do estado em prestações sociais e/ou afins, quando até em sequências das palavras do Dr.º Medina Carreira, sem prejuízo de má gestão ou má utilização do Estado-social e das respectivas prestações sociais, o facto é que com mais ou menos e toda ou nenhuma justiça, em regra gastam-se uns milhões com base no Estado-social divididos por uma indefinida série de cidadãos, quando não raro o Estado despende tantos ou mais milhões com umas pouquíssimas e restritas elites políticas, sociais e/ou outras _ muitas vezes com princípios, meios e fins muito pouco ou mesmo nada claros _ e entretanto somos, duma ou doutra forma, todos e cada um de nós cúmplices de tudo isto!...   

            (**) Que talvez seja assim mesmo a essencial base da vida, com todos e cada qual a assumirem uma posição de força e/ou de superioridade face ao outro, pelo menos e na melhor das hipóteses até se encontrarem pontos de equilíbrio de entre uns e outros, no limite com a vitoria, a supremacia e/ou mesmo a vida duns sobre outros, de entre o que no circunstancial/providencial caso eu me auto assumo como um mero (auto) subsistente!

            Ah! Claro que com isto que eu escrevo e disponibilizo ao exterior, acabo por não ser eu a contribuir, pelo menos directa e activamente, para a resolução dos problemas nacionais. Mas ao menos não estou endividado até à raiz dos cabelos, tal como estão muitos portugueses e/ou o próprio País _ com ressalva de que em qualquer dos casos há endividamentos racionais e pró positivos ou produtivos e há endividamentos absolutamente ridículos ou meramente ostentativos e prejudiciais _, além de que com o que e como escrevo, vou ainda descomprimindo daquilo que referente, influente e consequentemente me toca, na respectiva sequência vou ainda arranjando disponibilidade interior para continuar em frente com a minha vida ou no caso com a minha auto subsistência e só então talvez contribuindo duma ou doutra directa ou reflexa forma para que eventualmente outrens se (re)encontrem consigo mesmos e se acaso continuem com as suas vidas e/ou as suas auto subsistências próprias!?  

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