sexta-feira, junho 29, 2012

Pedro Barroso - Esperança

           Após semanas de afastamento do Blogger, precisamente nesta noite de 28 para 29-06-2012 em que regressei ao Blogger a fim de postar algo de novo, nos meus dois respectivos Blogues, inclusive como algo dalgum modo transcendental para mim, que por natureza ou vivência própria não sou dado a grandes exposições, na respectiva e contextual sequência senti-me na circunstancial ou providencial necessidade de me fazer acompanhar de Pedro Barroso, via Youtube.

            E para além de, entre arrepios no corpo e na Alma ao escutar as palavras e a composições do Pedro na sua própria voz, nesta mesma imediata sequência, como algo já recorrente em mim enquanto sucinta partilha também no Facebook de algo relativo a Pedro Barroso, no entanto apeteceu-me nesta presente circunstancia postar também algo um tanto mais extenso, como o presente, aqui no Blogger a este mesmo respectivo respeito. Desde logo para dizer que por exemplo me suscita um misto de pena e à vez de receio, uma respectiva sociedade que, sem prejuízo doutros e doutras, no caso concreto e por mais ou pior não dizer, em grande ou substancial medida ignora, subestima, ostraciza, passa ao lado de Pessoas e de Artes como as de Pedro Barroso.

            Pelo que sinto ou pelo menos chego a pensar que Pedro Barroso e a sua Arte são demasiados simples e à vez demasiado complicado(a)s; demasiado profundo(a)s e à vez demasiado elevado(a)s; demasiado superiores e à vez demasiado subalterno(a)s; demasiado tocantes e à vez demasiado intocáveis; demasiado óbvio(a)s e à vez demasiado enigmático(a)s _ vulgo incompreendido(a)s; demasiado isto e aquilo outro e à vez de menos o que quer que seja; ou que quiçá e tão só o Pedro não seja suficientemente jovem, suficientemente atlético, suficientemente ""belo"", suficientemente na moda e/ou a sua Arte não seja suficientemente imediatista, suficientemente simplista, suficientemente ligeira, suficientemente sensacionalista, suficientemente inconsequente como para poder(em) ter a devida projecção, o devido respectivo e o devido reconhecimento, desde logo por parte da genérica sociedade e cultura contemporâneas.

            Seja ainda que por mim não me sinto mais ou menos, nem melhor ou pior que quem mais quer que seja, por designadamente pensar, sentir e dizer tudo isto acerca de e/ou sobre Pedro Barroso e a respectiva sociedade e cultura envolvente(s) no seu todo. Simplesmente estou a expressar o que e como penso, sinto e/ou sou por mim mesmo com base e em sequência da própria sociedade em geral de que duma ou doutra forma eu mesmo sou parte integrante e/ou desta última com relação a alguém que eu admiro e que sob e sobre diversos aspectos pessoais, humanos, sociais, culturais ou por si só vitais e universais, me toca duma ou doutra referente, influente e consequente forma, como entre outros e outras, no presente caso concreto é o Excelente Pedro Barroso, desde logo na e com a sua respectiva Arte poética, musical, compositiva e interpretativa própria(s).

            Mas que sem mais delongas da minha parte e até para conferir alguma sublime substancia ao que e como eu mesmo aqui escrevo modo geral e acerca do Pedro em particular, inclusive dispensado eventualmente as minhas próprias palavras ao respeito, resta-me partilhar algo como paradigma da superior Arte do próprio Pedro Barroso, que de entre muitos possíveis e diversos exemplos de elevada beleza poética e musical deste último, em que por exemplo podendo a minha escolha ter recaído em títulos como: CompanheiraTão MulherNoite, etc., enquanto de alguém que como o Pedro canta a Mulher, o Amor e a Sensualidade com tanta beleza e sabedoria, como constatável nos títulos atrás, mas por outro lado podendo ainda a minha escolha ter recaído em títulos como: ViriatoÁgua ou O Sentido das Coisas, nestes casos a focar assuntos mais generalistas e mas não menos universais, de entre ou aquém e além destes e de muitos outros possíveis exemplos, a minha escolha recaiu em concreto no titulo (até) paradigmaticamente aplicável ao presente contexto social envolvente e global modo geral, que enquanto retirado do Youtube, é:



                                                                                                                                     VB

quinta-feira, junho 28, 2012

Patriotismo e futebol

            Tanto patriotismo com base na selecção nacional de futebol e afinal deixa-se parte do País e respectivamente dos portugueses sem acesso televisivo, no caso concreto ao jogo Portugal - Espanha das meias-finais do europeu de futebol 2012.

             Quando não há autoridade oficial ou governativa; grande empresa; instituição privada ou publica; meio de comunicação social, etc., etc., que não se cole ao futebol e/ou mais concretamente à consensual selecção nacional de futebol, como auto promoção própria e (pseudo) patriótica. Eis que precisamente a PT (Portugal Telecom) como uma das maiores, mais ricas e influentes empresas nacionais, em associação a coniventes responsabilidades administrativas dos Governos da Nação, deixaram e deixam no seu conjunto parte do País sem acesso a sinal televisivo de TDT (Televisão Digital Terrestre). Pelo que quem não tiver acesso próprio a televisão por Cabo ou via Satélite, como seja paga; quem não se dispuser a procurar o café da esquina mais próximo, a praça publica ou se possível a casa particular de quem tenha respectivo acesso a televisão por Cabo ou por Satélite, paga; e/ou ainda a quem como eu que vivo no interior raiano e enquanto tal tenho acesso à televisão espanhola ou seja ao sinal e respectivo canal aberto (Telecinco) de TDT espanhol; de resto parte da população nacional (portuguesa) ficou simplesmente sem poder assistir a parte e em alguns casos à totalidade, entre outras coisas, também do jogo de futebol de ontem entre Portugal e Espanha.

            Enfim sempre houve e parece que sempre haverá uns mais patriotas que outros, independentemente das circunstancias. O que eu estou mais ou menos à vontade para referir na medida em que até por força de diversas circunstancias próprias e envolventes tendo eu aprendido a gostar de futebol, tendo inclusive chegado a ser uma espécie de futebol-dependente, já fosse a nível clubístico e/ou acima de tudo da respectiva selecção nacional, como seja a não poder passar sem assistir aos jogos e respectivamente a ficar com a minha alegria e tristeza ou estima e subestima pendentes das respectivas vitórias ou derrotas quer do meu clube de simpatia quer da selecção nacional. Mas por diversos motivos e razões, desde logo por maiores preocupações, mais circunstancial ou providencialmente decisivas para mim e para a minha vida, na respectiva sequência cheguei a um estágio da minha vida ou da minha existência própria, em que continuando dalgum modo a apreciar o futebol pelo futebol, no entanto e entretanto não dependendo necessária, absoluta e/ou felizmente deste para a minha alegria ou tristeza e estima ou subestima própria, mesmo que ao nível do meu clube de simpatia e/ou até da própria correspondente selecção nacional. Seja que ao nível do futebol pelo futebol, de que aprendi a gostar, tanto aprecio um jogo envolvendo clubes ou a respectiva selecção nacional, como um jogo internacional sem qualquer envolvimento nacional; ainda que e/ou quando e enquanto envolvendo o meu clube de simpatia, a selecção nacional ou clubes nacionais modo geral, a nível internacional, respectivamente tendo natural e automaticamente a preferir que estes últimos saiam vencedores, mas em qualquer caso a minha alegria, tristeza, estima, subestima ou vida e existência própria (já) não dependem necessária, absoluta e felizmente disso. O que enquanto tal, designadamente para mim assistir ou deixar de assistir a um jogo de futebol, mesmo que da selecção nacional, não é algo transcendente para a minha vida, nem as vitorias ou derrotas dos clubes ou da selecção nacionais contribuem muito decisivamente para a minha vida _ mesmo que tenham sempre algum tipo de efeito em mim, designadamente as vitórias não deixam de me satisfazer e as derrotas de me insatisfazer, mas cada vez mais circunstancial e momentaneamente, que não por exemplo decisiva e substancialmente para a minha auto estima pessoal ou nacional própria. Aquém e além de que até enquanto pertencendo eu às bases sociais ou vindo positiva e socialmente de baixo, as respectivas derrotas ou dificuldades da vida me sejam uma espécie de (pró) positivo, vital ou subsistente aliciante, pelo que procuro ou quiçá simplesmente necessito retirar sempre o positivo melhor, quer das vitórias, quer das derrotas no caso concreto inerentes aos clubes ou à selecção nacionais de futebol ou outras, mas desde logo das vitórias e das derrotas da minha própria vida. Além de que para mim é tanto ou mesmo muito mais importante uma participação globalmente condigna dos desportistas nacionais quer a nível individual quer colectivo, mesmo que sem vitória desportiva, do que uma dita vitória desportiva, por exemplo em sequência duma supra ou extra concentração nacional num mero objectivo desportivo, aquém e além duma infinidade de desequilíbrios e mesmo de significativas injustiças sociais e globais internas modo geral. Ainda que e/ou até porque dados esses desequilíbrio e injustiças internas, acabe por se tender a ser ou a ficar transcendentemente dependente desde logo dos sucessos desportivos, designadamente da selecção nacional de futebol, enquanto o futebol como desporto rei a nível nacional e a respectiva selecção nacional por assim dizer simbólica representação de todos e de cada um de nós, pelo que tão só ao constatar os nossos atletas, clubes e/ou selecções nacionais a baterem-se ombro a ombro ou de igual para igual com seus congéneres, por si sós mais ricos, mais equilibrados, mais justos, regra geral mais poderosos, acabe por ser um respectivo contributo para com a nossa auto estima nacional, naturalmente que com o seu correspondente inverso sempre latente. O que perante e para com as vitórias pode chegar a ser patrioticamente perverso não se ter acesso directo a essas mesmas vitórias via televisão, pois perde-se a possibilidade de aumentar a auto estima no imediato; ainda que perante a derrota, quiçá seja de agradecer à PT essa falta de acesso na medida em que se poupa muita gente de sofrer abaixamento de auto estima, pelo menos imediata e sofridamente em directo, neste último caso eventualmente ainda com algum acrescido risco cardíaco desta(e) ou daquela(e) outra(a), salvo que num contexto de cada vez menos indivíduos a produzir económica e financeiramente (vulgo desempregados) e na respectiva sequência cada vez mais a consumirem o produto dos cada vez menos que produzem alguma coisa, quiçá até seja de agradecer algumas miocárdias agudas _ ainda talvez aqui eu esteja a ser mauzinho no julgamento das circunstancias envolventes, mas o facto é que nesta vida já se viu e continua-se a ver de tudo e de mais uma coisa, nem sempre, nem de todo as mais positivas! Em qualquer caso o democrático acesso à televisão, parece ter sempre positivos benefícios, por qualquer dos ângulos por onde se lhe pegue, claro que reconheço também os seus respectivos e correspondentes negativos inversos, desde logo no relativo a este assunto do futebol e de dependência da auto estima nacional deste último em concreto. De entre o que parece estar criado um crescente clima ou ambiente social modo geral em que precisamente quem não aprecia futebol, quem não corre activa e desesperadamente atrás dos clubes ou da respectiva selecção nacional a nível internacional já não é patriota ou será um patriota subalternizado de segunda. Pelo que admira-me que precisamente grandes empresas nacionais como a PT, de que depende técnica e materialmente o projecto TDT, em associação aos próprios Governos oficiais na Nação, que enquanto tais se colam muito ao futebol e tanto mais se à respectiva selecção nacional, no entanto deixem parte do país sem possibilidade de assistir a um importante jogo da própria selecção nacional, numas decisivas meias-finais do Campeonato Europeu de selecções, independente dos portugueses residentes nessas partes do país sem acesso a sinal de TDT dependerem mais ou menos do futebol e da respectiva selecção, desde logo para com a sua (nossa) auto estima, pessoal e nacional. Mas em que desde logo empresas como a PT e/ou os próprios Governos da Nação que desde logo via televisão aparecem em jantares ou em iniciativas e cerimónias sociais mais ou menos oficias, enquanto associadas ou coladas às selecções nacionais de futebol ou outras, serão seguramente mais portugueses e/ou mais patriotas do que os portugueses que aquém e além da sua vontade e dependência ou independência relativamente ao futebol ou às respectivas selecções de futebol, se vêm privados de assistir televisivamente via TDT às respectivas exibições futebolísticas ou desportivas nacionais, por unilateral acção ou inacção de superiores patriotas como os inerentes à PT e/ou aos Governos da Nação, que deixaram o País parcialmente sem acesso ao sinal de TDT. 

            Que já agora e extrapolando um pouco, quiçá o acto de se deixar parte do País sem acesso ao sinal televisivo de TDT, tenha sido ou seja um acto patriótico por parte da PT e dos Governos Nacionais, na media em que a respectiva cobertura do todo nacional pelo sinal de TDT, seria ou será um suposto processo dispendiosos económica e financeiramente em especial num momento de forte crise e respectivas restrições económicas e financeiras, deixando-se por isso parte do cada vez menos povoado interior nacional sem respectiva cobertura de TDT, como efectivo ou possível acto de poupança económica e financeira! Ainda que e como melhor das hipóteses a assim ser, tenho também de chegar à respectiva conclusão de que afinal de contas e como sempre os ditos sacrifícios e/ou benefícios da crise não são iguais ou equitativos para todos, nem de resto justa e devidamente para quem mais ou menos contribuiu para a respectiva crise. Inclusive durante os tempos de “vacas gordas” eu sempre dizia que enquanto tal os benefícios seriam de quem os conseguia retirar, legítima ou ilegitimamente, pois que quando chegasse a hora das “vacas magras”, os sacrifícios seriam para “todos”, perdão para os que não conseguissem ou não consigam escapar aos mesmos, o que em demasiados casos coincide com quem legitimamente não conseguiu ou ilegitimamente não quis retirar proveito do tempo de “vacas gordas”.

            Enfim até por natureza universal a vida e o mundo sempre foram, são e serão dos mais fortes, a diferença está em que se os mais fortes derivam e estão ao serviço do todo ou derivam e estão ao serviço individual, corporativo ou parcial de si mesmos. É que no primeiro caso ganham e perdem todos, mais ou menos equitativamente por igual, já no segundo caso ganham apensas alguns e perdem todos os restantes. Além ainda de que no primeiro caso os mais fortes serão duma ou doutra forma eternamente os mais fortes, enquanto no segundo caso os mais fortes serão apenas efemeramente os mais fortes, ainda que enquanto lideram distorçam e/ou influenciem perversamente todas as regras vitais ou universais mais básicas e/ou sublimes. E aquém e além de como sejam outrens extra nacionais, desde logo nós nacionalmente parece-me que “navegamos”, mais ou menos genérica e recorrentemente, numa significativa indefinição e ambiguidade entre uma coisa e outra, designadamente entre justiça e injustiça social, vital ou universal! De entre o que a actual crise económica ou financeira interna, com todas as suas causas, efeitos e consequências, incluindo ou não o facto de parte do País ter ficado sem sinal televisivo de TDT, me parecem significativos e substanciais exemplos, tanto pior se incluindo a deficiente distribuição ou a parcial disponibilização de sinal TDT _ como que distinguindo entre portugueses de primeira e de segunda!

            Que nesta última acepção, com ou sem respectiva ironia, enquanto tendo eu como origem e residência o interior nacional, sem parcial acesso ao sinal de TDT, só tenho a agradecer à PT e aos respectivos Governos Nacionais o acto patriótico, de terem deixado parte do interior nacional sem parcial ou absoluto acesso ao sinal de TDT, como melhor das supostas hipóteses, em nome de resolução e ultrapassagem da crise económica e financeira. É que assim até portugueses como eu, que no meu confesso caso se não se me impuser de fora para dentro e de cima para baixo o que quer que seja, no caso concreto em nome do País, por norma tendo a ficar passiva e apaticamente à margem, quer do melhor quer do pior nacional e/ou até de mim mesmo _ no fundo e em poucas palavras não sou própria ou absolutamente um empreendedor. Pelo que se em tempo de “vacas gordas” por mim mesmo não contribuo muito para que as mesmas emagreçam, tão pouco em tempo de “vacas magras” por mim mesmo contribuo muito para que as mesmas engordem. De entre o que, se acaso e como melhor das hipóteses, é de agradecer que no caso a PT e os respectivos Governos Nacionais me ponham a contribuir para a ultrapassagem da crise, designadamente com económico e financeiro sacrifício do sinal de TDT na minha região de origem e de habitação. A partir de que se quando a crise passar(!?), outros motivos desde logo próprios eu não tiver para me orgulhar de ter contribuído para essa ultrapassagem da crise, desde logo terei o motivo de dizer que fiquei patrioticamente sem, ao menos parcial, acesso ao sinal de TDT, em nome da economia e das finanças nacionais. E sinceramente quem dera assim (também) fosse e/ou seja de facto, quer como justificação para cobertura de TDT em apenas algumas partes do território nacional, quer como parcial efectivação de e para com resolução da crise; o pior é quiçá num caso e noutro eu esteja apenas a ser optimista, sonhador, ingénuo e/ou por si só um pouco ficcionista. Tanto mais quando nas próprias cidades e/ou zonas de suposta cobertura TDT sem restrições, há pessoas a queixarem-se de por vezes ficarem sem sinal de TDT, o que pode ser “gato escondido com rabo de fora”_ como diria o outro “vocês sabem o que eu quero dizer”_, designadamente que seria ou será conveniente acabar com a televisão gratuita, mas não assumidamente. Que com alguma minha inerente teoria da conspiração ou não, se espere por exemplo que por dificuldades de acesso ao sinal de TDT, enquanto sustentador da televisão universalmente gratuita, da responsabilidade da PT; por subsequente inerência a esmagadora maioria da população aceda circunstancial, recorrente ou alternativamente à televisão por Cabo ou por Satélite, em qualquer dos casos pagas, num processo que a PT via MEO lidera a nível nacional, o que a ser assim, justificando eventualmente então as inerentes elites à posterior e à boa maneira portuguesa  que: a televisão gratuita (já) não fará grande sentido ou pelo menos que fará cada vez menos sentido e também sub ou sobresequentemente à respectiva boa maneira portuguesa com a população mais passiva e submissa do que activa e convictamente, conivente com tal facto.
            Pelo que refiro reiteradamente com semi ironia, que por um lado é e será de facto para mim um motivo de orgulho e/ou de satisfação contribuir para a positiva resolução da crise, já seja por minha iniciativa própria ou por imposição externa e superior; agora o que por outro lado também me preocupa e se acaso me indigna são as causas da crise e quem efectivamente lucrará com a resolução da mesma, dado que parece vivermos recorrente e redundantemente de crise em crise, de entre o que quer os beneficiários quer os contribuintes das e para as crises, quer da e para a resolução dessas mesmas crises, ao menos a mim parecem-me não ser em efectivo, em activo e em definitivo equitativamente todos, se acaso e não raro até bem pelo contrário! Mas isso sou eu que o digo e/ou penso, o que vale o que vale enquanto vindo de alguém como eu que mais ou menos consubstanciadamente e como melhor das hipóteses me auto assumo desde há muito como nada e como ninguém!  

            Ah! E quanto a patriotismo, cada qual toma o que quer, o que pode ou o que mais lhe convém, o que no caso dos mais fortes acaba implicando fortemente com o patriotismo dos mais fracos, nem sempre nem de todo da forma mais vital, universal, por si só patriótica ou supremamente equitativa e justa! E assim cá vamos andando como sempre, designadamente entre o País moderno, prospero, justo, democrático, civilizado, positivamente virtuoso _ inclusive com acesso à TDT; versos o País retrógrado, desventurado, injusto, oprimente, recessivo ou positivamente esforçado _ que inclusive sem acesso a TDT, perdeu parcial direito de aceder a televisão universalmente gratuita.

            Entretanto que viva a selecção nacional de futebol, que salvo o facto de ir saindo de cabeça erguida, de resto e apesar de e/ou até por tudo não termina de nos dar a definitiva e alegre auto estima, desde logo nacional própria de que tanto carecemos, em especial enquanto dependentes da mesma respectiva selecção nacional de futebol e da respectiva vitória duma grande competição internacional por parte desta, para com essa mesma auto estima! Até porque por exemplo uma dita e para mim destacada vitória dum Senhor ciclista de seu nome Rui Costa na volta à Suiça em bicicleta que passou quase despercebida quer na comunicação social, quer na opinião pública em geral, de resto e mal comparado com a vida ou com a auto subsistência no dia a dia prático de todos e de cada um de nós, que parecem contribuir pouco ou nada para a auto estima de respectivamente todos e de cada qual individual, conjuntural, colectiva ou nacionalmente falando, aquém e além do futebol _ inclusive como se dependesse-mos ou dependamos mais do exterior do que de nós mesmos, desde que esse exterior minimamente associado a nós para o respectivo melhor e pior de nós mesmos, ainda que e/ou até pelo que quando toca a assumir méritos por norma assumimo-los como nossos, já quanto a assumir deméritos por norma são responsabilidade alheia. A partir do que não me atrevo a tecer mais considerações ou a retirar mais conclusões ao respeito, pelo que deixo essas respectivas considerações e conclusões ao critério de todos e de cada um de vós restantes, ainda que a partir das minhas respectivas considerações e conclusões próprias aqui expressas. Sendo que eu não temo por exemplo o meu fracasso ou a minha depressão pessoal próprio(a)s, desde que isso me leve ou possa levar ao meu sucesso e ao meu êxtase universal próprio(s); pelo que o que não me apetece mais é ficar unilateral ou que tão só substancialmente dependente de factores externos, designadamente para a minha auto estima ou subestima pessoal, nacional, vital ou universal própria; ainda que tão pouco deva sequer pensar que dependo apenas e tão só de mim mesmo para o respectivo melhor ou pior de mim mesmo, pois que eu sou apenas uma ínfima parte dum todo nacional, global ou universal! De entre o que ter ou não ter acesso ao sinal de TDT, aquém e além de dependência ou independência do futebol e da respectiva selecção nacionais para com a respectiva auto estima nacional, é antes, durante e depois do mais e acima de tudo uma questão de justiça universal aplicada ao todo nacional _ inclusive porque se o sinal de TDT veio para melhorar tecnicamente a imagem e som televisivos, mas implicando isso retirar o universal acesso ao sinal aberto de televisão ao todo nacional, ao invés do que e como sucedia como o sinal analógico, então creio eu que seria preferível um pouquinho menos de qualidade técnica digital e mas de universalmente democrática e continua cobertura nacional analógica, televisiva. É que eu gosto, necessito e defenderei cada vez mais a liberdade, a autonomia e o livre arbítrio individual de todos e de cada qual, perante e para com todos e cada um dos restantes, mas até por isso há coisas que têm de ser absoluta e universalmente comuns, como por exemplo o universal acesso a um mínimo de meios de comunicação social, de entre os que, no caso, se encontram os quatro canais televisivos nacionais ditos de generalistas ou de sinal aberto, que inclusive noutros países se viram quantitativamente ampliados com o advento da TDT em detrimento da televisão analógica, enquanto ao nível nacional interno se mantiveram os mesmos quatro canais derivados do sistema analógico e ainda assim só para quem parcialmente tem acesso ao sinal de TDT ao invés do universal acesso ao sinal analógico, pelo que se acaso e em ultima instância mesmo que com quatro canais em sinal aberto hipoteticamente taxados nacionalmente à respectiva medida da economia interna, o que na presente circunstância numa economia interna em crescente recessão, deve mesmo ser gratuitamente(!), mas com taxas ou sem taxas, acima de tudo com livre e universal acesso para quem aos mesmos queira, pretenda e/ou necessite aceder por si só em todo o território nacional, ao invés da disponibilização dos mesmos apenas em parte do respectivo território nacional, por unilateral iniciativa de quem responsavelmente tutela a respectiva instalação e disponibilização de TDT, como seja a PT com conivência ou cobertura Governativa.

            Do mal, o menos, que mais uma vez e sempre: Viva o Futebol!

                                                                                              Victor Barão     

            Obs: Bem sei que tendo a ser exaustivo no que e como escrevo, inclusive podendo isso reverter contra mim, em especial se por parte de mentes mais mesquinhas ou que jogam um jogo pouco ou mesmo nada claro e se acaso até rasteiro ou traiçoeiro; mas aquém e além doutros eventuais motivos e razões para esta minha tendencialmente expressiva exaustão, como por exemplo de sempre me ter visto ou sentido na contingência de ter de me justificar e de me explicar tanto quanto possível, perante e para com o exterior; além de não raro parece que a muita boa gente não chegam poucas palavras, ainda que essa mesma boa gente tão pouco escute ou leia muitas palavras; mas no meu caso ao escrever muito acabo por deixar a cada qual, se assim o entender, a possibilidade de ler mais ou menos, tudo ou apenas parte do mesmo, em qualquer caso e se possível retirando esse(s) outro(s) alguém(s) o melhor ou mais positivo partido possível do que e como eu escrevo, não necessária ou absolutamente em concordância comigo, mas desde logo em sequência, no caso concreto, da minha expressão escrita.