domingo, setembro 20, 2015

Em contracorrente II

            Eu que até por estar a escrever o presente me tenho a mim mesmo como não sendo muito inteligente, nem muito culto e menos ainda muito sábio, caso contrário estaria a viver plenamente em vez de estar a escrever pró vital, sanitária s/ou subsistentemente. Ainda que até também por estar a escrever o presente me esforce por (auto) subsistir o mais (pró) positiva, vital e universalmente possível à minha própria carência de inteligência, de cultura e/ou de sabedoria próprias, enquanto com estas parcial ou conjunturalmente necessárias a uma vida plena. Pelo que perante situações positiva e vitalmente demeritórias como as abordadas em “Contracorrente I” e agora a um outro nível aqui em “Contracorrente II”, o que mesmo incluindo todos os efectivos ou potencias positivos méritos humanos inerentes, no entanto e em qualquer um dos positivamente demeritórios casos inerentes, imagine-se que tristeza de mundo e/ou de dimensão humana é também esta em que genericamente existimos. Desde logo e tanto mais tristeza para mim que necessito referente, influente e consequentemente da inteligência, da cultura e da sabedoria alheias, como forma de compensar a minha própria carência das respectivas. Que no que a mim por mim mesmo respeita face a um genérico meio envolvente que me ultrapassa de muitas formas, pouco mais ou nada me restando do que resistir, resistir, resistir, … agarrando-me o mais, melhor e consequentemente possível a toda e qualquer vital e universalmente inteligente, culta e/ou sábia _ vulgo positiva _ referencia e influência externa a mim, por mais mínima que a mesma seja enquanto tal. Ainda que e/ou porque isso me leve a um senão continuo, pelo menos a um recorrente combate intrínseco a mim mesmo, de entre o meu efectivo ou potencial melhor e pior próprio, não raro inspirado em mim pelo efectivo ou potencial melhor e pior envolvente. Neste último caso, tanto mais assim quando e por quanto tendo eu auto fracassado a (quase) todos os positivos níveis de vida ou de existência própria, logo para não cair em todo e qualquer unilateral ou absoluto nível negativo próprio, acabei auto anulando-me prática e (inter)activamente como personalidade, identidade, vida e/ou existência própria, tendo como tal ficado susceptível e/ou permeável a tudo o que fossem e sejam referências e influências externas, necessariamente pela positiva e pela negativa, a partir de que para tão só (auto)sobreviver básica e imediata e mas tanto mais se positivamente a isso acabei por entrar em já dita e redita autogestão existencial própria, de entre procurando preservar e cultivar a melhores referências e influências externas a mim que por si sós suscitam o meu positivo melhor próprio, versos até por isso neutralizar e combater as piores referências e influências externas a mim enquanto estas senão directamente ameaçadoras, pelo menos suscitadoras do meu respectivo pior próprio. Em qualquer caso e salvo eventual excepção em que eu tenha de me defender directamente perante o exterior e ainda assim se tanto quanto literalmente possível sempre pela positiva e não sendo igual ou pior que o pior exterior, de resto com dito combate essencialmente no meu próprio intimo, até porque antes, durante ou depois de eu poder mudar, emendar ou influenciar o que ou quem quer que seja externo a mim, tenho sempre de me mudar, emendar ou influenciar a mim mesmo e só então a partir do meu subsequente exemplo próprio e prático poderei eventualmente contribuir para mudar, emendar ou influenciar o meio directa ou remotamente envolvente. Pelo que quando não raro e mesmo recorrentemente me deparo com referências e influências essencialmente negativas, no mínimo é-me motivo de tristeza e no máximo não posso evitar combate-las na medida do positivamente possível, desde logo a partir do e no meu próprio íntimo enquanto auto assumindo-as humana e vitalmente para mim próprio, cujo maior, melhor quando não mesmo único reflexo desse meu combate interno, na respectiva medida em que natural, necessária e positivamente eu vou auto sobrevivendo no e ao mesmo é precisamente esta minha forma de expressão e de existência escrita. Com esta última que em si mesma não beneficia quem não a ler, nem prejudica quem não a quiser ler. Sendo que quem quer que seja é forçada/o a lê-la e/ou a deixar de lê-la, como no caso concreto a partir do momento em que a exponho como aqui responsável e consequentemente o faço. 
   
            _ Portugal, nação (Lusa) que de entre uma infinidade de efectivas virtudes naturais e/ou humanas se tem muito em concreto como de forte atracção turística. No entanto de forma indefinidamente continuada ano após ano, ainda que no caso aqui retratado de forma mais condensada no tempo e no espaço enquanto após mais uma época de férias de Verão e numa particular zona de forte trânsito de época, o resultado da irracional acção ou da falta de higiénica acção de muitos automobilistas e/ou famílias em trânsito para a natural zona balnear nacional por excelência, inclusive com extensão turística internacional, que é o Algarve, o respectivo resultado ao nível de acondicionamento de lixo por parte de muito/as, de todo demasiado/as, é recorrentemente o que e como as seguintes fotos lamentavelmente retratam:





            Sendo que o que estas fotos documentam refere-se a um local muito específico de paragem automóvel, já seja para descanso dos automobilistas em circulação ou já seja para observação da paisagem local que na transição de entre as províncias do Alentejo e do Algarve tem por si só algum correspondente interesse turístico. Pelo que logo neste local em concreto o cenário de lixo, que inclusive as fotos aqui em causa mal conseguem documentar em toda a sua verdadeira extensão, assume particular destaque e gravidade, mas ainda que de forma mais dispersa e mas com relativa continuidade o mesmo cenário estende-se a toda a extensão da via de circulação, encontrando-se recorrentemente garrafas plásticas, embalagens tetra-pack, papeis dos mais diversos tipos, fraldas e tudo o mais que se possa imaginar ao nível de lixo que a partir de qualquer veiculo se possa deitar para a via pública e/ou para o espaço natural, independentemente de mais dispersa ou de mais condensadamente, mas em qualquer caso ao longo de incontáveis quilómetros. Tudo isto independentemente de haver ou não contentores de lixo apropriados na proximidade, como duas das fotos documentam em objectivo existir (*) no local fotografado _ já agora referir a destruição do painel indicativo de entrada no Alentejo, seja por destrutivos "escritos" sem nexo e/ou pela própria extração de parte desse mesmo painel, situado atrás e acima do contentor de lixo assinalado. Ao que há que adicionar o facto de que com relação ao lixo em concreto, nos últimos anos, não sei se pagas pelo Estado central ou se pelas Autarquias locais, periodicamente costumam haver umas equipas a fazer recolha deste tipo de lixo à beira das estradas nacionais. Pelo que imagine-se o que e como seria sem esta última periódica limpeza _ e bem sei que o País tem muito desemprego, mas digo eu que o tipo de emprego que necessitamos não é própria e em grande medida sequer absolutamente com base na genérica falta de higiene interna, por parte de todos e/ou de cada qual em abstracto e/ou dalguns muito em concreto. De entre o que digo também eu é que se não houver contentor do lixo disponível na imediata proximidade, pode sempre acondicionar-se o lixo num qualquer recipiente até chegar a um contentor adequado e lá o despejar.
Que por mim mesmo falando e sem qualquer modéstia, até porque auto reconhecidamente já sou suficiente medíocre como para não criar algo de positivamente novo, para produzir algo próprio com utilidade geral, na melhor das hipóteses limitando-me a contribuir esforçada, sofrível, servil e/ou humildemente para as positivas ideias e/ou produtivas necessidades alheias; agora o que também evito é ser negativo ou contribuir para a negatividade envolvente, pelo que ao menos a este nível permita-se-me ser imodesto e não pedir perdão por isso, na medida em que neste assunto de despejar e espalhar lixo no espaço público e/ou natural, no meu caso chego a por exemplo juntar uma boa “mão cheia” de garrafas plásticas e/ou de papéis inutilizados dentro do carro, de entre a minha utilização da/os respectiva/os e o momento em que a/os despejo no contentor de lixo e/ou no ecoponto apropriados.  

            E atenção que perante as dificuldades económicas, financeiras e acima de tudo sociais modo geral do País, que tanto pior se lhe adicionar todas as equitativas dificuldades internacionais e/ou mesmo de conflitos abertos do Mundo com implicações transversais a toda a humanidade, este questão do lixo à beira das estradas, enquanto tal despejado/abandonado no espaço público e/ou natural pode parecer uma questão menor. Mas a meu ver e sentir não é assim de facto, na medida em que o vejo e sinto associado a um mental sociocultural comodista, facilitista, arrogante e prepotente do tipo faço o que unilateralmente quero e não o que colectivamente devo, em suma um mental sociocultural vitalmente mesquinho e universalmente ignorante, que por si só contribui para a redundantemente precária condição económica, financeira e acima de tudo social modo geral do País, inclusive e no limite com potencialidades negativas ao nível das piores crises internacionais e/ou dos mais graves conflitos Mundiais, que de resto até tão só por isso associo este presente texto ao imediatamente publicado antes, inclusive concedendo-lhe o mesmo titulo "Em contracorrente", com a subsequente diferenciação de "Contracorrente I e II". 
            Ah! E claro que auto-reconheço ser originário e residente dum dos países mais belos, mais naturalmente contrastados, mais historicamente ricos, por si só mais antigos, com um dos povos mais humildes e solidários, etc., etc., do Mundo, que e como é de facto Portugal. Mas a partir de que até ainda um pouco ao reflexo estilo do antigo regime ditatorial que procurava ignorar e/ou ao menos “varrer para debaixo do tapete” as efectivas misérias existenciais próprias, só auto assumindo as efectivas ou potencias virtudes nacionais, desde logo os meus compatriotas me perguntarão ou poderão perguntar: mas porque é que com tanta coisa bela em Portugal passível de ser fotografada/retratada e descrita, eu vou logo fotografar/retratar e descrever (também) uma das piores?! Ao que desde logo eu correspondo em parte com o que disse o patrão dum trabalho que tive em tempos idos (quase três décadas atrás), que enquanto patrão e inclusive como genericamente muitos outros jamais elogiava um funcionário por qualquer positivo mérito deste, mas era rápido e implacável a fazer ressaltar qualquer mínimo erro ou pequeno demérito de qualquer funcionário, a partir de que quando um dia confrontado com isso respondeu: “_ pois quando eu não digo nada tomem-no como elogio significando que está tudo bem ou como devido, a partir de que o que importa é evitar ou sancionar e corrigir os erros!” Eu concordei, ainda hoje concordo e sempre concordarei em parte e mas jamais concordarei plenamente com o mesmo, visto que para mim ao menos (pró) moral e animicamente reconhecer os méritos é tão importante quanto fazer ressaltar pró sancionante ou correctivamente os deméritos _ mas isto é uma questão de perspectivas mais ou menos discutível que inclusive por parte de muitos patrões tem o propósito psicológico de evitar ter de compensar os méritos na mesma proporção em que sancionam os deméritos, enfim mais uma controvérsia humana de entre uma infinidade doutras. E atenção que no que a enaltecer ou elogiar os méritos seja de quem for e do funcionário duma qualquer empresa em concreto, não me estou a referir aos méritos de cada qual cumprir as suas normais e correntes obrigações do dia-a-dia, refiro-me sim a quando se tem de resolver excepcionais circunstancias extra dia-a-dia e por vezes até extra deveres e obrigações técnicas/profissionais que dito funcionário correntemente exerce, salvo quando exerça funções indiferenciadas e como tal tenha de resolver de tudo um pouco e logo sem direito a reconhecimento de mérito algum porque tudo o que tem de resolver é “normal e corrente”, de qualquer modo no que se refere aos erros e/ou deméritos deste último (funcionário) os mesmos tão pouco são o seu normal e corrente no dia-a-dia, de resto mal seria para o próprio e para a respectiva empresa em que trabalha, logo sem absoluto prejuízo de serem corrigidos os erros ou os deméritos, o que no entanto estes não deviam tão pouco era ser extra enfatizados ou sancionados no imediato, ao menos sem paralela ou intermediamente se reconhecer e/ou fazer ressaltar os equitativos acertos e/ou méritos _ se é que pró positiva e equilibradamente me faço entender(!?).
            Pelo que ao que da minha unilateral parte respeita, ao fazer o paralelismo duma situação de trabalho com base nas conceptuais palavras do patrão atrás aludido, com o facto de eu fazer aqui ressaltar um demérito nacional com base no indiscriminado abandono de lixo no espaço público e/ou natural, face aos muitos respectivos e maiores méritos nacionais, diria e digo ainda que por e para mim próprio o que está positivamente bem não me preocupa, por exemplo uma pessoa feliz apraz-me de deixa-me tranquilo enquanto tal, já uma pessoa infeliz me intriga ou no limite até me perturba. A partir de que neste último caso, se não podendo eu fazer directa, imediata e consequentemente algo positivo pela pessoa em causa, no mínimo terei de auto gerir interna e pró positivamente de e para mim mesmo o intrigante ou perturbador reflexo efeito da infelicidade dessa pessoa em mim. Mas de entre o que se for o caso não deixarei de revelar e fazer ressaltar a felicidade da primeira, aquém e além de poder ter de revelar e se acaso até fazer ressaltar a infelicidade da segunda. O que traduzido para o mais genérico e contextualmente abrangente nível nacional aqui em causa, em que não deixando eu de enaltecer os positivos méritos naturais e/ou humanos internos, mas que até por e para com ampliação e/ou aperfeiçoamento destes últimos tão pouco posso ou quero deixar de referir, como no caso de fotografar/retratar e descrever os respectivos positivos defeitos ou deméritos internos. Seja que ao parcial invés do patrão aludido acima, da minha parte tanto faço ressaltar os méritos quanto os deméritos nacionais e/ou vice-versa, tal como no que se refere ao que ou de quem mais quer que seja. Até porque o patrão aludido acima calava e ignorava os méritos dos seus funcionários em geral, que não falo de mim em particular, ainda que reconhece-se e fizesse ressaltar os deméritos dos seus mesmos respectivos funcionários para nesta global conjuntura poder controlar os seus funcionários em seu unilateral interesse, a partir duma perspectiva de positiva impotência por parte dos seus funcionários aquém e além da supervisão e/ou comando da entidade patronal _ talvez por isso a empresa em causa sempre teve grande rotação de funcionários, salvo ao nível de personalidades submissas e/ou fragilizadas duma ou doutra forma, com resultado numa empresa que salvo pontual circunstancia, de resto jamais passou de algo sofrível, que uns anos após eu ter deixado de trabalhar na mesma vim a concluir que a mesma fechou portas, ainda que eu não tenha jamais sabido objectivamente porquê(!?), até porque não me interessou sabê-lo. Enquanto por outro lado e no por si só presente caso eu próprio reconheço e faço ressaltar os positivos méritos, na circunstancia nacionais dum modo geral (para com o que por si só tenho um Blog de fotografia a que só lamento dedicar (ainda) pouco tempo ao mesmo), mas também reconheço e faço ressaltar os respectivos positivos deméritos nacionais, como no presente caso, para, salvo a imodéstia, no seu global conjunto puxar positiva e transversalmente para cima quem apesar de e/ou até por tudo está (ainda!...) positivamente muito abaixo de mim, pelo menos a este nível de despejar lixo indiscriminadamente no espaço público e/ou natural com todo o mental sociocultural retorcido ou mesmo negativo a isso sub e sobrejacente, como já minimamente abordado em anterior parágrafo, mas que acrescento agora ainda a esse mental sociocultural uma característica designada de "chico espertismo nacional", na medida em que neste caso as individualidades ou colectividades que despejam indiscriminada e mas se no limite também criminosamente lixo no espaço público e/ou natural se sentem a elas mesmas muito "espertas" por o fazerem em unilateral interesse próprio, sem que alguém mais saiba disso, salvo que elas mesmas e as suas próprias consciências jamais deixarão de o saber, o que as leva a viver numa dimensão de no mínimo parcial retorcida ilusão com relação à realidade concreta e/ou mais positiva, vital e universalmente abrangente.  
            A partir de que cada qual que o interprete como possa, saiba ou muito bem entenda; como seja no contextual caso concreto em que em contracorrente com o positivo melhor nacional, eu acabe a fotografar/retratar e descrever os factos aqui em causa relacionados com aleatória e anti-higiénica dispersão de lixo como duma das mais positivamente demeritórias facetas nacionais, tanto mais ainda se num País auto e extra proclamado de civilizado e de turístico, inclusive com expressão internacional enquanto tal.
                                                                                              Victor Barão             

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