terça-feira, janeiro 20, 2015

Liberdade

            Sinto-me cansado para continuar a rever, corrigir e complementar o seguinte, sendo que inclusive tenho alguma urgência em publicá-lo, porque já o escrevi há dois dias e não quero mais adiar expô-lo, pelo que tal como se apresenta de momento:

            Li numa legenda da série de ficção televisiva: “Nikita”, a frase muito real, que não me saiu da cabeça e que subscrevo em absoluto: “A liberdade é assustadora porque só respondemos a nós mesmos!

            A partir do que e por mim mesmo não quero ou não posso deixar de acrescentar que a Liberdade é de facto ilimitada, que não há nem pode haver limites, sequer os mais ínfimos limites à liberdade sob pena de enquanto tal passar a ser qualquer outra coisa que não liberdade. Agora o que a liberdade tão pouco é, nem sequer pode ser é inconsequente. E precisamente ai entra o medo, porque enquanto tal a liberdade exige um constante e permanente esforço de auto e extra conhecimento, por si só de auto gestão própria perante e para com o exterior, com toda a complexidade inerente ao paradoxo existencial subjacente a todos e a cada qual, por si só à vida e ao universo enquanto tais, com mesmo dito paradoxo existencial com sua máxima expressão na maniqueísta luta entre bem e mal _ onde de resto entram as religiões, as gestões políticas das sociedades , etc., em qualquer dos casos com infindas e permanentes potencialidades de entre bem e de mal e/ou vida e morte, em cuja descrição não vale a pena agora aqui contextualmente entrar, além de que duma ou doutra forma todos conhecemos essas potencialidades, inclusive no nosso próprio intimo, por já não falar na experiência vivencial própria de cada qual e/ou por observação da experiência vivencial envolvente em que não raro essas potencialidades se concretizam prática e consequentemente em efectivo.
            Sequência de que no e para o presente contexto, o que mais substancialmente pretendo ou acima de tudo necessito dizer é que precisamente do medo colectivo da liberdade nascem, crescem e se sustentam todo o tipo de opressões/repressões (políticas, religiosas, sociais, culturais e existenciais modo geral), na respectiva medida em que a maioria de nós ignora tanto os caminhos da liberdade e respectivamente teme tanto a liberdade que na sua expressão mais ligeira necessitamos de ilusão como fuga à realidade, inclusive e acima de tudo como fuga ao peso da liberdade responsável, consequente e realmente plena; com respetiva dita fuga de entre outras possíveis expressões, com por exemplo decadente expressão no vicio, desde logo no vicio do consumismo, da possessão material desenfreada, etc. em detrimento da riqueza interior e/ou da crescente possessão de verdadeira sabedoria de vida pró positivo e livre bem comum; pois que já na sua expressão mais pesada da necessidade de ilusão como fuga à realidade, necessitamos permanentemente dum Pai, designadamente duma hierarquia política, religiosa, social, cultural e/ou existencial que nos dirija, nem que seja opressiva/repressivamente. De entre o que cujo problema não está em absoluto em toda e qualquer hierarquia, desde que esta em positiva e universal consonância com as Universais e por si só livres leis da vida, designadamente contribuindo para que cada qual encontre o seu próprio, positivo, consciente, esclarecido, responsável e consequente cominho de vida em verdadeira liberdade, mesmo que e/ou até por em determinada medida tendo por base o exemplo e/ou a supervisão das hierarquias superiores, desde que estas últimas abertas à vida, em última instância e nos casos em que isso democraticamente se aplique abertas à naturalmente livre rotatividade hierárquica segundo exijam as circunstancias e/ou as por si sós democraticamente livres bases sociais que em si mesmas justificam e sustentam as respectivas hierarquias superiores; pelo que o problema esteve, está e enquanto tal estará sempre em quando as hierarquias, seja qual for o seu teor (político, religioso, etc.,), se auto assumem a elas mesmas como a única, indiscutível e/ou inquestionável verdade e/ou autoridade, se enquanto tal fazendo-o de forma opressiva/repressiva sobre as massas sociais, por norma em nome de unilaterais feudos, etnias, ideologias, teorias, interesses, etc., inerentes às próprias hierarquias superiormente instituídas ou auto instituídas, aquém e além do universal bem comum e/ou da verdadeira liberdade responsável e consequente de todos e de cada qual, desde logo das massas sociais, tendo por incontornável base e liberdade individual que constitui as massas. Sendo que por medo da liberdade não raro até as hierarquias e os seus respectivos regimes políticos, religiosos, sociais, culturais ou existências de fundamento opressivo/repressivo terminam sendo aceites ou pelo menos tolerados pelas massivas bases sociais que enquanto tal temem mais a liberdade do que a paternal opressão/repressão que as dirige ou subjuga, na circunstancia e como não raro em paradoxal nome da liberdade, das massas. Pelo que salvo essa opressão/repressão se torne ela mesma tão assustadoramente perversa/controversa para a generalidade dos seus, por assim dizer, massivos súbditos, de resto a mesma tende a perpetuar-se perante o medo maior de todos e de cada qual com relação à própria, verdadeira e incondicional liberdade. Sendo que a liberdade é ilimitada e incondicional como só pode e deve ser, ainda que e/ou até por enquanto naturalmente balizada, à partida e à chegada, desde logo por uma coisa que vital, universal e/ou divinalmente se chama Bom senso _ não será por acaso que tendo todos e cada um de nós a permanente e consequente liberdade para por exemplo sairmos a agredirmo-nos e/ou a matarmo-nos indiscriminadamente uns aos outros, por si só ao próximo, no entanto e salvo excepcional anomalia sanitária, vital ou existencial de quem individual ou colectivamente o possa concretizar e por vezes constatável, comprovável e lamentavelmente concretiza em efectivo, de resto e por vital, universal ou Divinal maioria de sanitária e sensata razão não o fazemos de facto.
            Pelo que em contextualmente sucinto resumo diria e digo que as massas de que eu mesmo sou parte integrante, em regra temem tanto ou mais a liberdade do que a própria opressão/repressão, se acaso até temem mais a liberdade do que a própria guerra e/ou o terrorismo, etc., desde que estas últimas pérfidas dimensões anti-liberdade e no limite até anti-vida, sejam incentivadas e praticadas precisamente em nome das massas, em última instância em nome da própria liberdade e vida das massas, aquém e além de verdadeiramente o serem ou não, o que em contextos opressivos/repressivos e no que liberdade em concreto respeita nunca são em efectivo nome da verdadeira liberdade, porque neste último caso o que acima de tudo se pretende é auto perpetuar opressiva/repressivamente o poder das elitistas hierarquias superiores opressiva/repressivamente instituídas, com base no medo da liberdade por parte das grandes massas sociais. Dai eu dizer com suprema relação a Deus que este último enquanto tal é de facto Um, agora o que há são muitas unilaterais teorias e interesses com correspondentes hierarquias a digladiarem-se em nome deste universal e multifacetado único Deus, mas em efectivo e unilateral favor de cada uma dessas mesmas teorias, desses mesmos interesses e correspondentes hierarquias, não raro de base e de finalidade opressiva/repressiva. O que de resto funciona tão perfidamente mais e melhor quando e enquanto assente no medo das massas, desde logo com relação à liberdade de eleger entre todas e cada uma dessas teorias, desses interesses, dessas hierarquias, etc., e/ou até de entre nenhum/a da/os mesma/os, podendo em alternativa e se com devida lucidez e correspondente autoridade propor cada qual de forma responsável e consequentemente livre a sua própria teoria, interesse, hierarquia, etc., perante e para com o todo envolvente que não menos esclarecida, responsável e livremente aceita ou não essa/s proposições, designadamente e acima de tudo em nome e em proveito do efectivo e universal bem comum, desde logo de entre as mais diversas teorias, interesses, hierarquias, etc., legitimadas pela própria e verdadeira liberdade universal ou por si só sensatamente Divinal _ na circunstancia com toda e qualquer substancialmente esclarecida, responsável e livre proposição e/ou eleição sob uma concreta designação: Liberdade Democrática.
            De entre e para com o que dar um exemplo muito básico, primário e até mesmo rudimentar de verdadeira e incondicional liberdade e suas respectivas consequências está por si só o exemplar facto de cada qual ser literalmente livre de bater com a própria cabeça na parede, mas enquanto tal não poderá jamais evitar a respectivas consequências dai derivadas! O que é extensível a tudo o literalmente mais desta e nesta vida, sendo que a coisa se complica algo mais e mais por quanto existe a liberdade do outro e/ou do diverso e quando estes na sua consequente liberdade se chocam de entre si, tendo neste último caso de por norma se encontrar o mais justo meio-termo possível _ onde por exemplo e se em última instância pró justa entra o direito jurídico/legal, especialmente se de base pró democraticamente livre; ao invés doutro exemplo em que designadamente a liberdade dum nem sequer se chega a chocar com a liberdade do outro porque simplesmente não há liberdade e todos obedecem unilateral e no limite bovinamente a uma só opressiva/repressiva ordem (política, religiosa, social, cultural, etc.,), independentemente da universal, multilateral e multidimensional liberdade Divina/Universal que deixa em aberto a possibilidade de todos baterem livremente com a cabeça na parede, cuja consequência é incontornavelmente igual para todos salvo que uns em absoluta, natural e sanitária maioria não batamos de facto com a cabeça na parede e eventualmente outros de todo parcial e insanamente minoritários sim que o façam e mas de entre estes últimos ainda há diversas variantes no que a consequência respeita, desde logo de entre quem bate com a cabeça ter a cabeça mais ou menos dura e/ou de bater com mais ou menos força, agora a liberdade de partida e de chegada é literal e ilimitadamente a mesma para todos. Desde logo não se podendo nem devendo é forçar de fora para dentro ou de cima para baixo quem quer que seja a bater com a cabeça na parede, ainda que livremente até essa mesma possibilidade esteja sempre em aberto, tal como de resto para quem forçar e para quem bater com a cabeça na parede.
            O que na sequência e por mim mesmo falando não quero em absoluto perder a liberdade de designadamente bater ou não com a própria cabeça na parede e/ou que se no caso de o fazer poder também faze-lo com a livre força ou intensidade que me muito bem se me dê fazê-lo; ainda que com relação a este para aqui meramente figurativo caso de bater com a cabeça na parede, enquanto possibilidade de efectiva concretização do mesmo, pedindo eu também livremente a Deus que jamais me falte com a lucidez de desde logo saber objectivamente de antemão quais as consequências de o fazer, além de que tão pouco me falte jamais com a sanidade de escolher sempre não o fazer e se por eventual sanitário acaso evitar que outros insanitariamente o façam, porque a minha auto reserva à liberdade de o poder fazer por mim mesmo, não implica, nem invalida que na medida do possível e pró vital, sanitária ou subsistentemente eu procure impedir que outrem insanitariamente o faça e/ou vice-versa da parte doutrem com relação a mim, porque precisamente a natural e sanitária regra do Bom senso deve hierarquicamente prevalecer sobre a anti-natural e insana atitude de bater com a cabeça na parede, por mais literal liberdade de partida que se tenha para tal; de resto se se quer de facto bater com a cabeça na parede enquanto tal não se deve implicar outrem em tal facto, porque a liberdade de cada qual insanamente o poder fazer, não pode nem deve comprometer a liberdade de cada qual sanitariamente o evitar ou pelo menos de o tentar evitar no outro _ neste caso como bom exemplo duma hierarquia natural, que é a hierarquia da sanidade sobre a insanidade, independentemente dos envolvidos quer pela vertente da sanidade quer da insanidade, em que por exemplo não é por uma pessoa ser hierarquicamente inferior perante outra em termos sociais, que a primeira vai sanitariamente permitir que a segunda bata insanamente com a cabeça na parede, dada a sanitária hierarquia natural da sanidade sobre a insanidade; versos não raro hierarquias humanas artificialmente instituídas, de forma opressiva/repressiva ou pelo menos traiçoeira sobre as bases políticas, religiosas, sociais, culturais e existenciais humanas, por norma em propagandístico nome do bem comum, mas na prática em efectivo e unilateral favor dessas mesmas artificiais hierarquias superiores e/ou dos seus ideais, por mais insanos que esta/es sejam. Em qualquer caso e de qualquer modo com o medo das massas face à liberdade, a sustentar o status das não raro mais pérfidas hierarquias humanas/sociais artificial e/ou opressiva/repressivamente instituídas.
            Responsável, consequente e livremente:
                                                                                                                VB             

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