terça-feira, abril 05, 2016

Sentido de pertença

            Auto reconhecendo muito honesta e objectivamente que não sou propriamente um intelectual, bem longe disso. De resto se há coisa que muito prezo é a preservação e cultura da máxima simplicidade e naturalidade possível, ainda que dentro e a partir duma existência própria e envolvente significativamente complicada/s. Sequência de entre o que seguramente não escrevo é para mentes simplistas e/ou populistas, desde logo por tudo o que algum dia me trouxe natural e espontaneamente a escrever, numa primeira instância para tão só necessitar sobreviver e continuamente como uma pró vital, sanitária e/ou subsistente forma de expressão e de existência própria, por dentro ou por inerência das respectivas complicações próprias e envolventes e/ou de entre umas e outras destas últimas, mas em qualquer caso para com a maior, mais positiva e universal simplificação existencial própria e pró envolvente possível. A partir de que quando digo que seguramente não escrevo para mentes simplistas e/ou populistas, isso deve-se a que por um lado escrevo em sequência de ter auto assumido de e para mim mesmo o efectivo ou potencial melhor e pior subjacente à própria vida, procurando preservar e cultivar o melhor, para até enquanto tal suprimir e anular o pior inerente. Tudo isto a partir da maior ingenuidade e mas para com a maior objectividade racional possível. Mas também e até nesta última sequência porque por outro inerente lado não me interessa um “povo”, de que eu mesmo sou parte integrante, enquanto “povo” como massa amorfa composta por indivíduos permanentemente predispostos a deixar-se levar por qualquer demagogo e/ou respectiva demagogia que lhe/s prometa o “céu”. Até porque o “céu” e o “inferno” estão antes, durante e depois do mais no intimo de todos e de cada um de nós, aquém e além de onde e em quem mais quer que seja. Pelo que interessa-me de todo mais indivíduos (masculinos e femininos) humanos, o mais plenamente possível conscientes das suas (nossas) potencialidades pelo melhor e pelo pior e para o bem e para o mal, que até por isso podem e devem ser mais responsável e consequentemente livres; do que indivíduos global ou essencialmente dependentes de, por assim dizer, elites que falam, agem e/ou governam em nome do “povo” ou da “nação”e enquanto tal desses mesmos indivíduos, mas não raro ao invés dos mesmos. Logo com a respectivamente maior e mais consciente/esclarecida autonomia possível, para que precisamente cada qualquer escolha o mais livre, responsável e consequentemente possível o caminho próprio e/ou de vida a seguir. Isso sim e sempre o mais literalmente possível em favor do Universal bem colectivo. Em vez de indivíduos permanente e essencialmente pendentes de ser governados ou dirigidos de fora para dentro e de cima para baixo, por norma em nome do próprio colectivo, vulgo “povo” ou “nação”, mas muitas vezes sabe “Deus” e/ou o “Diabo” em nome e em favor de verdadeira e efectivamente o quê ou quem(!?), mas que não raro é à efectiva margem ou ao concreto invés do próprio “povo”, da “nação” e/ou do Universal bem colectivo. A partir de que quanto mais vital e universalmente esclarecido for cada individuo acerca das suas capacidades e/ou potencialidades próprias e respectivamente envolventes, no limite positivas e negativas e para o bem ou para o mal, tanto mais se pode auto gerir a si por si mesmo face ao colectivo e desejavelmente para com este último, que em si mesmo inclui cada individuo. Até porque o próprio colectivo, que à partida e diria mesmo que vital ou fatalmente deve estar hierarquicamente organizado, acaba também por si só e na sua hierárquica organização estar este último tão mais permeável a ser autor e/ou vitima de demagogos e de demagogias quanto menos Vital e Universalmente esclarecidos forem e estiverem qualitativa e quantitativamente os indivíduos que o compõem. Sendo que eu escrevo precisamente, também, por via e em sequência da minha auto-gestiva tomada de consciência individual e colectiva própria, no limite de entre o efectivo ou potencial melhor e pior inerentes, com toda a multiplamente parcial ou genérica infinidade de intermédias dimensões. Pelo que, salvo a imodéstia, não escrevo nem posso mesmo escrever para mentes simplistas ou populistas, salvo se para qualquer destas últimas passarem a transcender, desejavelmente pela positiva e pró colectiva ou por si só Universalmente, o seu simplismo e/ou populismo!... 
      
            Sentido de pertença
  
           Tomando como base inspiradora o debate televisivo acabado de acontecer no programa “Prós e Contras”, do canal 1 da televisão publica nacional RTP, sob a dupla interrogativa de que se por um lado Portugal corre o risco de sofrer um ataque terrorista em sequência do contemporâneo terrorismo transfronteiriço(?) e de se por outro lado se pode confiar defensivamente nas Forças Armadas nacionais face a esse mesmo terrorismo(?). Para com o que no caso e para além do actual Ministro da Defesa nacional: Azeredo Lopes; do ex. Ministro de Administração Interna: Figueiredo Lopes; da professora Universitária, com especialidade em relações internacionais: Livia Franco; e ainda do chefe do Estado Maior das Forças Armadas: Pina Monteiro, como convidados centrais, de resto toda a plateia era composta por militares das mais diversas patentes e respectivos ramos militares.

            A partir de que eu poderia aqui abordar reflexivamente o princípio e o resultado geral do debate e/ou ainda as duas questões base que inclusive foram colocadas ao país via aplicação digital (paxvoice), acerca do risco de atentado terrorista em Portugal(?) e cerca de se se pode ou não confiar defensivamente nas Forças Armadas nacionais(?). De entre o que talvez não podendo deixar de abordar reflexivamente tudo isso, desde logo ao resumido nível de redutoramente se centrar um debate acerca de terrorismo internacional e do combate a este último exclusiva ou pelo menos essencialmente nas Forças de Defesa e não antes, durante e depois nas Forças de Segurança, possa até chegar a ser algo ridículo para a produção do programa Prós e Contras. No entanto a partir de que tendo-se centrado esse debate nas forças de Defesa militares, por mim pessoalmente prefiro abordar o princípio e o fim inerentes a esta emissão do programa Prós e Contras sob a perspectiva do sentido de pertença individual a um todo colectivo, no caso ao colectivo nacional, aquém e além de pertença por exemplo a uma família, a um grupo profissional ou social, etc., além de incontornavelmente sempre pertencente ao próprio universo, independentemente das diversas e múltiplas partes inerentes.  

            Sequência de devo começar por dizer que na Natureza nada é absolutamente seguro, logo tão pouco assim é na sociedade humana, bastando dizer que um dos actos mais perigosos que regular e comummente se cometem é por exemplo sair a conduzir para a estrada, sem sequer falar nos diversos perigos naturais e/ou nas mais negativamente abjectas acções humanas, de resto não será por acaso que são necessárias Forças de Segura e de Defesa, por si só de entre humanos. Logo com base num dito e em si mesmo profundamente abjecto terrorismo transfronteiriço, altamente irracional, aleatório, de estrutura ideológica/teológica única, mas com grupos operacionais independentes uns dos outros, com muito significativas capacidades de comunicação e de financiamento, etc., etc., e que por si só tem como alvo todo o Ocidente em que se integra Portugal e seus (nossos) valores políticos, sociais, culturais, etc., claro que enquanto tal nenhum País Ocidental, incluindo naturalmente Portugal estará de todo livre de sofrer um atentado terrorista do género transfronteiriço, inclusive enquanto no contexto democrático Ocidental actual. A partir de que resta esperar que precisamente as Forças de Segurança, isso sim e em grande medida associadas às Formas de Defesa, nacionais e internacionais, estejam à altura de tanto quanto literalmente possível evitar um dito ataque terrorista, no caso concreto em Portugal; o que como por recorrentes vezes foi referido pelos diversos intervenientes no debate televisivo: _ “nas presentes circunstâncias as ditas Forças de Segurança e/ou de Defesa devem incluir todos e cada um de nós cidadãos comuns, individual e colectiva ou civil e institucionalmente”.

            Mas entretanto e tanto mais se em sociedades democráticas como as Ocidentais em que prevalece a liberdade individual e colectiva, e que precisamente também por isso são atacadas por terroristas de índole fundamentalista/totalitarista. O respectivo combate Ocidental ao terrorismo fundamentalista/totalitarista de base Islâmica, pode ser algo tão mais difícil quando e enquanto preservando-se os valores democráticos Ocidentais que precisamente os terroristas atacam, sem colocar estes mesmo valores Ocidentais paradoxalmente em causa por dentro do próprio Ocidente em nome do combate ao terrorismo fundamentalista/totalitarista. Sendo que a partir daqui começo a chegar ao ponto do que me está a trazer a escrever o presente que é ao facto de que tendo eu nascido ainda sob um regime politico/social ditatorial, apesar de entretanto instaurada um dita liberdade democrática ter eu no entanto e ainda assim crescido sob forte influência da prévia ditadura, tanto mais se no contexto sociocultural, familiar, comunitário e regional provinciano, rural e semi-analfabeto em que eu nasci e cresci. O que no seu global conjunto me levou, de resto me está a levar continuamente a um esforço de adaptação à realidade democrática, como seja a viver livremente de forma responsável, coerente e positiva _ o que se já não é fácil modo geral, posso garantir que será algo mais complicado e difícil para alguém com uma origem e corrente vivência genericamente muito básica, sob muitos aspectos mesmo rudimentar e pejada de contradições designadamente de entre o pré e o pós revolução (pró) democrática. Em que depois entram incontornavelmente especificidades como a minha personalidade, mais a minha experiência interpessoal, social, cultural, familiar e existencial modo geral, incluindo um meu marcante fracasso interpessoal, social e curricular escolar em efectivo, adicionado dum meu auto reconhecidamente constante e permanente desencontro profissional, sociocultural e existencial próprio. Enfim quero eu dizer que se normalmente em democrático regime de liberdades individuais e colectivas, em que não raro e se acaso com relativa facilidade se pode cair em unilateralismos, egoísmos, corporativismos, liberalismos, libertinagens, etc., vário/as e logo a que quem quer que seja e no caso concreto eu mesmo jamais estive ou estou ao menos potencialmente imune, no entanto até para não cair nessas tentações, tanto mais ou menos quanto tendo eu sido educado, desde logo familiarmente mais com base na divida de incondicional obediência do que de positivo respeito, desde logo aos próprios pais e a partir dai a toda uma infinidade de múltiplas hierarquias ou estatutos superiores, em que talvez o “virtuoso” meio-termo estivesse em eu me ter dedicado profissional/existencialmente, por exemplo e por si só a uma carreira militar, militarizada e/ou na genericamente hierarquizada estrutura do Estado. No entanto já fosse porque eu sempre senti que esta última hipótese não me era algo natural e por outro até complementar lado eu não estaria à devida altura da mesma, mas tão pouco jamais me consegui impor ou afirmar positiva, autónoma, livremente no que mais quer que profissional ou existencialmente seja, logo o facto é que dalgum modo a minha genérica existência, como melhor das hipóteses, jamais deixou de ser ou de estar à altura do que potencialmente era na minha mais remota origem (nascimento, infância e juventude), como seja algo significativa/substancialmente vazio, desestruturado, volátil e afins. Como seja ainda algo que sem as devidas referências, influências e respectivas acções envolventes me poderia e pode em permanência levar por qualquer caminho, no limite positivo ou negativo e de vida ou de morte. Ainda que a ter-me auto apercebido semi-objectiva e subjectivamente disso, em minha plena adolescência, logo e precisamente até por muitas referências, influências e acções externas a mim minimamente positivas, com que felizmente eu sempre empatizei, incluindo aqui desde logo a própria e positivamente inspiradora força da vida natural, até por exemplo às mais sublimes formas de Arte de base humana _ que enquanto formas de Arte, a meu ver e sentir, tem de estar objectiva e realista ou subjectiva e abstractamente baseadas na própria realidade e/ou energia vital universal. Ainda que ao não terminar eu de me impor ou de me afirmar duma qualquer positiva, coerente e concreta forma, por si só coincidente com a minha natureza própria em natural associação com a natureza da própria vida universal, acabo por me ir colocando sempre numa posição de vulnerabilidade/debilidade face às vertentes mais lúgubres e negativas da vida. Sequência em que não terminando jamais de me conformar com a minha impotência face à vertente mais positiva da vida e respectivamente com a minha debilidade face à vertente mais negativa da vida, como que ainda no meu processo de adolescência acabei por entrar em processo de auto gestão, numa base que era e é: se não conseguindo eu ser positivo perante e para com o que ou a quem mais quer que seja, então também tudo faria e farei todo o possível para não o ser pela negativa. Seja que acabei por me auto anular prática, interactiva e funcionalmente, salvo se na medida do possível e em último recurso como um acto (auto) defensivo ou de pró subsistência básica e imediata. No fundo e em última instancia estava e estou predisposto a sucumbir no e ao meu positivo e natural desencontro comigo mesmo e com a própria vida, isto tomando ainda em substancial conta o facto de ter aprendido a confiar no meu natural instinto de vida ou pelo menos de subsistência, quer com relação às efectivas ou potencias ameaças externas, quer com relação às minhas próprias fases mais pró desesperantes, angustiantes e afins, inerentes. Inclusive porque enquanto com base e em sequência do que e de quem me inspirasse natural e vitalmente pela positiva ou que por si só e acima de tudo me suscitasse algum tipo de Amor, a começar e terminar pela própria família, para com o que ou quem eu devia e devo ser o mais positivamente responsável e consequente possível, desde logo como respectivo meio e forma de honrar tudo e todos o/s que me inspira/m positivamente e/ou por si só Amor. Sequência de que também sempre me disse que “por mais e maior que seja a dor subjacente a todo o processo existencial modo geral e/ou ao meu processo inexistencial próprio, no entanto suportar e/ou sobreviver o mais condigna, positiva e/ou absolutamente possível essa dor seria e no caso é o mínimo exigível”. De entre o que por exemplo e após mais de três décadas de acima de tudo resiliente e mas também tanto quanto literalmente possível pró positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória e condigna auto gestão própria, como não me canso nem posso deixar de contextualmente dizer, nasceu circunstancial/circunstancialmente acto espontâneo esta minha forma de expressão e de existência escrita, até porque enquanto em auto gestão que exige essencialmente introspecção, circunspecção, contemplação, reflexão, meditação e em suma isolamento senão absoluto pelo menos interior, eu naturalmente não tinha nem tenho muito com quem conversar. Ainda que quer as referências e influências externas, positivas e negativas, quer a por si só positiva e negativa potencialidade da energia vital subjacente a mim, continuavam e continuam natural e incontornavelmente activas enquanto tais e no caso concreto em mim. Pelo que ter começado a escrever, numa primeira instancia como quem fala com tudo e com todos, ainda que sem falar com o que ou com quem quer que seja em concreto, dalgum resumido e/ou mais subjectivo modo como quem fala com Deus, me foi desde logo providencial para ao inicio em ciclo fechado de e para comigo mesmo necessitar sobreviver a mais um (in)constante e (im)permanente presente momento, além de como uma continuamente pró vital, sanitária ou subsistente forma de expressão e de existência própria, como mais uma vez constatável pelo presente, neste ultimo caso e por assim dizer já numa segunda instância em que passei também a expor-me com base e em sequência do que, como, porque e para que escrevo.

            Mas entretanto e aqui está a base do que eu quero dizer com tudo isto e que passa pelo facto de que sempre me fui sentindo e/ou continuamente me tenho vindo a sentir um misto de nada e de ninguém próprio e concreto, ainda que até por isso sentindo-me como que um misto de tudo e todos indefinida e potencialmente. Em qualquer dos casos pelo potencialmente melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal, ainda que até por mim mesmo, por honra a todas as minhas melhores referências e influências de vida, por si só pelas pessoas que dalguma forma eu amo ou me amam a mim, procurando eu ser ou agir efectivamente sempre pelo melhor e para o bem, e que se ou quando não o conseguindo pelo menos tentando abandonar-me passiva e abnegadamente ao que e/ou a quem na essência me inspire um mínimo de positividade, legitimidade e por si só dignidade vital; mesmo que em actividades que organicamente não tenham que ver com a minha natureza própria, até por isso praticando eu genericamente actividades muito rudimentares em si mesmas ou a níveis muito rudimentares dentro das mesmas, como por exemplo actividades de índole físico e/ou aos níveis mais fisiológicos dentro das mesmas, numa base qualificativamente indefinida da minha parte e em regra por conta doutréns ou sob tutela alheia. Sendo esta a base da minha existência desde globalmente sempre e em especial desde que entrei em processo de auto gestão há já mais de três décadas atrás. E agora sim tudo isto começa a encaixar com o debate desta noite no programa Prós e Contras da RTP1, acerca do risco de ataque de terrorismo transnacional em Portugal e da respectiva capacidade ou incapacidade de Defesa Nacional face a esse mesmo terrorismo, cujos pontos de contacto estão na medida em que se por um lado e no meu inerente processo de auto gestão, não tendo eu sido nem continue a ser propriamente egoísta, egocêntrico, corporativista, libertino ou no limite negativo de facto, por outro lado tão pouco tenho sido propriamente altruísta, excêntrico, colectivista, regrado ou no limite positivo em efectivo. Por assim dizer como que tenho estado e estou auto reconhecidamente numa espécie de “banho-maria” de entre todos os paradoxos vitais/existenciais possíveis e imaginários, pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal. Não porque regra geral qualquer outra pessoa e/ou instituição humana, tal como por si só toda a vida modo geral não esteja/mos precisamente de entre todos os respectivos paradoxos inerentes; só que uns estão duma forma mais equilibrada, estável, objectiva e definida, enquanto outros estão ou estamos duma inversa forma mais desequilibrada, instável, subjectiva ou indefinida, mas em qualquer dos casos numa base e duma perspectiva mais positiva ou negativa e/ou activa ou passiva. Em que no meu caso concreto, ao estar auto reconhecidamente mais da parte desequilibrada, instável, subjectiva e indefinida, também duma perspectiva auto gestiva me auto coloquei cautelarmente a um nível mais correntemente passivo do que activo próprio, salvo se ao nível auto defensivo e/ou de subsistência básica e imediata, além de que sempre com os olhos, a mente e o espírito colocados nas mais positivas referências, influências e/ou efectivos exemplos de vida. Mais concretamente e regra geral sentindo-me uma espécie de permanente “ilha” no meio do imenso colectivo social nacional, inclusive familiar e por inerente limite universal, como que se não pertencendo eu em efectivo a algo ou a alguém em concreto, mas tão pouco deixando de pertencer a tudo e a todos em potencia. Salvo que, mais uma vez e como eu disse atrás, quando em situações limite de auto defesa e/ou de subsistência pessoal, mas também de auto defesa e/ou de subsistência familiar, social, cultural, no caso nacional ou vital modo geral, como que se reacende mais activamente um meu sentido de pertença, desde logo a mim mesmo, mas também a uma família, a uma sociedade, a uma cultura, a uma nação e acima de tudo a uma vida Universal. O que faz com que por exemplo e no caso concreto sob efectivo ou potencial risco de directo ou indirecto ataque terrorista, desde logo a mim por mim mesmo ou por via de tudo aquilo a que apesar de e/ou até por tudo eu não deixo de pertencer, logo até mesmo eu que me auto remeti a uma condição de genérico inexistente próprio e inclusive por isso sou também um genérico pacifista, no entanto me sinto pertençamente identificado com as necessidades de auto defesa própria e colectiva, com tudo o que a mesma implique e que esteja ao meu respectivo alcance para com a mesma.

            O que em conclusão e num meu mundo interior significativamente vazio e/ou desestruturado de diversas auto reconhecidas formas, por si só inerente ao meu processo de auto gestão(*) derivado a ter deixado de confiar positiva e não raro absolutamente em mim mesmo duma forma significativamente profunda desde a minha juventude e/ou mesmo infância; isto ainda numa genérica dimensão sociocultural envolvente muito volátil sob e sobre muitos aspectos, desde logo segundo os interesses dos mais diversos intervenientes individuais e colectivos ou civis e oficiais; em que por exemplo grande parte dos indivíduos têm existências globalmente instáveis e indefinidas, em que grande parte das famílias se dissolvem ou se arrastam sofrivelmente, em que empresas abrem e fecham como “cogumelos”, em que os governos nacionais vão e vêm ao sabor das circunstancias ou das conveniências de cada momento, etc.; sem sequer incluir aqui os excepcionais casos mais negativos, como aos níveis de delinquência geral e/ou terrorista em particular; tudo isto por si só num Mundo que como um todo depende de equilíbrios muitos subtis, no limite de entre vida e morte, em que nós humanos estamos pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal no topo de tudo o que é objectivamente conhecido em termos de vida tal como a reconhecemos, incluindo para o caso concreto e em tudo isto o factor militar humano, como a derradeira força a que se recorre em sequência de grave crise e/ou ameaça ao, no caso, colectivo nacional e internacional Ocidental, isto em circunstancias ditas “normais”, designadamente aquém e além dos excepcionais casos em que a força militar se impõe por si só, mais uma vez pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal. De entre o que o facto e por si só no caso concreto nacional de Portugal não deixou de ser um factor de orgulho ficar uma vez mais a saber que as forças militares nacionais estão, apesar de toda as quantitativas limitações materiais e humanas, de entre as qualitativamente melhores do mundo, nas mais diversas facetas inerentes, que podem ir e vão da protecção civil até à própria defesa nacional e internacional, cujo apesar de e/ou até pela própria natureza interna essencialmente rígida e/ou pouco democrática da hierarquia militar, mas que enquanto institucionalmente ao serviço da democracia e da paz, não deixa ou pelo menos a mim e na presente(**) noite não deixou de me inspirar um referente factor de coesão, no caso nacional, com extensão internacional e universal. Inclusive enquanto integrando e desenvolvendo o colectivo militar a/s melhor/es facetas de cada individuo, salvo seja como uma espécie de individualismo ao serviço do todo colectivo. Só me restando enquanto tal desejar que dita força militar seja sempre pelo melhor e para o bem do futuro colectivo nacional, internacional, mundial, por si só humano e vital modo geral, enquanto global colectivo a que em qualquer dos casos e dum ou doutro universal modo não posso deixar de pertencer como tal, inclusive enquanto, porquanto e para quanto escrevo o presente!

                                                                                              VB

(*) Escrevo muito ou mesmo essencialmente na primeira pessoa, não por egocentrismo, até porque isso acresce muita responsabilidade ao que muito consequentemente escrevo, além de que por norma faço-o numa base muito auto critica. Pelo que faço-o acima de tudo e na sua essência como uma prática inevitabilidade derivada do meu longo processo de auto gestão própria, o que de resto e enquanto tal confere a devida ou pelo menos mínima legitimidade ao mesmo (por mim escrito). 

(**) O transacto texto foi escrito acto espontâneo e imediato, após o debate televisivo em causa na noite de ontem (04/04/2016). Ainda que eu só o tenha auto revisto na manhã e partilhado aqui no blogue na respectiva tarde de hoje (05/04/2016). 

Nota: Como complementar nota, não quero deixar de dizer que pessoalmente jamais deixei de sentir os reflexos efeitos de qualquer tipo de terrorismo e deste tipo de terrorismo auto proclamado de islâmico e transfronteiriço, seja em que parte do Mundo for, por mais geográfica ou culturalmente longínqua que ela seja, em que o terrorismo se tenha feito sentir, se esteja ou se venha a fazer sentir em concreto. Agora é claro que, por exemplo a minha necessidade de auto defesa pessoal, nacional, cultural ou existencial própria fica de todo em todo mais consequentemente activa quando essa ameaça ou concretização terrorista se aproxima ou é mais próxima de mim, como está a suceder ao nível Europeu, com necessária repercussão sobre Portugal enquanto País Europeu e parte integrante da respectiva sociedade/civilização Ocidental modo geral, com esta última como expresso e já concretizado alvo do terrorismo, dito islâmico, em causa. Seja que o terrorismo preocupa-me naturalmente mais quando está ou se aproxima de mim, mas isso não implica em absoluto que eu seja insensível ao terrorismo quando ele está ou se faz sentir mais longe de mim. Por exemplo antes ou paralelamente a este terrorismo dito islâmico e transfronteiriço, já a mim me afligiam os por si só bárbaros actos terroristas cometidos em certas comunidades islâmicas com relação ao género feminino, em que por si os machos matam ou mutilam barbaramente as próprias esposas e/ou inclusive as suas próprias filhas crianças, não raro por uma mera suspeita de violação dos preceitos ou preconceitos islâmicos e socioculturais inerentes. De resto e em suma só os insensíveis, ignorantes, inconscientes, inconsequentes e/ou egocêntricos é que pode ficar totalmente indiferentes a algo como o terrorismo, desde que este não lhes toque directamente em efectivo ou em potencia, se acaso tornando-se os próprios um pouco mais potencialmente terroristas em si mesmo do que é potencialmente comum todos e a cada um de nós modo geral. VB    

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