segunda-feira, março 18, 2013

Carta Aberta

           Talvez eu deve-se pedir perdão por ser tão exaustivo, no que e como aqui escrevo(comunico). Mas por um lado não tenho por objectivo atingir grandes públicos e/ou nem públicos fáceis, no fundo pretendo chegar apenas e tão só a quem tiver ou dever chegar e por outro lado talvez eu necessite deixar minimamente explicito o quanto tenho dificuldade em comunicar de forma oral e espontânea, quando por exemplo escrevi tudo o que se segue em cerca de duas horas, incluindo já a possível auto revisão e complementação do mesmo. Pelo que imagine-se o que e como seria eu abordar este assunto com quem mais efectiva ou potencialmente interessado, em especial quando até ao momento não há qualquer substancial ou natural e corrente afinidade pessoal de entre mim e essa(s) pessoa(s), sendo que eu necessito exteriorizá-lo e a(s) pessoa(s) em causa pode(m) não estar própria ou absolutamente disponíveis a escutar-me, restando-me então pouco mais ou nada que exteriorizá-lo, antes, durante e depois do mais por e para comigo mesmo e no caso com a devida adaptação pró pública, também perante e para com quem ao mesmo possa, queira e/ou necessite acedê-lo de forma publicamente directa ou circunstancial.

           A partir de que:

           Poderia e eventualmente até deveria dizer o seguinte via oral e olhos nos olhos e/ou pelo menos dirigi-lo directamente por escrito e via postal, em qualquer dos casos ao caro Francisco Parreira(*) que dalgum modo mo suscita. Mas como esse dalgum modo é muito mais subjectivo do que objectivo, como seja que o caro Francisco Parreira não mo solicitou objectivamente, derivando a minha necessidade de o expressar e de o disponibilizar ao exterior, duma minha unilateral necessidade própria, ainda que e/ou até porque com esta ultima necessidade da minha parte derivada da minha respectiva vivência enquanto funcionário da firma Francisco Silva Parreira, LDA. Mas que tendo eu aprendido originalmente, de base sociocultural e familiar, que o que e como eu tivesse a dizer, em e por mim próprio, não importaria muito ou mesmo nada a quem mais quer que fosse, por respectiva inerência passei a calar essencialmente em mim a minha vida e/ou a minha expressão própria. O que respectivamente, talvez ou só por certo, no relativo às coisas importantes da e na vida, quando a quente tenho tendência a bloquear expressiva e objectivamente, já quando a frio tenho tendência a retrair-me e a evitar (re)suscitar coisas efectivamente consequentes e/ou potencialmente polémicas; a partir de que ao interiorizar uma infinidade de referências e influências externas, não raro ou mesmo frequentemente contraditórias de per si e/ou no limite até inconciliáveis de entre si, (re)suscitando-me isso ainda o efectivo ou potencial melhor e pior de mim mesmo, no respectivo limite, numa base de maniqueísta guerra interior, cuja auto gestão desta última não raro me rouba espaço, tempo e/ou disponibilidade interna para o que ou para quem mais quer que seja. Tudo isto para começar a dizer que apesar de e/ou até por o escrever inspirado na minha posição de funcionário na e para a firma Francisco Silva Parreira, LDA, no entanto só o disponibilizarei publicamente via este meu presente Blog Curiosidades (Reveladoras), na medida em que assim só o lê quem natural, circunstancial, providencial ou ocasionalmente lhe for dado ou suscitado lê-lo em e por si só, aquém e além de eu o disponibilizar directa e objectivamente a quem quer que seja. E não, com o mesmo não estou a procurar fugir às responsabilidades inerentes, que quiçá até bem pelo contrário, inclusive porque ao escrevê-lo e/ou ao expô-lo através da escrita, estou a assumi-lo duma forma mais ou menos perene e aquém ou além de subterfúgios do tipo diz que disse mas não disse e/ou vice-versa. Tudo isto dependente ou independentemente de que disponibilizá-lo de forma directa e objectiva ou não, no caso a quem me suscitou escrevê-lo, algo que de resto me reservo o direito de a qualquer momento poder e/ou dever fazer segundo minha necessidade pessoal, humana, vital e/ou universal própria, mas que em qualquer dos casos levará duma ou doutra forma e mais tarde ou mais cedo ao vital e universalmente devido encontro ou desencontro de entre nós, no caso concreto ao substancial encontro ou desencontro (inter)pessoal, social e/ou laboral/profissional de entre mim e o actual patrão da empresa Francisco Silva Parreira, LDA, para quem legítima e contratualmente trabalho _ numa sequência de por assim dizer significativa estranheza, distancia, frieza(*) e dalgum modo diria mesmo acima de tudo que de desconfiança de entre mim e o caro Francisco Parreira. E acima de tudo a desconfiança é algo que a mim me toca fundo, no circunstancial caso concreto a ponto de eu estar a escrever o presente, para ao menos da minha parte se saber minimamente quem e como eu sou e/ou o que e como se pode esperar de mim e/ou para o que se pode contar comigo. Seja ainda que ao nível Vital e Universal mais amplo não há fugas possíveis, dependendo de todos e de cada um de nós procurar encontrar e seguir ou caminhos certos ou errados. E eu procuro encontrar e seguir o(s) caminho(s) certo(s), no caso concreto de entre aquilo ou isto que e como eu mesmo sou e aquilo que e como o exterior suscita em mim desde globalmente sempre, como de resto para todo o sempre.

            E agora, mesmo que e/ou até porque de forma subjectiva e indirecta, passo a dirigir-me a quem me suscita o mesmo, dizendo:    

            Antes do mais, tenho de confessar que necessito do trabalho que executo na e para a firma Francisco Silva Parreira, LDA, de que o próprio e para mim caro Francisco Parreira é homónimo sócio gerente e/ou então necessito dum outro equivalente e alternativo trabalho, mas em qualquer caso dum legítimo trabalho que como na circunstancia me permita, ao menos, basicamente subsistir. Mas por outro lado, até por um significativamente profundo e prolongado esforço pró positivo e afirmativo que eu próprio venho fazendo desde há muito, inclusive esforço a partir duma base positiva e afirmativamente inócua ou mesmo inversamente negativa da minha parte, sequência do que tão pouco posso continuar a executar este mesmo trabalho com ou para o caro Francisco, como para quem mais quer que hipotética e equivalentemente seja, sem ao menos esclarecer o seguinte a meu próprio respeito, mesmo que no limite e/ou paradoxalmente isso coincida com eu não poder continuar neste mesmo trabalho, se acaso por o próprio e caro Francisco ou quem mais quer que equivalentemente seja não me aceitar(em) como e enquanto tal. Em qualquer caso, o facto é que a vida é não raro ou mesmo um regra um complexo xadrez, que no caso eu não quero deixar de jogar até onde e como me seja possível!

              Devo a partir daqui continuar dizendo que: apesar de eu ter alguns gostos de base materialista, no entanto e na essência não tenho qualquer possessiva ambição com relação a teres e a haveres materiais, mas tenho toda a necessidade com relação a ser e a fazer bem ou pelo menos a ser e a fazer o mais e o melhor possível. Designadamente com relação a ser eu mesmo tão mais pessoal, humana, vital e universalmente integro quanto possível. E que se para isso for possessivamente necessário eu ter metade do mundo ou mais... e/ou que se pela inversa for necessário eu não ter mais do que o chão que piso ou menos..., então em qualquer dos casos, com todos os seus intermédios ou aquém e além dos mesmos, que assim seja. E atenção que com isto e/ou até por isto não estou a ser nem explícita nem implicitamente critico com relação aos teres e haveres do caro Francisco, se acaso até bem pelo contrário, pois não só respeito e considero, como até admiro quem põe o que é e o que tem ao serviço do colectivo, como na circunstância faz o caro Francisco, no seu caso pela via empresarial (agrícola), na circunstância ajudando a sustentar uma série de famílias, por via do trabalho. Ainda que depois possa ser discutível se isso é feito duma forma prática mais ou menos vital e universalmente justa e positiva ou não _ o que no caso e ao menos de momento, salvo algum que outro pontual factor e/ou possível situação limite, de resto eu pessoalmente não me sinto à genérica e confessa altura de e para poder positivamente discutir. Podendo e/ou devendo eu no entanto dizer que em certa e genérica media, até admiro a forma natural como o caro Francisco trata com o seu pessoal e/ou a forma, pelo menos aparentemente, simples como administra esta sua firma(empresa) de base agrícola.

            Sequência de que aquém e além do presente, de resto, tudo o mais que e como o caro Francisco e/ou quem mais quer que seja, conhece(m) a meu próprio respeito até ao momento, deriva de eu me ter auto assumido há muito pela negativa ou como positivamente inócuo e mas tendo-o feito pró positiva ou paradoxalmente com relação à vida. Tudo isto com causa, efeito e/ou (con)sequência numa minha significativa ou mesmo profunda e em grande medida maniqueísta insegurança própria, o que por seu turno e no maniqueísta limite de entre pré negatividade e pró positividade me levou a auto anular-me prática e activamente a e por mim mesmo, tendo dentro de certos e respectivos limites _ desde logo os limites inerentes à minha capacidade e encaixe e/ou para gerir (pró) positiva ou subsistentemente as contingência da vida prática e corrente _ passado eu a auto abandonar-me passiva e abnegadamente à respectiva vida. O que básica e genericamente em imediatos e correntes termos do e no dia a dia prático me colocou, na melhor das hipóteses, de entre a mais comum mediocridade e a mais elementar auto subsistência. Mas como natural, óbvia e inevitavelmente isso não me podia, nem me pode pró positiva, vital, universal e/ou integralmente chegar, dalguma resumida forma, algum circunstancial ou providencial respectivo dia, encontrei regra geral e a duras penas, nesta minha por si só pró vital, sanitária ou subsistente expressão escrita a minha respectivamente maior, melhor, quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria. Depreendendo-se aqui que tudo o que está aquém, além e/ou de entre o mesmo, me exigiu e exige um esforço, por vezes a roçar o sobre humano; enquanto algo que eu só consegui ou consigo ir auto, intra e inter gerindo, enquanto não raro ou mesmo por norma reduzindo a minha própria existência ao mais básico, simples e/ou por si só passivo e abnegado possível _ onde por exemplo se integra um meu certo desapego com relação a bens materiais, por si só ao dinheiro e/ou que por exemplo justifica eu ter assinado um contrato de trabalho com a firma Francisco Silva Parreira, LDA, sem ter lido previamente o que assinava, no caso enquanto tendo eu ainda confiado ou pelo menos querido confiar positivamente no caro Francisco Parreira enquanto sócio gerente da firma com o seu próprio nome, que refira-se a minha respectiva confiança se tem vindo até ao momento a confirmar na prática.

            Depreender-se-á ainda agora e por tudo o já escrito até ao presente momento, que em certa media e a partir de determinado ponto, isto exigiu-me e/ou impôs-se-me como um certo culto de vida própria, designadamente de entre tudo o que, como, porque e para que me traz pró vital, sanitária e subsistentemente à escrita e por exemplo o facto de eu ter de trabalhar com e/ou para o caro Francisco e/ou afins para tão só sobreviver, neste último caso, quer em sequência do que pró vital, sanitária e subsistentemente escrevo, quer para poder continuar pró vital, sanitária e subsistentemente a escrever. Ainda que e/ou até porque por vezes não me é nada fácil gerir o tempo, o espaço e o esforço de entre ter de escrever para tão só necessitar sobreviver, em associação ou dissociação com o tempo, o espaço e o esforço necessários a actividades de subsistência como a que por si só  pratico com e/ou para o caro Francisco Parreira.  

            Sendo precisamente aqui, designadamente ao último parágrafo que eu queria ou necessitava chegar quando iniciei o presente, ainda que não soubesse à partida, como lá ou na circunstancia como cá chegar, no caso concreto enquanto com base no caro Francisco e/ou de entre nós. Ou seja que o que e como eu quero mais directa, objectiva, sucinta e claramente transmitir ao respeito é que: por precisa e subsistentemente eu necessitar do trabalho que executo na firma Francisco Silva Parreira, LDA, na respectiva sequência o caro Francisco enquanto respectivo sócio gerente desta última, tem a minha palavra de honra de que enquanto ao seu serviço eu darei constante e permanentemente o melhor possível de mim, desde logo por e para comigo mesmo e/ou para com a minha própria pró perfeccionista e/ou integra consciência própria, na circunstancia tendo por base o legítimo vinculo contratual que nos une, relativo á multifacetada actividade agro-florestal. Mas até por dadas as circunstancias, talvez nem sempre, nem por vezes de todo esse meu melhor esteja à devida ou absoluta altura das exigências e/ou necessidades, desde logo do caro Francisco Parreira, enquanto sócio gerente da firma de prestação de serviços agro-florestais com o seu respectivo nome; além de que por inerência, enquanto comigo como seu funcionário, tão pouco eu mesmo esteja à devida altura das minhas próprias necessidades e/ou exigências pró perfeccionista e/ou pró plenitude vital própria. O que necessito referir, porque salvo a imodéstia de auto reconhecer que em regra até faço um trabalho bastante razoável e/ou pelo menos esforço-me para tal, no entanto e salvo a imodéstia auto reconheço também não ser eu por vezes tão rápido e/ou tão bom a executar e/ou a entender imediatamente algo inerente à actividade que prático na e para a empresa do caro Francisco. Se a tudo isto adicionarmos uma minha certa e inerente dificuldade nas relações interpessoais, humanas e sociais, em especial se com pessoas que divirjam muito daquilo ou disto que e como eu mesmo sou, sequência em que eu tendo para bloquear natural e expressivamente e/ou para me auto anular prática e activamente perante essas mesmas pessoas, se acaso auto anulação para no limite evitar conflitos, enquanto conflitos a que eu mesmo sou avesso, até porque já me chega ou por vezes até me sobra este meu inerente e no limite até maniqueísta conflito interno próprio; sem esquecer que aquém ou além doutras eventuais e unilaterais condicionantes da minha parte, da parte do caro Francisco e/ou mutuamente de entre nós, no caso revelando e fazendo ressaltar objectivamente agora e ainda aqui que tão só da minha unilateral parte tenho uma aguda alergia ao pó dos cereais, levando-me a evitar o mais possível o contacto com estes últimos e/ou ainda que por razões de consciência não pratico a actividade da caça, nestes dois últimos casos enquanto actividades (manipulação de cereais e prática da caça) inerentes à firma de prestação de serviços agro-florestais: Francisco Silva Parreira, LDA. Seja que se por um lado o meu lugar enquanto funcionário desta e nesta firma já está em implícita permanência ao dispor do sócio gerente da mesma, na presente circunstância sou eu mesmo que enquanto funcionário, que venho auto colocar de forma explicita, ainda que indirecta, o meu lugar à respectiva disposição do caro Francisco Parreira e/ou pelo menos revelar publicamente o quão minimamente consciente sou e/ou estou das circunstancias inerentes e envolventes a mim, enquanto funcionário da firma Francisco Silva Parreira, LDA. 

            Global sequência de que em minha pró imediata, básica e/ou por si só auto subsistente defesa, de e para com o que trabalhar na e para a firma Francisco Silva Parreira, LDA ou para qualquer outra equivalente me é indispensável, posso apenas ou essencialmente alegar, inclusive dentro do que e como é já pelo caro Francisco Parreira conhecido a meu respeito, que nessa mesma base e de forma como pior das hipóteses esforçada da minha parte, o caro Francisco poderá continuar a contar comigo, pelo menos com relação a algumas das diversas facetas da respectiva fase alta ou mais activa da sazonal actividade agro-florestal subjacente à sua empresa, que como de há algum tempo a esta parte eu tenho vindo a praticar; pois caso contrário, pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal, desde logo de mim mesmo, como costuma dizer o próprio Francisco: amigos como sempre!

            Ah! E já agora permita-se-me ainda referir que salvo a um nível muitíssimo básico e rudimentar, de resto imagino não seja propriamente fácil lidar ou interagir de forma positiva e construtiva com alguém como eu, que tanto me auto abandono passiva e abnegadamente à vida, quanto até por isso não termino de me entregar activa e interessadamente à própria vida. Relativamente ao que de momento apenas posso dizer que tão pouco é fácil para mim esta minha inerente existência e nem por isso deixo de existir ou pelo menos de subsistir como e enquanto tal. Claro que as outras pessoas não são obrigadas a aceitar-me ou a comigo inter relacionarem-se como e enquanto tal, até porque neste último caso e ao menos a partir de determinado nível, eventualmente tal nem seja possível para muitos ou até para a esmagadora maioria das pessoas; respectivamente e no que a mim diz unilateral respeito só me restando fazer um constante e permanente esforço para me (re)encontrar o mais positiva, satisfatória e/ou plenamente, desde logo em e comigo mesmo e respectivamente com todas as outras pessoas possíveis, neste último caso com todas as incontornáveis especificidades de entre mim e todas e cada uma das restantes pessoas e/ou ainda (re)encontrar-me com a própria Vida, neste caso no sentido mais lato e/ou Universal; naturalmente esperando que o próximo faça ou pelo menos procure fazer o mesmo ou algo equivalente por si só e/ou com relação a mim!

                                                                                              VB

            (*) Enquanto publicamente, quer o nome da pessoa quer da respectiva firma em questão, são nomes fictícios.

            (**)...não que as relações entre um patrão e um funcionário tenham de ser algo mais do que interpessoal e socialmente frias ou distantes, mas que enquanto numa empresa relativamente pequena, num respectivo meio rural em que (quase) todos se conhecem de entre si, etc., essa distancia e frieza possam chegar a ser algo estranho ou até incomodo, tanto mais ou pior se com positiva ou absoluta desconfiança mutua de entre meio.

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