segunda-feira, novembro 30, 2015

Brandos costumes e realidade

  Portugal, País de brandos costumes!

Como qualquer outra particular entidade, no caso de cariz nacional, social ou cultural em qualquer parte Mundo, também Portugal tem uma forma própria de expressar os seus (nossos) costumes normais e correntes, mas por inerência também os costumes mais excepcionalmente radicais pela positiva e pela negativa; que enquanto tal pode ser e é uma forma de expressão própria diversa de muitas ou de todas as outras entidades equivalentes, mas que no fundo, na prática e à partida ou à chegada não é melhor ou pior que qualquer outro Povo em qualquer outra parte do Mundo. De resto se não queremos mesmo auto assumir a paradoxalmente maniqueísta e/ou esquizofrénica paranóia de que ora somos os melhores ora somos os piores do Mundo, segundo as circunstancias do momento, desde logo e por assim alegoricamente dizer, segundo a selecção nacional de futebol vença mais ou menos vezes, temos acima de tudo de auto assumir que não somos nem mais ou menos, nem melhores ou piores que quais queres outros, onde mais quer que seja. Basicamente somos ou seremos apenas diferentes à nossa maneira, desde logo e no caso concreto ao nível dos costumes, que nem sempre nem de todo são tão brandos quanto costuma constar.

E que para referencialmente marcar essa diferença, incluindo ou excluindo juízos de valor logo à cabeça, começo por dizer que por um lado é bem certo que raramente se vê um qualquer povo fazer uma revolução política e social armada com cravos na ponta das armas, pois que salvo eventuais e meramente coincidentes excepções revolucionariamente equitativas a Portugal, de resto e por norma a generalidade dos demais povos fazem equitativas revoluções armadas com outro tipo de munições. Cuja dita revolução dos cravos em Portugal só resultou como tal e sem lamentáveis consequências de maior por um mero e circunstancial acaso, que em diversos momentos podia ter descambado para algo que podia ter sido literalmente tudo menos algo genérica e alegremente florido _ aquém e além de ainda assim alguns naturais exageros que acabaram por ocorrer, como (quase) inevitável regra em qualquer revolução política, social e cultural. Mas não vale a pena estar agora a entrar por ai, nem de resto o presente propósito é em absoluto esse, pelo que no caso só aludo aqui à tão popularmente (re)conhecida como Revolução dos cravos http://25deabril74.weebly.com/uploads/1/9/4/5/19451511/5503528_orig.jpg, porque também muito com base e em sequência da mesma adquirimos o (auto) nacional e (extra) internacional epíteto de País/Povo de brandos costumes. Mas nem de perto nem de longe a coisa é tão simples, linear ou absolutamente real enquanto tal, no que a brandos costumes nacionais respeita. Para com o que basta reparar nos números e consequências da sinistralidade rodoviária http://25deabril74.weebly.com/uploads/1/9/4/5/19451511/5503528_orig.jpg, que em numero de acidentes e de gravidade dos mesmos, não raro e no limite com vitimas mortais, chega assumir proporções de autentica guerra civil, de resto não é em todas as guerras que morre tanta gente anualmente como em Portugal tão só em sequência de acidentes automóvel(*). Sequência de que a este nível de acidentes automóvel e suas piores consequências, estamos (quase) sempre qualitativa e quantitativamente no topo, designadamente em comparação com países e/ou povos da restante Europa Comunitária/Unida, com estes últimos por norma tidos como de menos brandos costumes que nós; mas que nesta mesma base e sequência de paradoxais brandos costumes nacionais, repare-se ainda nos números das tão só oficialmente (re)conhecidas e enquanto tal mais gravosas consequências da Violência Doméstica nacional _ https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjj5d3v7p3KAhWGWBoKHUVzDcYQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.cmjornal.xl.pt%2Fdomingo%2Fdetalhe%2Fviolencia_domestica_os_numeros_da_vergonha_nacional.html&usg=AFQjCNF5jbz2HXQTyD7TdsDN5qAE5FNo4A&sig2=LGL-yT239eidAxdgg55EMg&bvm=bv.111396085,d.d24 _, que mesmo com percentual redução face ao mesmo período do ano passado, tão só no corrente 2015 e do unilateral lado do género feminino já vai em 27 mortes confirmadas, fora as tentadas, em que mais uma vez pelo pior estamos genérica e percentualmente no topo a nível da Europa Unida _ como seja que há países em que os números absolutos até são o dobro ou mais de Portugal, mas na relação percentual entre número de casos e a população total de cada país, não que tão pouco se deseje o seu inverso, mas o facto é que a este nível de percentagens, Portugal se não está no topo, está muito próximo do topo dos casos mais graves de violência doméstica; ou que passando ainda para números e consequências negativas mais subtis repare-se na crónica e/ou ciclicamente eterna Injustiça Social nacional, com tudo o que duma ou doutra forma isso implica de violento e não de brandos costumes; e/ou ainda numa base mais intermédia de entre subtileza e dramática consequência prática repare-se também na bovina radicalização de grupos ligados ao desporto, concretamente de apoio a clubes de futebol, em alguns casos segundo consta também com algumas conotações político-ideológicas (pró) radicais, que só não são grupos mais dramática, criminosa ou fatalmente consequentes de per e/ou de entre si, porque como autenticas manadas de gado bravo que necessitam de pastore/s a guiá-las e guardá-las, respectivamente são monitorizados e conduzidos por forças policiais, em nome da segurança publica e dos respectivos elementos dos grupos mais radicais em causa; que com mais ou menos directa associação ou dissociação ao anterior repare-se também ainda na radicalização do discurso oficial político e/ou popular nas redes sociais, por exemplo com recente e particular destaque para o após últimas eleições legislativas, com toda as polémicas consequências que bem conhecemos, aquém e além de mesmos ditos discursos políticos estarem pejados de contradições e de paradoxos na medida em que partidária ou ideologicamente há insultos de entre facções, não raro com argumentos que se podem aplicar e aplicam a qualquer das facções em causa, como seja que não raro fala-se do outro com argumentos, no limite radicais, perfeitamente aplicáveis a quem fala. Enfim, a este nível de costumeiros comportamentos e suas efectivas ou pelo menos potencias consequências dramáticas, na sua globalidade não sei exactamente como é nos restantes países, mas regra geral não me parece que em Portugal seja muito melhor ou muito pior que em qualquer outro lugar, em especial do dito mundo dito civilizado, ainda que podendo ou devendo ser algo naturalmente diferente de entre uns e outros, enquanto próprio a cada qual e a uma infinidade de circunstanciais variantes, derivadas duma infinidade de factores nunca literalmente repetíveis de entre si, num só povo, menos ainda de entre uns povos e outros.

A partir de que digo eu que mais mal não venha ao mundo e a este belo jardim à beira mar plantado em concreto do que o que já temos em sequência do que acabo de descrever, para que tão só com base no mesmo já baste para se concluir que nem de perto nem de longe somos um País de brandos costumespelo menos não mais que muitos ou todos os outros. Afinal não passamos de humanos, sempre potencialmente melhoráveis mas nem sempre efectivamente melhores por nós mesmos e face ao que ou a quem mais quer que global, humana, vital ou universalmente seja. Sendo que só nos podemos positiva e vitalmente (auto)melhorar e/ou por si só abrandar, se auto assumir-mos as nossas virtudes mas também os nossos defeitos e/ou vice-versa, em qualquer dos virtuosos ou defeituosos casos em efectivo ou potencia. Ainda que auto melhorar-mo-nos constante e permanentemente em e por nós menos, face ao todo humano, vital e universal, seja algo que dá aliciante mas também muito e continuo trabalho, além de que exige correr riscos, mas como uma das nossas características próprias é mesmo sermos também um povo muito tradicionalista e como tal pouco dado a voluntárias ou autónomas mudanças, mesmo que para melhor. E por isso creio que se nos limitarmos a auto assumir como, suposta virtude, de brandos costumes, que na verdade e sob diversos aspectos, lamentavelmente, não somos de facto, estamos antes de mais a enganar-nos a nós mesmos com consequente risco de seremos acima de tudo e/ou como melhor das hipóteses hipócritas. Sendo que da minha perspectiva, com todos os prós e contras inerentes, somos essencialmente um povo (ainda) muito significativamente tradicionalista e conservador, com algumas positivas excepcionalidades, como por exemplo ao nível de diversos aspectos desportivos, artístico-culturais, empresariais, de investigação médica e científica e até correntes do dia-a-dia , como ao nível da humildade e da resiliência da população comum, etc.; o que no entanto não invalida nem muito menos apaga a excepcionalidades mais negativas descritas logo no inicio e que se (re)confirmam continuamente, por vezes e em alguns casos até para qualitativo e quantitativo pior, como por exemplo ao nível da violência doméstica. Mas o que regra geral e mais uma vez faz de nós, não melhores nem piores, nem ainda e por si só de mais ou menos brandos costumes que quais queres outros em qualquer outra latitude geográfica, política, social, cultural, etc., mas apenas e tão só diversos nas nossas inevitáveis e naturais peculiaridades próprias.

                                                                                     VB

(*) Claro que dependente duma multiplicidade de motivos e de razões, isolado/as ou conjunto/as e em alguns casos até extra humano/as, acidentes automóvel em concreto acontece a qualquer um/a que ande na estrada _ pelo que quem quer que seja, pode ou deve "cantar de galo" ou como se estivesse imune. Mas a partir de que o problema está na continua quantidade e gravidade, desde logo dos acidentes automóvel que acontecem em Portugal. VB

quarta-feira, novembro 25, 2015

Muita coisa a rever

Tal como eu mesmo digo no meu perfil aqui do Blogger que, sou nada e sou ninguém, desde logo na medida em que não sou especialista de coisa absolutamente alguma, digamos que na prática vou sendo e fazendo o que legitimamente está ao meu rudimentar alcance para tão só básica e imediatamente sobreviver. Mas ao mesmo tempo e tão só por básica e imediatamente subsistir não deixo de ser pessoa, de ter corpo, mente, espírito e a energia vital que flui em mim. A partir do que também ouço, vejo, penso, sinto e vivo a vida, no que universalmente cabe como qual qualquer outra pessoa e no que individualmente cabe à minha própria maneira pessoal. De que enquanto tal ao não ser algo ou alguém objectiva e convencionalmente definido, acabe por ser subjectiva e potencialmente tudo e todos, o que me exige uma autogestão pessoal e existencial própria pró positiva, vital e universal própria, logo significativamente auto critica, exigente, rigorosa, não raro austera e tão perfeccionista quanto possível. No seu global conjunto com resultado prático e máximo nesta minha por si só pró vital, sanitária, subsistente e/ou pelo menos descompressiva forma de expressão e de existência escrita _ que de resto contra todas as expectativas de partida e/ou sem que eu sequer jamais tenha, ao menos objectivamente, sonhado com tal, no entanto nasceu e subsiste de geração espontânea. Sequência de que de entre uma frase que li algures no Facebook(FB) e que salvo erro era literalmente assim: "De nada serve o homem conquistar o mundo todo se perder a Alma"; o que associado ao facto de acabar de ver do programa de debate televisivo "Prós e Contras" na RTP1, com esta última emissão versando o contemporâneo e agravante tema do terrorismo islâmico, na unilateral perspectiva Contra o mesmo; cumulativamente ainda a toda a informação que vou em continuo absorvendo e processando duma ou doutra possível e autogestiva intima forma própria; respectiva e precisamente ao tentar fazer um breve comentário, na página de FB do "Prós e Contras", acabou por espontaneamente me sair um relativamente longo comentário, que não deixei de manter como comentário no FB e que de resto transcrevo agora para aqui, ainda que com significativamente auto revisto e complementado desenvolvimento, cujo concreto resultado prático é:

...

_ Esta contemporânea história do terrorismo religioso de base islâmica é muito complexa, até porque tremendamente contraditória, pejada de paradoxos, de cinismos e de hipócrisias, desde logo da nossa parte Ocidental, pela relação que temos com o Islão dentro e fora das nossas próprias fronteiras. Em que de entre nós basta falar na nossa tolerância ou pseudo tolerância, por assim dizer romântica quando não mesmo ridícula, desde logo ao permitirmos a imposição das regras do Islão de entre ou mesmo sobre nós, quando como segundo consta, na própria França, Bélgica, etc., em que tem havido alguma predisposição a abdicar quer social, quer culturalmente dos nossos usos e costumes Ocidentais, por exemplo a níveis públicos como em escolas, hospitais, etc., designadamente alterando práticas alimentares e/ou outras para não ofender a cultura, os usos e os costumes islâmicos ou pelo menos multiplicando esforços de toda a ordem a fim de corresponder a todas e mais uma multiculturas ou minorias integrantes. Sendo que uma coisa é receber e se acaso acolher essas pessoas de culturas diversas e respeitar a sua cultura dentro das suas próprias portas e/ou em legítimos locais de culto próprio, mas em termos públicos as mesmas devem submeter-se literal e incontornavelmente, desde logo às formais regras legais, tanto mais por parte de Estados de Direito universal, como aqui no Ocidente, além ainda de que devem respeitar os usos e costumes socioculturais locais tanto mais se por parte do anfitrião Ocidental, que regra geral respeita os usos e costumes dos que recebe e acolhe. A partir do que por exemplo com a Arábia Saudita como uma particular contradição ao paradoxalmente ser tão bem aceite pelo democrático Ocidente (Europa e EUA), quando a própria Arábia Saudita é um Estado ditatorial altamente intolerante com relação a qualquer mínima dissidência ou divergência às suas regras essencialmente fundamentalistas internas e segundo cada vez mais parece que dita intolerância fundamentalista também face ao exterior, em especial se este último de base democrática e genericamente tolerante como no Ocidente.

Querendo eu muito sucintamente dizer com o anterior que quanto a recebermos outras culturas, religiões, etc., no nosso (tolerante) seio Ocidental está tudo muito bem e enquanto tolerante por tolerante nada contra. Mas no caso que sejam os elementos dessas culturas, religiões, etc., externas que migram para dentro das nossas fronteiras a deverem adaptarem-se a nós, à nossa cultura, aos nosso usos e costumes e não o inverso. Desde logo sob pena de Ocidentalmente não existirmos por nós mesmos quer cultural, quer religiosa, quer ideológica, quer em suma genérica e substancialmente. Que resumindo duma forma simplista, mas que dá ideia do que quero dizer, por exemplo não me estou absolutamente a ver viajar para um país islâmico, muito menos se fundamentalista como, mais uma vez a Arábia Saudita, que é tão pacifica e passivamente aceite pelo Ocidente, tendo de ser uma família ou uma comunidade local (árabe/islâmica) a adaptar-se ou a subjugar-se a mim, à minha cultura, aos meus usos e aos meus costumes Ocidentais. Sendo ainda que trago para aqui o reiterado exemplo da Arábia Saudita, para dizer que a particular pacificidade, passividade, tolerância, cumplicidade, etc., Ocidental face à Arábia Saudita, além de baseada numa citada clivagem ou mesmo incompatibilidade entre e Arábia Saudita e o Irão, dalgum modo derivado ainda da designada "Guerra Fria" de entre Leste (URSS) versos Ocidente (EUA/Europa), respectivamente com o Ocidente mais do lado Saudita e logo anti-Irão, deriva ainda dita cumplicidade Ocidental com a Arábia Saudita duma desde sempre e ainda contemporaneamente corrente medida da economia e da finança, como seja do materialista lucro económico-financeiro derivado das trocas comerciais de parte e parte, tendo por base a imensa riqueza derivada do petróleo na Arábia Saudita, em troca por exemplo e por mais não dizer da tecnologia automóvel Ocidental, tudo isto muito aquém e além de valores substancias como valores democráticos ou vitais modo geral, que são muito diversos quando não mesmo radicalmente inversos de entre nós Ocidentais genericamente tolerantes versos os Islâmicos particularmente fundamentalistas, como mais uma vez na Arábia Saudita. Sendo caso para dizer que Ocidentalmente vendemos e continuamos a vender a alma ao Diabo. Em que se tomarmos como expressiva incorporação prática do Diabo no mais abjecto terrorismo, na circunstancia por parte do auto proclamado “estado de islâmico”, temos de concluir que a própria Arábia Saudita ou é uma (financeira e ideológica) parte activa ou pelo menos passivamente cúmplice, mas em qualquer caso consequente desse e para com esse mesmo auto proclamado “estado islâmico” ao mesmo tempo que é "aliada" do Ocidente laico e democrático (EUA/UE). 

Sequência de que tão pouco estou a dizer que se ataque ou que hostilize a Arábia Saudita de todo e/ou sem mais, até porque dalgum modo e enquanto tal os aleados Ocidentais (EUA/UE) da Arábia Saudita, ao menos indirectamente são tão cúmplices com o "estado islâmico" quanto esta última; pelo que ao menos e/ou acima de tudo começando por dar coerente e objectivo exemplo prático próprio, que então a partir do Ocidente e por subsequente arrasto se force a Arábia Saudita, entre outros... a clarificar a sua posição retórica e prática, no caso concreto face ao mais abjecto terrorismo auto proclamado de islâmico _ cujo simples facto de se atacar com armas de guerra ou quais queres outras, pessoas civis indefesas e desarmadas é do mais abjectamente cobarde e/ou homicida/suicida que se possa imaginar e enquanto tal ao arrepio de qualquer verdadeira religião e/ou benévolo Deus.

Claro que em tudo isto, eu sei por exemplo que há ainda valores e interesses próprios de cada qual de per si, independentemente de coincidentes ou dissidentes face ao próximo e ao diverso, por parte de qualquer das inerentes facções nacionais, ideológicas, religiosas, sociais, culturais, geográficas, etc., a nível global, como por exemplo da parte do Leste Europeu ou de todo o vasto continente Asiático, em si mesmo com as suas diversas multiplicidades culturais, religiosas e vivências próprias, em qualquer dos casos consonantes ou dissonantes com os interesses e valores Orientais, Ocidentais ou de qualquer outra latitude geográfica, ideológica ou religiosa a nível Global de per si e bilateral ou multilateralmente de entre uns e outros, como para que uma clarificação de verdadeiros valores e objectivos por parte de todos e de cada qual em si mesmo e face ao próximo nem sempre nem de todo seja fácil, até porque no que toca a unilaterais ou corporativos interesses, acaba sempre por entrar o segredo, se acaso a propaganda, a informação e a desinformação, etc., etc., que complicam ou podem complicar tudo, tanto mais se em situações extremas, como de guerra e/ou também quando se tem algo ilegítimo a esconder. A partir do que qualquer mais consequentemente profundo abanão, como o suscitado pelo terrorismo auto designado de islâmico na vasta e multifacetada comunidade internacional e global, com todos os respectivamente múltiplos valores e interesses em causa por parte de cada um e tanto mais se de entre todos e cada qual, pode assumir e assume contornos altamente complexos, não raro dissidentes e/ou mesmo incompatíveis de entre uns e outros, incluindo ainda incoerências e indefinições intrínsecas a cada qual. Pelo que para eu não complicar muito mais, até porque a partir de determinado nível de complicação inerente faltar-me-iam os argumentos devido ao meu objectivo desconhecimento de todas e de cada uma das variantes e implicações estratégicas, geográficas, ideológicas, religiosas, por si só históricas por parte dos mais diversos factores e entidades em causa, de per e de entre si; pelo que continuando tão só com base nos interesses de entre Ocidente laico e democrático em associação ou dissociação ao Oriente islâmico tolerante ou opressivo, em que há Estados ou comunidades de Estados que ao mesmo tempo que procuram combater o auto proclamado terrorismo islâmico, também são (amigos) aliados doutros Estados que apoiam ou financiam o próprio auto proclamado e terrorista "estado islâmico"; sendo ou pelo menos parecendo ser como se todos ou pelo menos alguns quisessem ficar ao mesmo tempo de bem com Deus e com o Diabo, quer por parte do Oriente islâmico moderado, quer por parte do próprio Ocidente laico, face ao mais abjecto fundamentalismo terrorista derivado do auto proclamado "estado islâmico", como se com base em interesses dúbios, contraditórios e/ou pelo menos mesquinhos face a tudo o que substancialmente está em jogo, como por exemplo a própria segurança global, muitos estivessem ou estejam a vender a alma ao próprio Diabo.      

Global sequência de entre o que da minha perspectiva pessoal e tão só de entre cultura Ocidental laica e Oriental islâmica, acaba por resultar uma luta que bem conhecemos e todos sentimos duma ou doutra forma na pele, por assim dizer de entre tolerância Ocidental laica versos pelo menos algumas extremistas facções Orientais islâmicas; de onde resulta também ainda uma luta intestina dentro do próprio Islão, de entre Islão moderado e Islão radical, além duma correspondente luta intestina de e connosco mesmos Ocidentais, desde logo de entre preservação e cultura dos nosso usos e costumes Ocidentais próprios, versos possível cedência destes últimos em nome de não ofender aqueles que tolerante e multiculturalmente acolhemos e/ou ironicamente ainda em nome de combater o radicalismo dos que acolhemos dentro das nossas próprias fronteiras Ocidentais, acabemos por nos tornar nós mesmos radicais. Sendo que de momento e enquanto sob o terror do radicalismo islâmico ou pseudo islâmico, que só representa uma pequena parte do global universo islâmico, no entanto e até auto defensivamente faz cada qual Ocidental, Oriental, Asiático, etc., desconfiar do Islão como um todo, em que no caso do Ocidente enquanto objectiva e consequentemente visado pelo terrorismo auto proclamado de islâmico, leva a que estejamos sob risco de cair em extremismos próprios, designadamente ideológicos em nome de precisamente combater o extremismo islâmico ou seja que estamos em risco de nos tornarmos ocidentalmente naquilo que pretendemos e de resto necessitamos auto defensiva e vitalmente combater, o que talvez ou seguramente seja também o resultante preço de termos vendido e de estarmos ainda a vender dalgumas formas a alma ao Diabo _ bastando ver a amigavelmente cúmplice relação do Ocidente democrático e laico, com Estados totalitários como a Arábia Saudita, que segundo tudo leva a crer é esta última também colaboracionista (económica, financeira ou ideológica) do auto proclamado terrorista "estado islâmico", enquanto este último faz do Ocidente democrático e laico seu alvo e à vez o Ocidente democrático e laico faz auto defensivamente do "estado islâmico" um alvo a abater; mantendo-se em qualquer dos casos a relação de amizade entre Ocidente e Arábia Saudita, à vez que consequente cumplicidade da Arábia Saudita com o diabólico "estado islâmico". Já agora, muito resumida e concretamente com uma UE de que eu mesmo sou natural originário, mas que enquanto formal União de Estados independentes, como eu mesmo digo desde há muito e cada vez mais, é sob e sobre muitos aspectos um Unitário "faz de conta", que não raro nem consegue gerir as suas diferenças socias e culturais internas, quanto mais tomar um posição firme, objectiva, coerente, definida, etc., face ao exterior, designada e contemporaneamente face ao auto proclamado "estado islâmico", tanto pior quanto sendo este originalmente externo à UE, no entanto tem ramificações internas, tanto mais se com um imparável afluxo de refugiados de origem islâmica, com que a UE não sabe muito bem e quer mesmo parecer-me que não raro não sabe em absoluto o que fazer, quer internamente, quer com relação à origem desses mesmos refugiados e suas correspondentes razões de fuga, precisamente para a UE. O que torna a UE algo sofrível e não raro positiva, objectiva e coerentemente impotente sob e sobre muitos aspectos. O que é profundamente lamentável enquanto tal, tanto mais se para quem como eu sou parte integrante. VB
...

E chegado aqui tenho de assumir que até estive para concluir esta minha reflexão no anterior parágrafo, mas em toda a revisão e complementação que fiz do comentário original no FB aqui para o Blogger, acabei por não resistir a introduzir aqui o muito romanticamente badalado conceito de “Primavera Árabe”, com uma conclusiva questão antecipada por um reparo ao respeito; cujo reparo é que não gosto de ditadores, desde logo porque muito simplistamente não gosto de gente intolerante que exige ser tolerada na sua própria intolerância. Sequência de que apesar disso ou até por isso entra a minha questão que é: _ para além doutros e em outras partes do Globo desde genericamente sempre, o que por exemplo e mais contemporaneamente torna os regimes ditatoriais Árabes ou Islâmicos do Iraque, da Líbia, do Egipto, etc., em qualquer dos casos pré "Primavera Árabe"(1), onde se inclui a Síria ainda resistente à "Primavera Árabe", diferentes do por si só ditatorialmente extremo regime da Arábia Saudita, em qualquer dos paradoxais casos para o Ocidente defender a "Primavera Árabe" para uns com base no argumento de que eram "ditaduras a derrubar" enquanto para outros igualmente ditatoriais ou islamicamente (pró) extremistas parece não haver defesa duma qualquer "Primavera..."; que tanto mais paradoxalmente ainda quando durante décadas (quase) todos os regimes em causa, tiveram a activa ou pelo menos passiva conivência Ocidental, pelo que onde está ou fica também aqui a nossa pseudo superior consciência e coerência moral Ocidental por si só e face ao exterior, em e com tudo isto?(2)

(1)...que já agora, apesar da minha objectivamente imensa ignorância histórica, política, religiosa, estratégica, etc., etc., no entanto tão só com base na dispersa informação que fui absorvendo ao longo do tempo, no decorrer da própria vida, especialmente em abençoado contexto democrático e de debate na nossa cultura Ocidental com abertura ao mundo, deu para me aperceber que enquanto precisamente os povos Orientais e os noticiários Ocidentais rejubilavam romanticamente com a "Primavera Árabe", com ainda que a um diverso nível incluindo também a segunda invasão do Iraque por externa acção Ocidental, eu pensa para comigo e dizia para quem me era próximo: "espere-se pela pancada"! E a pancada está ai, também ou acima de tudo sob a forma de genérica islamização Oriental e não raro a um nível de islamização radical, com expressão prática nas mais abjectas formas de terrorismo, de entre islâmicos e ainda destes para com o Ocidente em concreto. Tudo muito lamentável e com muita coisa a positiva e coerentemente auto e extra rever, desde logo da parte Ocidental que é a que mais directa e intimamente nos (me) interessa. Além de que mesmo pessoalmente nem sequer penso exigir o que quer que seja de quem quer que seja, sem antes, durante e depois do mais mo exigir a mim mesmo. E a mim mesmo eu auto exijo-me intra e extra reflexão pessoal, humana, vital e universal, tão literal e multifacetadamente abrangente quanto possível em si mesma e/ou por mim próprio, desde logo com todos os meus defeitos e virtudes e/ou capacidades e imitações próprio/as.

(2) …claro que eu sei que há muitos outros complexos e/ou multifacetados valores de entre tudo isto, como por exemplo ideológicos, designadamente e durante décadas na incompatível divisão política/ideológica entre dois grandes blocos, designados de Ocidental e de Leste que em si mesmos conformavam as duas grandes superpotências económicas e/ou militares, mas que enquanto tais eram e dalgum modo ainda continuam incompatíveis de entre si, salvo que nas ultimas três décadas tem havido alguma positiva reversão nessa incompatibilidade, que inclusive e talvez por (pró) globalizante ironia do destino parece que o combate ao por si só pró globalizante terrorismo auto proclamado de Islâmico parece estar a aproximar posições, pelo menos de circunstancia, entre Oeste (EUA/UE) e Leste (Russia), tal como dalgum modo já havia sucedido durante a Segunda Guerra Mundial, pelo menos enquanto o auto defensivo interesse de cada qual a coincidir com comum combater ao nazismo. Só restando esperar que a presente convergência Leste e Oeste, incluindo qualquer outra latitude global, com todas as suas naturais diferenças culturais, religiosas e existências modo geral se concretize duma forma definitivamente mais positiva e profícua para todos, desde logo para com valores Vitais e Universais incontornável e coerentemente comuns a todos, como por exemplo com base no e para com o ser físico, psíquico, mental, espiritual e por si só energicamente vital que todos sem Universal excepção compartilhamos individual e humanamente aquém e além de naturais e até enriquecedoras diferenças culturais, religiosas e existenciais, desde que em qualquer delas esteja salvaguardado o bem de todos (colectivo) e de cada qual (individuo). Sendo que com tudo isto eu, logo eu, não quero ter mais razão do que quem quer que seja, mas no meio de tantos e tão contraditórios quando não mesmo incompatíveis interesses, alguma positiva e universalmente mínima razão haverei de ter! Especialmente quando por diversos motivos e razões próprio/as e envolventes, senti há muito necessidade de me auto anular prática, activa e funcionalmente por mim mesmo e para com a vida, tendo enquanto tal ficado não só susceptível como mesmo referente e influentemente dependente do exterior, incontornavelmente de entre o efectivo e potencial melhor e pior inerente ao exterior e por inerência para com o meu efectivo ou potencial melhor e pior próprio, de entre o que entrei semiobjectiva e intuitivamente num processo de auto gestão, no limite, de entre o efectivo ou potencial melhor e pior intrínseco e extrínseco a mim, de que pró vital, sanitária ou subsistentemente nasceu esta minha forma de expressão e de existência escrita, que enquanto tal e para com o efeito ou potencial melhor intrínseco e extrínseco a mim, algum mínimo valor pessoal, humano, vital e universal terá, inclusive enquanto filtrado reflexo exterior em e/ou através de mim, o que se dizendo ou podem do dizer muito a meu próprio respeito, também dirá muito a respeito da global sociedade nacional, europeia ou por si só genericamente humana envolvente a mim. Sequência de que, por si só, enquanto eu como parte integrante do colectivo alvo Ocidental face auto proclamado "estado islâmico", com tudo o inerente a este último e/ou de entre este último e os seus alvos, logo enquanto me for pessoal e democraticamente possível e se como no presente caso eu sentir essa necessidade não deixarei de expressar a minha opinião e perspectiva própria ao respeito _ mesmo que duma forma linguística, literária, argumentativa ou concepcionalmente deficitária e por isso continuamente melhorável da minha parte, tal como de resto muitas positivamente práticas, activas e funcionais melhorias se necessitam e exigem ao nível humano enquanto tal, como por exemplo ao nível da comunidade internacional modo geral e da UE em particular.
                                                                                                            VB 

quarta-feira, novembro 18, 2015

(Complexidade) Humanidade, antinatura

Em circunstancias, ditas, normais já é bastante difícil que, salvo as devidas excepções, a humanidade modo geral atente na preservação do meio-ambiente e por si só da biodiversidade natural, inclusive quando e enquanto por norma o que existe é destruição do meio-ambiente e da biodiversidade natural, com dita destruição derivada de activa ou pelo menos de negligente acção humana. Pelo que seguramente nesta fase em que a humanidade anda absorvida pela destruição de entre si mesma, menos ainda atentará na preservação versos destruição do meio-ambiente e da biodiversidade natural. Sendo que ironicamente eu fiz as seguintes fotos e escrevi o texto subsequente às mesmas precisamente na manhã da passada Sexta-feira 13, na altura não suspeitando ainda o que estava para suceder dai a algumas horas em Paris; com este último acontecimento de Paris a retirar qualquer possível impacto, por remoto que fosse, a esta minha subsequente acção fotográfica e escrita em favor do meio ambiente e da biodiversidade naturais. Mas ainda assim, dado que o facto duma rapace morta ser algo tão real quanto os atentados de Paris, em que tanto mais se a ter morrido a rapace à mão humana, não deixa de ser este último um acto humano grave face vida, dependente ou independentemente do que supra gravemente sucedeu de entre humanos em Paris e já agora vem sucedendo há muito em diversas outras partes do Mundo. Mas até precisamente em sequência dos atentados terroristas de humanos sobre humanos em Paris, tal como em muitas outras zonas do Planeta, me é suscitado perguntar: que positiva esperança pode haver da humanidade face ao meio-ambiente e/ou à biodiversidade natural? 

Sequência de que sem mais introdutórias delongas e porque a vida continua, aqui ficam as fotos e o respectivo texto que as mesmas fotos me suscitaram:
           





Antes de mais, a designada vida natural não é positiva nem negativa enquanto tal e sem mais. De resto a própria humanidade no seu melhor e pior é descendente parte integrante da vida natural. Só que a humanidade na sua (nossa) auto aludida inteligência e racionalidade tem ou pelo menos deveria ter uma responsabilidade mais positiva e integracionista, do que uma atitude meramente possessiva e consumista que em grande e genérica medida tem face à vida natural.

Em que relativamente ao esqueleto derivado da morte da rapace nas fotos acima, ainda que não o sabendo eu objectiva e taxativamente, no entanto a probabilidade dessa morte ter ocorrido à mão humana é de 99.99%. Aliás se esta ave (rapace) em concreto não foi objectiva vitima da mão humana seguramente uma série doutras assim o foram e são, até porque para além duma série de genéricos preconceitos humanos face à vida natural selvagem e a algumas espécies dentro desta última, mais concretamente ainda está instituída uma modalidade designada de “controlo de predadores” no que ao sector da caça humana respeita. Dito “controlo de predadores” que serve precisamente para “controlar” _ vulgo eliminar _ os competidores naturais (rapaces, raposas, texugos, etc.,) face ao ser humano no que à caça respeita. Com umas ditas “espécies cinegéticas” (lebres, coelhos, perdizes, etc.) como os alvos de caça quer do ser humano quer dos seus competidores naturais. Sendo que logo aqui começa uma luta desigual no sentido em que os competidores naturais do ser humano em termos de caça, só caçam mesmo para se alimentar, vulgo para preservar subsistentemente a sua vida, enquanto o ser humano caça por todos os motivos e mais um, designadamente para se alimentar(*), mas também e/ou acime de tudo por desporto, por prazer, por tradição, por vicio, por luxo, por vaidade, etc., etc., etc.. Mas como se tal não basta-se por si só o dito controlo de predadores é algo subjectivo nos princípios, nos meios e nos objectivos, além ainda de que até por essa subjectividade é algo difícil senão mesmo impossível de controlar/fiscalizar com base e em relação a esses mesmos princípios, meios, objectivos e correspondentes resultados práticos. Desde logo dificuldade derivada do facto de que quem está encarregado de fazer esse “controlo” são os próprios caçadores humanos; o que como mínimo faz suspeitar que esse controlo é absoluta e unilateralmente pró caçador humano, no caso em detrimento da mais vasta e universal biodiversidade natural. Seja que faz-se não só da humanidade, como especificamente dos caçadores humanos "polícias" e "juízes" em causa própria face à biodiversidade natural.
E até por sequencial inerência do anterior, creio que escusado será dizer que não é meu propósito vir para aqui com demagógicos discursos anti-caça ou anti o que mais quer que naturalmente seja. Até porque desde logo no relativo a caça, a rapace da foto acima é ela mesma uma caçadora natural nata. Pelo que o problema para mim está no facto de que antes do ser humano ter a crescente e diria mesmo devastadora influência que tem no e sobre o meio ambiente natural, por si só de vital origem planetária já existia toda a espécie de predadores naturais, incluindo por exemplo o desaparecido lobo, sem que enquanto tal e originalmente deixassem de haver também toda uma qualitativa e quantitativamente vasta diversidade de espécies, incluindo naturalmente as ditas espécies cinegéticas. Pelo que só mesmo a acção humana directa, como por concreto exemplo por via da caça e do respectivo do “controlo de predadores” ou ainda acção humana indirecta por via das múltiplas formas de poluição, como ainda de introdução de toda uma diversidade de químicos artificiais, como herbicidas, pesticidas, etc., etc., que têm vindo a desequilibrar todo o sistema natural quer ao nível da fauna quer da flora, estando eu certo e seguro que inclusive a níveis que a própria humanidade desconhece em objectivo as consequências e longo prazo _ designadamente com introdução de doenças, alterações genéticas ou no limite morte em várias espécies animais e vegetais, inclusive por subsequente via do ciclo natural dos herbívoros para com os carnívoros e assim sucessivamente, cuja contaminação, o envenenamento e/ou no limite o extermínio dumas espécies leve à contaminação, ao envenenamento e/ou ao extermínio doutras, mas em qualquer caso e salvo algumas devidas excepções puramente naturais, de resto dita contaminação, envenenamento e/ou extermínio a processar-se acima de tudo por directa e activa ou indirecta e reflexa, mas em qualquer caso efectiva acção humana. Tudo isto acrescido ainda de que a civilização humana evoluiu e em grande medida continua imparavelmente a evoluir num sentido materialista, economicista, artificial e pseudo asséptico, em que parece que tudo o que é natural incomoda _ salvo quando a natureza é relativamente distante e/ou serve para turisticamente observar e consumir dalguma forma, tipo algo exótico e alheio à própria humanidade, como se humanamente não fossemos partes integrantes da própria natureza, da própria biodiversidade, respectivamente do próprio Planeta e do próprio Universo, como qualquer outra espécie vivente.
Bem! Claro que aqui ou a partir daqui se poderá dizer que o próprio planeta não viverá eternamente. Ao que como mínimo posso e devo corresponder dizendo que também nenhum de nós vive eternamente, no entanto não deixamos semi-objectiva ou intuitivamente de procurar viver o mais e o melhor possível. Pelo que pergunto eu, porque não fazermos o mesmo com o planeta que nos acolhe e que por si só permite que aqui estejamos, no caso comigo a escrever isto e eventualmente com alguns de vós outros a ler o mesmo, aquém e além de sermos ou não caçadores, poluidores e afins!?
Global sequência de que creio eu que o grande problema está em que a continuarmos como genericamente até agora acabaremos paradoxal e ironicamente vitimas da nossa própria racionalidade e/ou "inteligência" humana, sobre todas e cada uma das restantes espécies viventes, pelo menos terrenas. Na medida em que a nossa racional superioridade sobre as mesmas é um facto, mas um facto nem sempre nem de todo é necessária, vital e/ou universalmente positivo e verdadeiramente inteligente, sendo sim um facto mais pessoal, corporativo e/ou humanamente egoísta e por isso negativo/destrutivo em efectivo ou em potencia. Salvo que ao nos irmos apercebendo humanamente disso, vaia-mos percebendo que sem preservarmos minimamente o meio ambiente natural na sua múltipla e cíclica biodiversidade, somos nós mesmos humanos as grandes e conclusivas vitimas de tal facto, cujo correspondente problema está ainda em que apenas alguns, não raro social, cultural, política, económica e financeiramente pouco poderosos reconheçam(os) tal facto; pois que a começar na mera necessidade de tão só básica e imediatamente subsistir, que é comum a todos os seres viventes, humanos e não humanos, e mas que tão só da mera perspectiva humana já exige muito do Planeta, mais ainda tanto infinita e a prazo mais insustentavelmente maior é essa exigência humana face ao Planeta, com particular destaque sobre o meio-ambiente e a biodiversidade naturais quanto as necessidades humanas transcendem em muito a mera necessidade subsistência, com a inclusão de unilaterais, corporativos e não raro caprichosos interesses humanos próprios, aquém e  além da biodiversidade natural; desde logo ao estilo do egoísmo duns humanos sobre outros humanos, no caso multiplicado muitas vezes enquanto do ser humano sobre o meio ambiente natural.
Em conclusão citaria aqui algo que já não recordo se escutei ou se li algures, mas com o que me identifiquei humanamente de imediato, que foi e é o seguinte: _ “A humanidade é o cancro do planeta!”. Pelo que da minha perspectiva a “salvação" do Planeta e por arrasto da própria humanidade, face à por si só patológico/cancerígena acção humana, aquém e além de qualquer eventual providência Divina ou Universal, enquanto da mera humanidade de e por si só depende em muito de algo que é significativa ou mesmo tremendamente complexo, como por exemplo e logo à cabeça depende duma profunda revolução interior em todos e cada um de nós, em especial se a partir do estágio sociocultural e civilizacional a que chegamos e que, salvo algumas positivas excepções, de resto e por genérica acção ou omissão humana é um estágio “cancerigenamente” devastador de tudo o que naturalmente nos rodeia; em que por designado e contextual exemplo devemos auto rever positivamente os princípios, os meios, os objectivos e os métodos inerentes à genérica acção humana sobre o meio-ambiente natural, inclusive pela acção humana inerente ao factor caça em particular, tornarmos-nos positivos antídotos de nós mesmos e/ou melhor da nossa crescentemente devastadora acção no e sobre o Meio Ambiente e sua Biodiversidade natural, como incontornável parte integrante do Planeta e este último parte integrante do indefinidamente vasto Universo, que apesar de e/ou até por tudo, nos permite existir e ser(mos) quem e como Humanamente somos _ em que o que e como somos pode sempre ser tão mais positiva, vital e universalmente melhor, quanto estejamos e como de facto estamos conjunturalmente muito distantes desse melhor!
                                                                                              VB

(*) ...sendo ainda que o caçar para se alimentar ao nível humano, salvo em algumas culturas e/ou regiões do Planeta, de resto e dum modo geral isso não implica uma necessidade de subsistência básica, como ao nível das restantes espécies animais, implica sim um culto mais económico, social e/ou meramente consumista do que uma verdadeira necessidade de subsistência. E depois há ainda o alimentar do espírito e/ou da alma que dependendo desde logo do alimento orgânico pró subsistência básica, implica no entanto também e/ou acima de tudo a integração e interacção humana na e com a vida natural, em que por exemplo pequenas aves que a humanidade caça de todo mais para satisfazer outros cultos consumistas que não de todo a necessidade de subsistência básica, são ou podem ser as mesmas pequenas aves que com o seu canto e dinamismo vital alimentam o espírito e a alma humana. Mas até aqui a humanidade tem uma relação estranha, desde logo meramente consumista do ponto de vista material e/ou no limite até mesmo negativa com a natureza, pois que ou não liga nada para a alimentação do espírito e da alma limitando-se à alimentação orgânica, ou se e quando liga ao alimento do espirito e da alma em regra tende mais a aprisionar os seres, como pequenas aves em gaiolas (prisões) numa base de possessão da e sobre a fonte desse alimento, em vez de procurar esse alimento na própria natureza, designadamente em aves livres com respeito e consideração por estas últimas e a sua liberdade _ sendo que a própria liberdade é em si mesma um alimento do espírito e da alma. Mas enfim muito, infinitamente muito mais se poderia dizer ao respeito, ainda que a própria vida enquanto tal e a vida natural em particular já o diz e continuará a dizer por si só, basta estar minimente atento ao interior e exterior de cada qual _ sendo que a última palavra da vida e da natureza face à própria humanidade, tal como sempre será tão mais positiva e benévola ou negativa e malévola quanto respectivamente (também) a própria humanidade seja mais ou menos positiva ou negativamente face à vida natural! VB

sábado, novembro 14, 2015

A quente



Humanismo
Ainda que eu tenha uma vasta e complexa consciência a todo este respeito, no entanto e/ou até por isso vou-me restringir à mais nobre consciência humana que me seja e é circunstancialmente possível, para precisamente dizer:
Duma perspectiva universalmente humanista é de todo dispensável aludir aqui a Estados, a Nacionalidades, A religiões, a Ideologias políticas, etc., para lamentar profundamente a barbárie e respectivamente deixar um sentido voto de pesar por todas as vítimas caídas em Paris; isto com respectiva extensão a todas e quais queres vitimas da barbárie, da irracionalidade, dos radicalismos e/ou das injustiças de entre humanos em qualquer outra parte do Globo, como por recente exemplo incluindo as vitimas do Charlie Hebdo também em Paris, mas que para muitos não eram merecedoras de lamento ou de pesar porque essas vitimas estavam conotadas com uma determinada ideologia política e/ou ainda e mais contemporaneamente para uma vasta quantidade de inocentes famílias de origem oriental (islâmica), que o que querem é salvar os seus próprios filhos da barbárie de que fogem na sua origem e que ironicamente vêem reencontrar agora na Europa, neste último caso adicionada do ressentimento local (europeu) pela origem desses mesmos refugiados ser coincidente com a origem da barbárie em causa; ainda que não raro sejam originários europeus que (auto) radicalizados acabam concretizando este tipo de actos bárbaros na própria Europa.
Enfim, de lamentar acima de tudo a transversalmente radical loucura, estupidez, insanidade e em suma fatal barbárie humana _ que ao menos potencialmente não tem fronteiras, raça, religião ou ideologia definida, basta olhar a história humana nas suas múltiplas dimensões ideológicas, religiosas, nacionais, culturais, etc., em que em algum momento da história qualquer delas recorreu duma ou doutra forma à barbárie, ainda que cuja concreta e temporânea pior expressão dessa radical loucura e barbaridade está nestes tipos auto designados de "Estado Islâmico"!...  
                                                                                              VB

sexta-feira, novembro 13, 2015

Qualidade, sem complexos

            Apesar dos, meus, seguintes ídolos derivarem de modalidades desportivas motorizadas e como tal altamente poluentes e/ou ávidas consumidoras de combustíveis e outros derivados (fibras, metais, etc.,) de origem fóssil, de cuja indiscriminada exploração destes últimos não se conhecem ainda todas as consequências, aquém e além da já mais que reconhecida consequência subjacente à particular poluição atmosférica do meio ambiente.

            Mas ainda assim, pegando acima de tudo na qualidade técnica e humana dos, meus, ídolos em causa e na circunstancia ídolos de origem nacional portuguesa, o que em associação ou dissociação a um bipolar complexo nacional de entre superioridade e inferioridade face a tudo o que é nacionalmente externo, me leva a expressar aqui abertamente a minha admiração pessoal pelos mesmos, que são:
            Pedro Lamy _ automobilismo
            
            Álvaro Parente _ automobilismo
           
            Miguel Oliveira _ motociclismo
           
            Acrescentando eu ainda ao respeito o seguinte:
            Pedro Lamy é para mim o melhor piloto automóvel nacional desde sempre e até ao presente momento. Em que mesmo não o podendo provar, no entanto dado todo o seu percurso pré e pós Formula1(F1), creio que se o mesmo tivesse tido as devidas oportunidades na própria F1, teria sido um dos pilotos mais competitivos, creio inclusive que um dos excepcionalmente poucos ou únicos que há altura teria dado efectiva luta a Michael Shumacher _ para com o que por exemplo digo que numa corrida de karting entre pilotos de F1, salvo erro, o Pedro Lamy foi o único que conseguiu andar à frente do Michael Shumacher, pelo menos até ter tido dado um toque numa curva que o atirou para fora da corrida.  
            Álvaro Parente, se todo o seu curriculum não fala-se por si, o simples contemporâneo facto de em regra conquistar "pole positions" e praticamente fazer corridas excepcionalmente à parte, na frente de todos os seus restantes pares na competição International GT Open, de que de resto se consagrou recentemente campeão fazendo dupla com o também português Miguel Ramos ao volante dum McLaren pela equipa espanhola Teo Martín Motorsport, o que já diz quase tudo a respeito da sua desportiva qualidade como piloto automóvel. Que inclusive em tempos falhou a entrada na F1, porque após ter sido dado como certo na equipa Virgin, isso acabou por não se concretizar devido ao incumprimento dum acordo de patrocínio ao piloto por parte do Instituto do Turismo de Portugal.  
            Miguel Oliveira, para um País como Portugal que não tem tradição e/ou expressão ao nível da competição motociclistica interna e menos ainda externa. Ter logo no seu estreante e único piloto na competição mundial da modalidade um verdadeiro campeão, pelo menos logo no ano de estreia (2014/2015) o vice-campeão mundial da modalidade na iniciática categoria de Moto3, não é de todo em todo para qualquer um.
            Em qualquer dos três casos, independentemente de não serem pessoalmente ricos, nem provirem dum País rico. Que de resto se fossem ricos ou proviessem dum País rico nem necessitavam para nada ser tão bons (campeões) como são, para poderem fazer toda uma longa carreira automobilística na F1 e/ou motociclisticamente no campeonato mundial da modalidade _ que de resto em mais dos casos bem mesmo pelo contrário.
            Pelo que no relativo ao bipolar complexo nacional de entre: ora e para uns sermos os melhores, ora e para outros sermos os piores do mundo! De resto basta a selecção nacional de futebol vencer meia dúzia de vezes seguidas e já nos consideramos logo “os melhores do mundo”, com o seu devido e correspondente inverso que nem vale a pena estar a descrever. Sequência de que por mim diria que se temos algo de que nos queixar é precisamente de não conseguirmos passar da “cepa torta” ao nível nacional interno no seu todo conjuntural, designadamente ao nível de prosperidade económico-financeira e de respectiva equidade social, inclusive podendo e devendo levar a que mais talentos, nas mais diversas áreas não só desportivas como sociais e de vida em geral sobressaíssem e se impusessem naturalmente. Pois que pela vertente do que nos podemos positivamente orgulhar, parece que esses talentos existem de facto, ao menos em potência, com um ou outro a despontar em efectivo aqui ou ali e com uma força que nem a material pobreza pessoal, familiar ou nacional própria impede que circunstancial/excepcionalmente apreçam duma ou doutra forma, em especial se saírem do País desde muito jovens para competirem e arranjarem apoios externos, tanto mais se ao nível do ou para com o desporto automóvel mundial que exige significativa riqueza própria ou envolvente logo à partida; ainda que os apoios, em especial se externos só vêm em sequência da inata qualidade do apoiado.
            Seja que a qualidade existe, pelo menos individualmente, a partir de que o problema está ou parece estar no global conjunto nacional que é cíclica e redundantemente pouco ou nada homogéneo, designadamente com gente muito rica, mas do tipo “bota-de-elástico”, designadamente sem mais visão do que a de acumular mais e mais riqueza material e/ou poder político-social próprio; subsequentemente com muitos outros menos ricos ou mesmo pobres com poucas possibilidades de passarem disso mesmo, independentemente das positivas qualidades que tenham em efectivo ou em potencia neste ou naquele outro sentido, porque salvo tenham alguma possibilidade própria de sair e valorizar-se fora do País, de resto e por norma nacional interna não têm quem invista neles; sendo que eu não acredito que qualitativamente exista só um Pedro Lamy, só um Álvaro Parente, só um Miguel Oliveira, etc., etc., que ainda assim quer no caso do Pedro Lamy, quer do Álvaro Parente foram e são subaproveitados, por não terem tido o devido e merecido acesso ao escalão máximo da sua actividade, que seria e é a F1, na circunstância por falta de quem apostasse económico-financeiramente nos mesmos, desde logo a nível nacional interno; e no caso relativo ao Miguel Oliveira, mesmo após se ter sagrado vice-campeão Mundial de Moto3, salvo que não lhe faltem os apoios externos, de resto vamos ver como será de futuro!? 
                                                                                              VB

terça-feira, novembro 10, 2015

Um meu desvario, Humanista e Universalista

Eu que me auto assumo de todo mais como humanista e universalista do que como partidarista ou ideologista político. Ainda que enquanto tal não possa ignorar a política partidária e ideológica, ao menos, enquanto parte do universo humano. Logo e respectivamente no contexto dum País como Portugal endividado acima do produto interno bruto (PIB), perante e para com um contexto europeu unido (UE) e um contexto mundial globalizado (Mercados), por assim respectiva e metaforicamente dizer com os ditos mercados financeiros liberais como os grandes maestros internacionais.

Com tudo mais particularmente condensado, se enquanto no contexto da actual polarização política nacional em duas grandes coligações: uma à direita (PSD e CDS/PP) e outra à esquerda (PS, CDU e BE). Em que no presente momento a coligação de esquerda tem a maioria parlamentar e enquanto tal num processo algo atribulado acaba de derrubar a minoria parlamentar de direita e respectivamente se prepara para assumir a governação à esquerda. Sequência de que de duas uma: ou a esquerda está a assinar a sua suicidária sentença de morte própria interna e/ou perante a europa unida (UE) e os globais Mercados liberais; ou então consegue um verdadeiro milagre que é melhorar as condições económicas, financeiras e sociais do País, sem ofender a UE nem os Mercados liberais.

Sequência ainda de que nas globais circunstancias em causa, tendo por base a governação de esquerda que se avizinha, seria bom para o País que neste último caso a esquerda sobrevivesse a si mesma internamente e no global contexto internacional, pois isso seria sinónimo de que se completando um ciclo legislativo democrático, daqui a quatro anos teríamos a esquerda de novo a disputar umas respectivas eleições legislativas democráticas com possibilidades e vitória ou pelo menos como auto sobrevivente a si mesma no nível nacional interno e ainda no global contexto internacional, como dalgum modo o conseguiu a direita nos últimos quatro anos, enquanto tendo sobrevivido esta última a si mesma, desde logo com direito a vitória eleitoral democrática interna, ainda que em minoria parlamentar, após todo um ciclo governativo. Neste último caso e como pior das hipóteses, não tendo a direita governado muito bem nem muito mal, na medida em que não deixou de vencer as últimas eleições, ainda que sem conseguir reeditar a maioria absoluta parlamentar.

Com meu extensível desejo de sobrevivência interna e externa da direita e da esquerda, numa base de que duma, doutra ou de ambas as facções (direita e esquerda) derivava um País globalmente mais justo e equilibrado aquém e além dos indefectíveis partidários à esquerda e à direita e/ou ainda extra promessas eleitorais irrealistas que o dito povo não saiba identificar como tais (irrealistas). Até porque já chegou a ponto de políticos de expressão nacional e inclusive governativa digam: _ "se não mentirmos o povo não vota em nós!".

Seja que com a direita ou com a esquerda no poder político e legislativo, seria bom que daqui a quatro anos o País estivesse um pouco mais socialmente equilibrado internamente e/ou por si só económico-financeiramente mais forte e independente face à UE e aos ditos Mercados liberais globais. No fundo que o País fosse mais digno de e por si mesmo, perante o que ou quem mais quer que externamente seja.

Mas como pessoalmente não acredito muito num maior equilíbrio social interno com base na direita, nem numa maior independência económico-financeira interna com base na esquerda, o eventualmente mais sensato ainda que praticamente utópico seria juntar o melhor da direita e da esquerda num só governo _ salvo que neste último caso creio que é mesmo o meu humanismo e universalismo a funcionar em jeito de desvario, não liguem!...

VB

segunda-feira, novembro 09, 2015

"É muito bom ser diferente"

Tendo por base o link, http://goo.gl/OLvr3d , pessoalmente escrevi:

Confesso que me (auto) "torturei" durante anos, mesmo durante décadas, achando inclusive que era positiva, prática ou absoluta pior que todos os demais, não raro ou em regra tão só por não me enquadrar em muitas das normativas socioculturais vigentes; isto tanto mais e pior quando e por quanto na minha original base sociocultural e existencial prática ser diferente da manada e/ou melhor ser igual a si mesmo era no mínimo motivo de preocupação e no máximo sinónimo de descriminação, de estigmatização negativa, no limite de alguém indesejável, recriminável, louco e desprezável ou se excepcionalmente pelo inverso era-se sinónimo de genialidade, de admiração, de adulação, de endeusamento, de estigmatização positiva _ talvez paradoxalmente por isso os socialmente ditos "génios" terminem como "loucos" e/ou vivam como "extravagantes"!

Mas como por mim mesmo falando, que jamais tive excepcionais e/ou absolutos dotes de genialidade, se a insistir na minha singular identidade própria estava obviamente condenado à descriminação/estigmatização mais negativa ou pelo menos intermediamente depreciativa; pelo que por si só enquanto carente de genialidade e ainda por correspondente receio de estigmatizações negativas/depreciativas, acabei mesmo por me auto anular enquanto tal (singular identidade própria); ainda que numa subsequente inversão de caminho ainda actualmente procuro reencontrar a minha verdadeira singular identidade, após tê-la perdido em sequência de dalgum modo me ter rendido às normativas socioculturais, com estas últimas independentes e não raro mesmo inversas à minha singular personalidade e identidade própria.

Sendo que enquanto naturalmente jamais satisfeito ou conformado com a minha auto anulação, cheguei à não menos natural conclusão de que auto anulação por auto anulação que então fosse auto anulação total. Como seja que auto anulado como personalidade e identidade própria melhor fosse literal auto anulado vital. A partir de que se queria e/ou quero auto subsistir na e à minha auto anulação enquanto personalidade e identidade própria, teria e tenho de rebuscar esta última. O que por diversos motivos e razões, que podem chegar a ser tão complexos e/ou mesmo contraditórios, quanto precisamente a minha personalidade e identidade própria não deixou jamais de estar, no mínimo, latentemente presente, como tão pouco o contexto sociocultural envolvente deixou de ser o que e como é, ainda que com revolucionária evolução nas últimas décadas, o que de entre uma coisa e outra, incluindo ainda que eu nasci, cresci e salvo raros excepcionais lapsos temporais continuo a viver em contexto sociocultural rural onde todas as evoluções, em especial se positivas, chegam mais lentamente, o que no seu global conjunto e no meu caso pessoal concreto me exigiu por exemplo um muito significativo e não raro mesmo profundo auto isolamento, desde logo e como mínimo auto isolamento interior, por assim sucintamente dizer de base introspectiva/circunspectiva. Enquanto auto isolamento este que em si mesmo e se além de determinados limites temporais e/ou de intensidade, se tornou e torna contra natura humana e enquanto tal anti natureza sociocultural geral. Mas em que por si só e a titulo de exemplo da origem do que e como aqui escrevo, deste meu auto isolamento, no caso pró rebusca da minha singular identidade perdida, resultou por exemplo uma intermédia descriminação/estigmatização sexual da parte do meio sociocultural envolvente acerca de ou sobre mim, no caso tendo-se-me taxado de suposto homossexual, porque tendo-me entretanto desencontrado de mim mesmo dum modo geral, logo me desencontrei também e/ou acima de tudo do nível sentimental, não tendo enquanto tal casado nem por norma me relacionado proficuamente com quem quer que seja, no caso com mulher ou com homem. Claro que aqui poderia sempre ter recorrido ao mero assédio sexual, se acaso e no meu caso pessoal concreto só para provar a minha heterossexualidade, mas se por um lado nunca tive muito jeito para o mero assédio, por outro lado sempre senti ou achei injusto que ao aproximar-me (pró) sexualmente de alguém, esse alguém se pode-se apaixonar por mim e mas eu próprio mais e melhor não desse ou retira-se desse alguém do que mero sexo, desde logo derivando ainda esta minha consciência do facto de eu mesmo me ter chegado a apaixonar por pessoas/mulheres a quem na minha global auto anulação como personalidade e identidade própria não poderia corresponder integralmente à outra pessoa e mas acima de tudo à minha própria paixão pela respectiva, pelo menos aquém e além de precisamente mero e mecânico sexo _ o que sendo naturalmente aliciante em si mesmo, tanto mais ou menos se para um homem, também é ou pode na maioria dos casos ser profundamente injusto de entre mim e uma outra pessoa ou pessoas, no caso uma mulher ou mulheres. Seja que de entre o mesmo tão pouco deixei de ter as minhas paixões e/ou os meus relacionamentos, por assim dizer no primeiro caso mais ou menos inconsequentes na prática e no segundo caso demasiado esporádica e avulsamente. Tendo em qualquer dos casos prevalecido o meu auto isolamento, desde logo interior.

Seja ainda que o meu, singular, auto isolamento por si só derivado de perda versos rebusca da minha singularidade própria, que em qualquer caso e enquanto tal acabou e acaba sendo algo diverso, desde logo com relação à sociável natureza humana, mas no caso também com relação às normas socioculturais, de entre por exemplo heterossexualidade e homossexualidade, em que heterossexualidade é considerado normal e homossexualidade anormal; logo se socioculturalmente se queria ou quer castigar alguém pela sua singularidade, taxar esse alguém de homossexual era e ainda é uma das mais recorrentes hipóteses a considerar e se acaso a praticar socioculturalmente. Agora imagine-se algo assim dentro dum nível sociocultural, como o de onde eu originalmente derivo, em que homossexualidade era mesmo algo "criminoso", "pecaminoso", "abjecto" e afins _ de resto a própria sexualidade por si só era/é como melhor das hipóteses algo vergonhoso. Sendo ainda que, na genérica base de manipulação pró uniformidade sociocultural de todos e de cada qual, se eu trago para aqui o particular paradigma de descriminação sexual, é por este último ser algo básico e transversal à humanidade, ainda que ao nível da manipulação pró uniformização sociocultural, o mesmo ocorria e se acaso não raro ocorre por exemplo aos níveis político e social modo geral, em que quando se queria/quer estigmatizar alguém pela negativa basta taxar esse alguém, como algo diverso ou se acaso inverso à normativa sociocultural (política, social, sexual, etc.,) vigente _ aquém e além dessa taxação relativa a cada qual corresponder à realidade concreta ou não. Até porque quando a mesma é a realidade concreta e auto assumida por quem a comporta, a mesma é por si só paradigma da singularidade e não da colectiva bovinação/descriminação de cada qual. Do mal o menos que cada vez mais as pessoas se vão sabendo auto defender racional, cultural, intelectual e objectivamente de tais taxações pró bovinas ou discriminatórias, em especial quando as mesmas são injustas, além de que a própria sociedade é cada vez mais aberta e tolerante à diferença e/ou por si só à singularidade de cada qual, possibilitando como tal mais meios de defesa da singularidade de cada face ao colectivo, ainda que naturalmente também para com o colectivo. Mas já houve tempo em que assim não foi e mesmo actualmente ainda continuam a haver muitos casos em que as pessoas individual/singularmente não conseguem fazer essa auto defesa, restando-lhes duas grandes hipóteses: ou insistem na sua singularidade e arcam com as devidas consequências designadamente socioculturais, dependentemente ou independentemente de justas ou injustas e/ou então simplesmente subjugam-se às correspondentes normas socioculturais, mesmo que e/ou até porque não raro normas socioculturais diversas ou inversas à singularidade de cada qual e/ou do/a submetido/a em especial _ em que por destacado exemplo está o da tradicional discriminação sexual dentro do próprio casamento, salvo seja, do macho incondicionalmente sobre a fêmea, com esta última a dever subserviência e/ou se no limite a sentir-se culpada de todos os males conjugais e/ou familiares. De qualquer modo e em qualquer dos casos, já seja em insistência na singularidade própria ou em submissão às normas socioculturais envolventes, pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal do contexto sociocultural geral e da individualidade de cada qual em particular.

Que já agora se me é permitido, no que a esta questão da sexualidade relativa a mim, diria e digo que tendo eu já entrado na segunda metade da quarta década de vida, com auto abdicação da minha singularidade própria desde há muito e até por isso com uma vida/existência prática que é uma merda sob e sobre diversos aspectos, tanto mais ainda se em sequência de me expor como aqui o faço, se por exemplo eu fosse homossexual, tanto mais se numa sociedade já minimamente aberta à diferença eu assumi-lo-ia aberta e absolutamente sem sequer olhar para o lado. Ainda que tão pouco tivesse, tal como não tenho de dar conta da minha sexualidade, salvo às pessoas que comigo se relacionam intimamente. Pelo que ao referir tudo isto no que se refere à minha sexualidade aqui de forma aberta é só para dar um exemplo prático, concreto e por mim mesmo vivenciado no que às manipulações socioculturais pró uniformidade da manada, tendo por base preceitos e preconceitos socioculturais, aquém e além de qualquer natureza humana, vital ou universal. Como seja que ao taxar-se socioculturalmente a homossexualidade como algo negativo em si mesmo, logo se ao querer manipular-se alguém sociocultural e/ou por si só sexualmente bastaria ou bastará enquanto tal taxar-se esse alguém de homossexual, se acaso ou não raro com base em meras suspeições mesmo que objectivamente infundadas, aquém e além de tão só se deixar de corresponder directa, imediata, obediente, subserviente e/ou absolutamente aos cânones socioculturais vigentes em cada momento. Por exemplo no meu caso enquanto macho que ao nível sentimental e sexual procuro algo pessoal, humana, vital e universalmente mais pleno, genuíno e verdadeiro do que o casar só por casar e/ou porque a normativa sociocultural vigente dita que se não casar naquele tempo, dentro de determinados parâmetros e/ou mesmo em absoluto já tem de se ser homossexual e/ou qualquer outra depreciativa ou mesmo negativa coisa. Ainda que e/ou até porque não raro muitos dos ditos casamentos aceites, apoiados e/ou instituídos tradicionalmente na mais pura norma sociocultural, terminem redundando em famílias disfuncionais, no limite mesmo em ditas violências domésticas, em que inclusive socioculturalmente durante décadas, séculos e/ou mesmo milénios, apesar de e/ou até por muitas barbaridades inerentes: "entre marido e mulher ninguém devia ou deve meter a colher!". Aquém e além de que não raro constatavelmente há muitas pessoas que tendo ou não casado e tendo ou não descendência própria, no entanto e em qualquer caso terminam sendo mais positivamente úteis à vida em geral e/ou aos filhos dos outros do que os seus próprios progenitores. Nesta base, salvo que nas últimas décadas tem havido uma evolução pró positiva ao respeito, de resto digo eu muito clara, objectiva e se acaso (já) singularmente que: se lixem as normativas socioculturais pró bovinas e/ou cínica e hipocritamente pseudo morais!

Mas que sendo mais especifico ainda no que se refere às pressões socioculturais para com igualdade da manada, tendo ainda por base a sexualidade. Por exemplo eu assumo a minha impotência pessoal para qualificar a homossexualidade, salvo que do ponto de vista da procriação é algo absolutamente anti natura. Ainda que ai é a própria lei Divina, Vital, Universal e/ou Natural que o confirma, não sou eu que o qualifico enquanto tal. Mas segundo os interesses socioculturais vigentes pró ou contra a homossexualidade, seguramente haverá muito quem dum e/ou doutro lado me acuse ou possa acusar de não me definir qualitativamente ao respeito, aquém e além de como já o faço, que desde logo é auto assumindo a minha impotência para fazer tal juízo de valor, aquém e além do que a própria vida já o faz, ao menos da perspectiva da procriação. Seja que da perspectiva de muito/as haverá sempre um interesse em que todos e cada qual sejamos socioculturalmente a favor ou contra a homossexualidade, segundo os valores socioculturais vigentes a cada momento. E isto tão só do ponto de vista sexual, porque o mesmo se pode aplicar aos pontos de vista político, religioso e social modo geral, com interesses e/ou pressões num ou noutro sentido, no limite pró ou contra algo ou alguém. Sendo que eu auto assumo-me como neutro relativamente a tudo e todos o/s que não prejudique/m a minha vida, a vida alheia modo geral e/ou do colectivo enquanto tal. A partir do que no que a mim ofensivamente me toque, na medida do possível reservo-me o natural direito de auto defesa e até por isso, se for o caso, entenderei o direito de auto defesa alheia com relação a mim.
   
Global sequência de entre o que eu que até já despendi e/ou investi a maioria do meu tempo, das minhas energias e inclusive da minha saúde na minha singular auto anulação e/ou subsequentemente na inversa (re)busca da minha singular identidade própria, a partir de que uma respectiva coisa é certa, que é o facto de que por mim mesmo falando desde há muito e cada vez mais prefiro ser taxado de individuo "estranho", de "homossexual" e/ou no limite de "louco" do que ser mais um de entre igualmente inexistentes!...

 VB